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A Política de Platão e Aristóteles

Por:   •  15/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.180 Palavras (9 Páginas)  •  488 Visualizações

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UFAM – CIENCIA POLITICA – TRABALHO ACADEMICO

  1. Esclareça as diferenças entre Platão e Aristóteles quanto às formas de governo.

Segundo Aristóteles existe três formas de governo puras. A Monarquia onde o governo de apenas um sobre os demais indivíduos. A Aristocracia que é o governo de alguns, sobre os demais. Sendo que na concepção aristotélica esses alguns seriam os melhores da sociedade. A última forma é o Governo Constitucional em que a maioria governa a cidade para o bem de todos. Por outro lado Platão constrói as formas de governo e através de sua observação, convence-se das suas deformidades, fator este ocorrido, na maior das vezes pelo argumento sofista da época. Verifica que a formação do homem deve pautar-se para o fim ultimo da cidadania e o bem comum, caso contrario, terá uma educação falha, incompleta, onde o homem buscará a satisfação de suas paixões.  Platão entende a política como ciência, ou seja, que pode e deve ser ensinada a sociedade, sobretudo aos jovens em sua base educacional. Platão entende que as pessoas devem ser formadas para a política, pois afirma que a política é virtude, ele apresenta três formas de governo: democracia, aristocracia e monarquia. Entende que qualquer forma de governo aplicada ao determinado Estado, é mutável. As formas de governo por serem mutáveis, incidem por desdobramento lógico mutações. Podemos verificar no pensamento platônico que a democracia pode transformar em aristocracia e esta em monarquia. As ordens não importam muito nesta conceituação, pois os sistemas são cíclicos. 

  1. É verdadeiro afirmar que Platão e Aristóteles conceberam a cidade ideal, governada por um rei-filósofo? Sim ou Não? Explique.

Não. A idéia de cidade ideal governada por um rei-filósofo era parte do discurso de Platão, segundo a idéia dele a melhor forma de governo é a aristocracia por mérito. Platão divide o estado ideal em três classes: a classe dos comerciantes, a classe dos militares e a classe dos filósofos-reis. Os filósofos-reis (aristocracia) são encarregados de governar o país. As classes não são hereditárias, elas são determinadas pelo tipo de educação obtida pela pessoa.  Com maior nível de educação a pessoa se pertence à classe dos filósofos-reis. Por outro lado Aristóteles mantém a idéia de que o povo delibera e julga melhor que o indivíduo. Aristóteles recusava o autoritarismo da utopia platônica por considerá-la impraticável de inumana. Recusa a sofocracia que atribui poder ilimitado a uma parte apenas do corpo social, neste caso os mais sábios, alegando que a exclusão hierarquiza demais a sociedade.

  1. Esclareça as respostas que Platão e Aristóteles dão à questão: Qual a essência dos seres humanos e qual o sistema político que melhor convém à sociedade dos homens?

O pensamento de Aristóteles representa uma notável contribuição à filosofia política no que diz respeito à qualificação do homem como um ser que realiza os seus mais altos fins na relação indissociável com a comunidade (polis) na efetivação de um bem comum. O caráter comunitário da filosofia de Aristóteles resulta das diversas formas de análise da política que o filósofo apresenta na articulação dos seguintes aspectos: a tese de que o ser humano é um animal político, o modo como esta é realizada na comunidade política, na qual o logos se manifesta como atividade discursiva compartilhada, o cultivo de determinadas virtudes ético-políticas presentes na convivência humana, sobretudo, a amizade; a auto-suficiência do cidadão e o seu vínculo com a autarquia da comunidade política.

A retomada de um moderno conceito de comunidade, na tentativa de reatualizar os princípios gerais do comunitarismo aristotélico, pode ser compatível com determinadas teses liberais, sobretudo a questão da liberdade (autonomia) individual e o fato do pluralismo ético e político nas sociedades modernas. Já Platão o homem estava inserido em dois tipos de realidades diferentes, que eram chamados por ele de realidade inteligível e a sensível.

A primeira reflete aquilo que podemos distinguir e expressar a outrem. É a realidade imutável das coisas. A segunda, como o nome sugere, é aquela que afeta os nossos sentidos, que são dependentes e modificáveis. Essa divisão das realidades em que o ser humano está em contato é a famosa teoria das idéias de Platão. Na concepção do filósofo, esse mundo da realidade sensorial seria uma reprodução opaca e limitada do mundo inteligível.

  1. Explique o verdadeiro significado da expressão: “o homem é um animal político”, segundo Aristóteles.

O homem é um animal político por viver conjuntamente com o seu semelhante, ainda que dele não necessite. Dessa forma O homem é considerado um animal político porque, diferente de todos os outros animais, é dotado da razão e do discurso. Por meio da razão e do discurso, o homem desenvolveu as noções de justo e de injusto, de bem e de mal. Tais noções só se desenvolvem em conjunto com o outro e constituem a base da comunidade política. Convém observar que o atributo do homem como animal político é peculiar aos cidadãos. Mas, somente aqueles que exercem a administração da cidade, é que são considerados animais políticos. 

  1. Explique: “... os problemas da humanidade nunca cessarão até que ... os chefes de Estado transformem-se em autênticos reis-filósofos”.

Sua crítica à democracia ateniense e a procura de soluções políticas do mundo grego foram preocupações centrais para o pensamento de Platão. A filosofia e ação política estiveram permanentemente interligadas, pois alimentou sempre a convicção de que os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos cheguem ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por uma divina graça, ponham-se a filosofar verdadeiramente. O pensamento político para Platão não se limita à prática insegura e circunstancial, deve pressupor a investigação sistemática dos fundamentos da conduta humana, a política poderia deixar de ser o jogo fortuito de ações motivadas por interesses nem sempre claros e freqüentemente pouco dignos, par a se transformar numa ação iluminada pela verdade e um gesto criador de harmonia, justiça e beleza. 

  1. Esclareça: Justiça é a “virtude” que capacita a alma a desempenhar sua função de maneira correta.

A noção de justiça como virtude foi trabalhada pelo filósofo grego Aristóteles onde o mesmo aborda a questão da justiça, estudada nos seus mais diversos tipos e relações, analisando o homem justo e o homem injusto. A justiça aparece em sua obra vinculada a noção de virtude, pois tanto a virtude quanto a justiça são caracterizadas por Aristóteles como “disposição de caráter”.

A justiça é uma virtude total, completa, pois o homem justo pode exercer sua virtude não só em relação a si mesmo, como também em relação ao próximo. Partindo dessa premissa observa-se que a noção de justiça em Aristóteles foi o ponto de partida da maior parte das teorias elaboradas acerca da idéia Ocidental de Justiça. Nota-se seu raciocínio presente ainda hoje nos mais variados ramos das ciências jurídicas e sociais. 

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