A RESENHA CRÍTICA ACADÊMICA
Por: Gilvane Filho • 21/11/2022 • Resenha • 1.069 Palavras (5 Páginas) • 119 Visualizações
RESENHA CRÍTICA ACADÊMICA
ENGELS, Friedrich; MARX, Karl. O manifesto comunista. 1ª ed. São Paulo: Editora Boitempo, março de 1998.
A história da sociedade da antiguidade era marcada pela divisão hierárquica dos povos, onde os menos desfavorecidos eram oprimidos para satisfazerem as vontades da sua então classe dominante.
No primeiro capítulo do livro, temos exatamente a abordagem das divergências de classes, que se dividiam em dois lados específicos, que eram liderados pela Burguesia e pelo Proletariado, onde cada um defendia seus interesses e assim geravam conflitos entre si. É importante lembrar que essa diferença de classe, ao passar dos anos, foi se transformando, porém, sem perder a essência que cada lado defendia pois, desde o período Escravista, passando pelo Feudalismo até então chegar a essa fase Capitalista, a luta de classes tinha seus objetivos políticos e econômicos e foram características primordiais para dominar a sociedade.
O segundo capítulo do livro aborda a relação entre os partidos e o proletariado e tinha o objetivo de mostrar a queda da Burguesia e a ascensão do Proletariado com sua chegada ao poder político. É possível ver nitidamente no texto que, o regime capitalista trazia uma grande desigualdade social nesse tempo. Com isso Marx e Engels fala da consciência de classes, onde os operários começam a perceber que estão sendo enganados e explorados, ocasionando assim uma revolução comunista feita por essa classe menos desfavorecidas em busca de voz política para conquistar a democracia.
Prosseguindo, Marx diz:
Por sua posição na história, as aristocracias francesa e inglesa viram-se chamadas a escrever panfletos contra a moderna sociedade burguesa. Na revolução francesa de julho de 1830 e no movimento inglês pela reforma, a aristocracia sucumbiu novamente diante da odiada burguesia em ascensão. Não podendo mais travar uma luta política séria, sobrou--lhe apenas a luta literária. Porém, mesmo no campo da literatura, o palavrório costumeiro do tempo da Restauração já não era mais aceitável. Para suscitar simpatias, a aristocracia viu-se obrigada a deixar aparentemente de lado seus interesses específicos, passando a formular, contra a burguesia, acusações que eram de interesse da classe trabalhadora explorada. (1998, p.59).
Marx quis dizer nessa síntese sobre a literatura socialista e comunista onde ele analisa que a aristocracia Francesa e Inglesa realiza uma espécie de luta contra a moderna sociedade burguesa, e para isso eles vão se valer da luta literária com panfletagem e formular acusações contra a burguesia com interesses da classe trabalhadora.
Nesse terceiro capítulo do livro, os autores fazem críticas a outros movimentos comunistas e mostra onde eles estão errando na condução do proletário. Sobre o socialismo feudal, Marx e Engels fala que nada mais é que um faz de conta, para que a alta burguesia não seja eliminada sumariamente pós revolução do proletário, ou seja, muda-se o rei, mas a dominação continua a mesma. Já o socialismo do pequeno burguês se baseavam nas críticas onde apontavam alguns aspectos parecidos com a crítica de Marx, por exemplo: a maquinaria substituiu a manufatura, a concentração do capital em poucos indivíduos, a super produção, as crises comerciais, a miséria do proletariado e as guerras sociais. Isso tudo está explicito nessa crítica contundente: “Quanto ao seu “conteúdo positivo”, porém, o socialismo pequeno-burguês quer ou restabelecer os antigos meios de produção e de troca, e com eles, as antigas relações de propriedade e toda a antiga sociedade, ou então fazer entrar à força os meios modernos de produção e de troca no quadro estreito das antigas relações de propriedade que foram destruídas é necessariamente despedaçada por eles. Num e noutro caso, esse socialismo é ao mesmo tempo reacionário e utópico.” (1998, p.61-62).
No que se diz “socialismo alemão verdadeiro” Marx e Engels acreditava que tinham resolvido o problema da luta de classes quando eles reduziram a ideia do conflito de classes entre o proletário e os burgueses como interesse do bem comum numa ideia de que todos deveriam ter acesso aos produtos e benefícios advindos da revolução industrial. Marx e Engels sintetizam:
A roupagem tecida com os fios imateriais da especulação, bordada com as flores da retórica e banhada de orvalho sentimental, essa roupagem na qual os socialistas alemães envolveram o miserável esqueleto das suas “verdades eternas”, não fez senão ativar a venda de sua mercadoria ente aquele público. Por seu lado, o socialismo alemão compreendeu cada vez mais que sua vocação era ser o representante grandiloquente dessa pequena burguesia. Proclamou que a nação alemã era a nação modelo, e o pequeno burguês alemão o homem modelo. (1998, p.64).
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