A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO SOCIAL PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO SOCIAL PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL

                                                              

A palavra comunicação é de origem latina, comunicar e que significa tornar comum, partilhar, repartir, associar, trocar opinião, conferenciar. Para Rabaca e Barbosa (2001), a palavra comunicação é definida em seu Dicionário de comunicação como: interação, troca de mensagens, emissão ou recebimento de informações.  

Atualmente é impossível viver na sociedade sem se comunicar. Diariamente as pessoas estão se comunicando, seja através da fala, de gestos, de símbolos ou através das redes sociais. O ato de se comunicar é naturalmente comparado a outros atos que o ser humano necessita: como o de beber, comer e o de respirar. Da mesma forma a comunicação, é impossível se adquirir informações, conhecimentos e resolver problemas simples do cotidiano sem ela.

O processo de comunicação entre pessoas é caracterizado pelo recebimento e envio de símbolos e de dados agregados com significados. O processo de comunicação humana é contingencial pelo fato de cada indivíduo ser um microssistema único e diferenciado dos demais por sua constituição genética e por seu histórico psicológico (Brunetta e Ribeiro, p.3, 2013).     Nos tempos atuais, o âmbito da comunicação é enorme. Estudos mostram que os indivíduos da contemporaneidade passam mais de três quartos da vida se comunicando. A forma de se receber e repassar informações, configura-se como uma das atividades constantes na vida social, individual e organizacional destas pessoas.

Matos (2004, p.24) afirma que existem três tipos de comunicação, e elas são:

∙ A comunicação interpessoal, ou seja, a dedicada a conflituosa comunicação entre pessoas.                                                          

∙ A comunicação de grupo, aquela que envolve o conjunto pequeno, médio ou grande de pessoas.                                                    

∙ A comunicação em massa, direcionada para um grande público (heterogêneo e anônimo), que se utiliza dos meios de comunicação coletivos, tais como: jornais, revistas, televisão, rádio e a “globalizante” – porem socialmente elitista – internet.  

Desta forma, definidos os significados e os padrões de comunicação social, faz-se necessário conhecer: qual a importância da mesma no processo de atuação do profissional de serviços social; e o domínio que o mesmo deve ter sobre ela nas suas práticas interventivas.

Ao cursamos o Curso de Serviço, aprendemos que a linguagem se configura como um dos instrumentais que o Assistente Social se utiliza ao longo de sua carreira. O que não deixa de ser uma forma de se comunicar, pois de fato, o homem é um ser socializador, que se utiliza da fala para passar sua mensagem. Desse modo, a linguagem oral é fundamental não só no exercício da profissão de Serviço Social, mas em qualquer situação vivenciada no dia-a-dia.

Neste contexto que se apresenta, podemos considerar a linguagem como o instrumento número um do Serviço Social, é o que afirma Iamamoto (1995, p. 101): “O Serviço Social, como uma das formas institucionalizadas de atuação nas relações entre os homens no cotidiano da vida social, tem como recurso básico de trabalho a linguagem”.

A utilização e o aprimoramento deste recurso por este profissional, se dará nos espaços organizacionais, refletido no aprofundamento das suas técnicas interventivas. O Serviço Social trata-se de uma profissão de nível superior, que se utiliza de uma linguagem formal, que por ter esse grau de escolaridade, jamais deve cair no senso comum ou na utilização de linguagens coloquiais.  É o que afirma Magalhães (2003, p. 32). “É de esperar que sigam a norma culta da língua [portuguesa] e não adentrem seus escritos [e falas] para uma linguagem coloquial ou do senso comum”.   

Por isso, é de fundamental importância que o Assistente Social saiba usar a linguagem escrita e oral de forma correta, criando assim, a imagem de um profissional competente. Articulação da prática com a teoria também se faz necessária, pois o domínio de ambas possibilitará uma prática inovadora, criativa e reflexiva. Palavras preconceituosas, termos vulgares, ou mesmos desrespeitosos não se aplicam em nada, muito menos no ambiente institucional. De certo modo, o incorporar deste linguajar próprio da profissão vai aos poucos se tornando normal na absolvição da experiência.

1.1 os meios de comunicação e a comunicação comunitária

Os meios de comunicação, aqueles utilizados para a realização do processo de comunicação, auxiliando no recebimento ou transmissão da informação, como os jornais, revistas, programas de TV, programas de rádio e a internet, que são exemplos de meios de comunicação de grande abrangência, uma vez que a notícia pode alcançar várias localidades e atingir milhões de pessoas de uma só vez.

No entanto, esses meios de comunicação visam ao lucro, priorizando os comerciais em vez das notícias. Dessa forma, por falta de espaço estes canais, a comunicação comunitária surgiu como um instrumento participativo e inclusivo, que tem como propósito dar voz a todos e todas.