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Categoria Trabalho Teoria da Modernidade

Por:   •  4/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.894 Palavras (8 Páginas)  •  507 Visualizações

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3. Teoria da Modernidade

Marx  é um dos grandes analistas da formação, desenvolvimento e supressão do modo de produção capitalista que se constitui, para ele, no eixo de compreensão da modernidade. O capitalismo é o tema daquela que é considerada principal obra de Marx  - O capital – sendo primeiro livro foi publicado pelo próprio autor, enquanto os outros foram editados por Engels, a partir dos manuscritos de Marx .

A obra ficou dividida da seguinte forma:

Livro I – O processo de produção de O capital (1867)

Livro II – O processo de circulação de O capital (1885)

Livro III – O processo global de produção capitalista  (1894)

Livro IV – Teorias da Mais –Valia (1905-1910), editada por Karl Kautsky

O capital tem como objetivo fundamental realizar Uma critica da economia política tradicional, considerada burguesa e ideológica, por expressar não a essência ( e as contradições), mas apenas a aparência do modo de produção capitalista. Marx busca reformular a economia política, dotando-a de uma nova visão sobre o sistema econômico que define a era moderna. Destacando três grandes temas: 1) a origem do modo de produção capitalista, 2) suas características  essências e, 3) a crise e a possibilidade de superação das formas capitalistas de produção.

A preocupação de Marx é fazer analise critico -político do capitalismo, pois,  o modo de produção capitalista engendra formas de exploração e alienação. Podendo assim sintetizar a critica de Marx ao capitalismo em duas teses.

. Tese da exploração: o capitalismo é um sistema econômico no qual a riqueza é produzida pela exploração de uma classe social sobre  a outra. O conceito central que enuncia a tese da exploração é a categoria “Mais – Valia”.

. Tese da alienação: o capitalismo é um sistema econômico na qual o conjunto dos indivíduos e da sociedade passa a ser determinado pelo poder impessoal do dinheiro (capital) e da própria esfera econômica que foge do controle social. O conceito central que enuncia a tese da alienação é a categoria “Fetichismo da Mercadoria”.

3.1 Formação

Marx descreve que o capitalismo não surge de forma natural, mas é fruto de um processo histórico marcado pela violência e pela coerção. Segundo ele, o fundamento para entender como se da o processo de gênese do capitalismo esta no surgimento das classes sociais que são a base deste sistema.: a burguesia e o proletariado. Ou seja, é preciso explicar os dois processos: 1) o surgimento de uma de trabalhadores  livres no mercado, forçados a vender sua força a única coisa que possuem, a sua força de trabalho e; 2) uma massa de capital- dinheiro relativamente grande na Mão dos capitalistas para que estes pudessem investir.

O proletariado, é a classe que, embora legalmente livre, sobrevive da venda de sua força de trabalho. Mas em condições históricas formou-se esta classe social, o fator que motivou a expropriação dos camponeses das propriedades comunais foi chamado “cercamento”. Através do uso da força, determinados proprietários cercavam as terras que antigamente eram considerados “comuns”. Desta forma, os pequenos camponeses eram expulsos para propriedades cada vez menores até ficarem sem nada. Este processo ocorreu em diferentes fases, seja com a ocupação das terras da igreja e do Estado, seja com a ampliação da extensão das propriedades  mediante o uso da força. Foi desta forma que se formou um imenso “exército industrial de reserva’.

De um outro lado com a concentração da propriedade fundiária surgem os “ arrendatários capitalistas”, o embrião da futura classe capitalista ou burguesa. Eles eram chamados de arrendatários  porque contratavam a mão de obra para trabalhar nas suas terras em troca de salários. Fatores como o aumento de preço de produtos, inovações tecnológicas, o aumento do mercado consumidor ( afinal, agora os camponeses tinham que compra o que antes produziam) o que provocou seu forte enriquecimento.

3.2 Estrutura

O capital não podendo ser reduzido a  um livro da historia econômica, os fundamentos e as característica estruturais do modo capitalista de produção. Marx elabora ao longo do livro uma série de conceitos sustentando que a acumulação é o mecanismo central desta forma produtiva. Ao mesmo tempo, Marx explicita as contradições do mundo capitalista  afirmando que se trata de um sistema econômico cuja as características  são a exploração e a  alienação.

3.2.1 Tese da exploração: a mais- valia

         Segundo Marx, o valor  de uso de uma mercadoria é o seu aspecto natural, ou seja, sua capacidade para satisfazer uma necessidade humana. O valor de uso, portanto, tem haver com o “conteúdo” da mercadoria. O valor de troca é a capacidade que cada mercadoria possui para ser trocada por outra mercadoria. Adotando a teoria de David Ricardo (teoria do valor- trabalho), Marx vai afirmar que o que determina a grandeza do valor é a quantidade de trabalho socialmente necessário ou o tempo de trabalho socialmente necessário para produção de um valor de uso. Logo, o valor vem do trabalho.

Para serem trocados entre si, as mercadorias precisam da intermediação de outra mercadoria: o dinheiro. Em vista disso, continua Marx , “importar realizar o que jamais tentou fazer a economia burguesa, isto é, elucidar a gênese da forma dinheiro” . No primeiro ato de circulação, que é a de compra de uma mercadoria (D----M), o capitalista interrompe a troca para transformar a mercadoria  pelo trabalho. Como o trabalho cria valor, no segundo ato da troca (M----D), a mercadoria pode ser vendida por um valor maior. Pelo  processo de transformação da mercadoria, o capitalista contrata um operário e lhe oferece um salário por uma determinada jornada de trabalho.

         Através de sua teoria, Marx quer fundamentar a tese de que o lucro tem sua origem na exploração do trabalhador pelo capitalista. Neta visão, é o operário que gera a riqueza, mas a relação de classes da sociedade faz com o que o capitalista se aproprie da mais-valia produzida pelo trabalhador.

         A categoria básica da teoria econômica de Marx é o conceito de mais-valia. Ao longo de capital ao mostrar que existiam duas formas principais pelas quais é possível extrair lucro:

        - Mais-valia absoluta: o lucro é obtido pelo aumento da jornada de trabalho, em outros termos, aumenta-se a quantidade de trabalho excedente em relação ao tempo de trabalho necessário (que serve para pagar os salários). Para Marx, os capitalistas sempre lucram ao longo da historia para estender o dia de trabalho a 10, 12, 16 ou até 20 horas, ou seja, até os limites da capacidade do operário.

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