As Imagens do Brasil

As imagens do Brasil

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 passado brasileiro pode ser representado através das imagens de Jean Baptiste Debret, onde ele criou vários esboços da vida naquela época, desde a bandeira brasileira do império, a família real, a rotina das pessoas nas ruas do Rio de Janeiro, a realidade dos escravos ate as transformações indígenas, desde seu habitat natural ate a fase em que se tornam colonos. Por serem obras que descrevem comportamentos da sociedade daquela época são consideradas como fonte histórica brasileira.                                                                                                                                                                      Jean Baptiste Debret foi um grande artista francês, nascido em Paris formou-se na Academia de Belas Artes de Paris. O artista chegou ao território brasileiro em março 1816, foi membro da missão artística francesa no Brasil onde retratou varias cenas do cotidiano brasileiro, ele fazia desenhos, anotações, rascunhos, perguntas e conversava com todo mundo para saber como era o dia-dia da comunidade.                                                                                                                                                                       Quando acontecia o carnaval os cariocas faziam guerra de limão de cheiro, todos participavam desta brincadeira; alguns escravos jogavam polvilho e agua entre si. Outros tocavam instrumentos, catavam, se vestiam como nobres europeus saudando as pessoas que observavam o grupo passar. Mas nem tudo era festa, esses pobres negros eram muito maltratados, trabalhavam muito na cidade e no campo como pedreiros, carpinteiros, ferreiros, pintores, carregadores, vendedores, quase sempre vigiados por homens com chicote que fiscalizavam o trabalho. As mulheres escravas exerciam tarefas para as senhoras como cozinhar, lavar, limpar a casa além de serem suas acompanhantes. Essas obras mostram a realidade do trabalho escravo como, por exemplo, os serradores de madeira trabalhando, onde na Europa já havia serras mecânicas, mas os donos das serrarias preferiam utilizar a força dos escravos, pois esta exploração era mais barata do que formar uma serraria mecânica.                                                                                                                                                            Os escravos sofriam castigos muito cruéis como a palmatoria, as chicotadas no tronco onde eram espancados ate sangrar, porem alguns conseguiam fugir desse terror indo para locais bem distantes dentro da mata formando comunidades, os quilombos, onde podiam viver livremente.                                                                                                                                     Esboços da locomoção dos nobres, que era feita muitas vezes de cadeirinha enfeitada ou em redes carregadas por escravos, os passeios com as famílias e alguns escravos que cuidavam das crianças e carregam coisas nos passam a ideia de como era difícil ir de um lugar para outro. As mulheres e meninas ficavam em casa realizando alguma atividade como trabalhos artesanais e estudos respectivamente e quando saiam algo raro, eram sempre acompanhadas.                                                                                                                          Debret pintou imagens do casamento e da coroação de Dom Pedro I, da aclamação de Dom Joao VI, retratos da família real e também uma de suas obras mais conhecidas que foi o quadro de Dom Joao em tamanho real com seus trajes de majestade; a diferença social entre nobres e escravos era bem visível tanto pelos trajes como pela comodidade da época.                                                                                                     Gravuras de nações indígenas civilizados denominados charruas que andam envolvidos pelo poncho e com uma faca na cintura ou na bota, locomovendo-se quase sempre a cavalo. Os charruas tinham como atividades a comercialização de animais e às vezes serviam de guias aos viajantes. Diferentemente dos charruas, os índios selvagens muitas vezes eram capturados, perdendo sua moradia e parte da família. Debret detalhou os soldados civilizados conduzindo prisioneiros indígenas (mulheres e crianças) mostrando a crueldade daquela época com essas famílias. Os soldados saiam para a floresta de ano em ano com munição dada pelo governo. Eles se infiltravam na mata muito discretamente para poderem atacar ranchos dos selvagens, matando os homens e capturando as mulheres e as crianças. A índia brasileira rica em detalhes, o índio caçador de pássaros e o modo que ele utilizava o arco e flecha para sua caçada incrementa ainda mais a historia do povo brasileiro.                                                                                                                                                                                                                                                  Debret esboçou varias obras de grande importância histórica, a seguir seguem alguns exemplos com sua descrição.  

 

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[pic 2]Passeio de uma família de fortuna media, onde o chefe da família segue na frente fila seguido por seus filhos em ordem de idade de nascimento.

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[pic 4]Cena de um soldado da cavalaria guiando um tonel de agua (caserna) que tem como destino abastecer um alojamento militar.

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[pic 6]Imagem de um índio deitado de costas pronto para atirar a flecha.

 As imagens do Brasil existem através de artistas como Debret, que a partir de suas obras, descreveu a realidade da população brasileira na época do império. A população pobre dessa época passou por inúmeras dificuldades; os escravos negros além de serem traficados de seu país de origem, vinham para o Brasil para serem maltratados com trabalho pesado, condições precárias de vida, castigos com violência corporal. Porem alguns conseguiam fugir para os quilombos, onde podiam ter uma vida mais humana. Em relação aos indígenas temos cenas que descrevem sua vida da forma mais natural como a ação de caçar e também cenas de mulheres e crianças levadas como prisioneiros, imagem que mostra o índio no seu habitat natural com seus costumes e crenças e imagem onde ele é retirado desse meio, sendo levado sem nenhuma piedade de seu ambiente. Essa parte da historia triste se mescla com o poder dos nobres daquela época, esses bem munidos de riqueza material ditavam a regras aos menos favorecidos. Muito tempo se passou, mas infelizmente existem alguns preconceitos que tiveram origem naquela época. O preconceito racial tem suas raízes na época do Brasil colônia, hoje já se evolui consideravelmente, pois existe uma legislação que apoia pessoas que sofrem descriminação racial. Quanto aos índios também se evoluiu, muitos estudam, tem profissões dignas e outros mantem os costumes em suas aldeias, vivendo de uma forma bem natural e saudável possível. A historia mudou, evolui, mas ainda existem muitos conceitos para serem mudados.  

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