ESCOLA E FAMÍLIA: AS CONTRIBUIÇÕES NECESSÁRIAS DO SERVIÇO SOCIAL NESSA RELAÇÃO
Por: meirabah • 24/5/2017 • Projeto de pesquisa • 1.621 Palavras (7 Páginas) • 248 Visualizações
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MÁRCIA LIMA MEIRA
ESCOLA E FAMÍLIA: AS CONTRIBUIÇÕES NECESSÁRIAS DO SERVIÇO SOCIAL NESSA RELAÇÃO
Jequié-BA
2016
UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ – UNOPAR
MÁRCIA LIMA MEIRA
PROJETO DE AÇÃO
Projeto de Ação apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) Campus de Jequié-BA, como parte avaliativa da disciplina Estágio Curricular Obrigatório II.
Orientadora Acadêmica: Milena Cunha de Souza
Supervisor de Campo: Isabel Brito Lopes
Jequié-BA
2016
Escola e Família: as contribuições necessárias do Serviço Social nessa relação
1 APRESENTAÇÃO
O espaço escolar é privilegiado para acontecerem as interações sociais. O convívio com as diferentes realidades contextuais de cada aluno é o que enriquece as relações humanas, e essa convivência não denota apenas a diversidade cultural, religiosa e de valores, mas reflete o ambiente familiar de cada um com suas limitações e permissividades. Os conflitos são naturais nas vivências entre as pessoas, pois são carregados das representações simbólicas e as formas como cada um encara a sua vida em sociedade.
Nesse cenário destacam-se alguns problemas que interferem no cotidiano escolar como a indisciplina, a falta de limites das crianças e adolescentes e outras situações que os deixam em condição de vulnerabilidade. Muitos são os fatores que contribuem para isso, porém prioritariamente existe a parcela de responsabilidade da família.
É com a intenção de articular escola e família que o profissional de Serviço Social deve atuar subsidiando a escola e seus colaboradores, no enfrentamento de problemas sociais que os profissionais da educação não sabem intervir.
O estágio I foi realizado na CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e conseguiu nortear as ações profissionais futuras, assim como o desenvolvimento acadêmico.
Ao ser propiciada a oportunidade de conhecer os objetivos do CREAS, foi possível também observar a sua demanda de atividades, que dentre elas, destacam-se: atendimento psicossocial, orientações jurídicas, visitas domiciliares, palestras nas escolas, campanhas de prevenção ligadas à comunidade, dispondo de uma excelente articulação com a rede Inter-setorial do município a que pertence, obtém parcerias, também, com unidades de outros municípios, objetivando a seguridade social daqueles que obtém seus direitos.
Com a finalidade de assegurar o apoio às escolas, a equipe do CREAS, em parceria com a Escola Luiz Braga localizada no povoado de Porto Alegre, zona rural do município de Maracás/BA, realizam um projeto de intervenção frente as famílias dos alunos da unidade escolar anteriormente referida, e é nessa circunstância que este projeto de ação será desenvolvido.
2 JUSTIFICATIVA
A escola vive diariamente o enfrentamento de articular o contexto social do educando com o conhecimento científico. Os problemas e as necessidades que os alunos trazem de casa em sua bagagem são refletidos em sala de aula e em todo ambiente escolar.
Nesse cenário a escola precisa de apoios de outros profissionais, além da educação, para conduzir um trabalho que respeita a realidade cultural, social e econômica e fomentar ao mesmo tempo a participação e responsabilidade da família no desenvolvimento dos filhos.
A problemática que envolve toda essa questão é maior do que se possa imaginar porque a própria família está fragilizada na criação/educação das crianças e adolescentes. É nesse sentido que torna-se importante o profissional do Serviço Social inserido na escola como afirma Amaro (1997):
Educadores e Assistentes Sociais compartilham desafios semelhantes, e tem a escola como ponto de encontro para enfrentá-los. Tem-se a necessidade de fazer algo em torno dos problemas sociais que repercutem e implicam de forma negativa no desempenho do aluno e leva o educador pedagógico a recorrer ao Assistente Social.
A contribuição do assistente social nessa parceria com a escola está longe de ser apenas solução de problemas porque se trata de política social com a finalidade de garantia de direitos sociais. Por isso Iamamoto (1998) acrescenta que:
O desafio é re-descobrir alternativas e possibilidades para o trabalho profissional no cenário atual; traçar horizontes para a formulação de propostas que façam frente à questão social e que sejam solidárias com o modo de vida daqueles que a vivenciam, não só como vítimas, mas como sujeitos que lutam pela preservação e conquista da sua vida, da sua humanidade. Essa discussão é parte dos rumos perseguidos pelo trabalho profissional contemporâneo.
A educação a ser trabalhada nas escolas tem que ter como base aliada a família, para que as soluções dos problemas de ordem social e comunitária possam ser repensados não com o objetivo de “apagar incêndios”, mas de transformar a sociedade de forma emancipatória. Assim, Gutierrez (1988) afirma:
“A participação, quando existe de fato, é necessariamente educativa. Em outras palavras, a participação educa, porquanto propicia níveis cada vez mais elevados de consciência e organicidade. Na medida em que produz essa participação consciente e orgânica do grupo comunitário, dar-se-ão ações concretas de transformação social e, dessa maneira, consegue-se influir, direta ou indiretamente, na transformação da realidade.”
E ainda Almeida (2000) colabora com o seguinte pensamento:
O campo educacional torna-se para o assistente social hoje não apenas um futuro campo de trabalho, mas sim um componente concreto do seu trabalho em diferentes áreas de atuação que precisa ser desvelado, visto que encerra a possibilidade de uma ampliação teórica, política, instrumental da sua própria atuação profissional e de sua vinculação às lutas sociais que expressam na esfera da cultura e do trabalho, centrais nesta passagem de milênio.
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