Educação Inclusiva
Por: Sabota PK • 15/4/2016 • Trabalho acadêmico • 882 Palavras (4 Páginas) • 236 Visualizações
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A resolução dos problemas educacionais e a emancipação da qualidade de ensino e estrutura escolar são desafios diários na sociedade capitalista e competitiva que se externa, concepções essas, que nos fazem refletir o agir sobre o presente quanto às necessidades de uma demanda que agoniza sobre a segregação educacional e padronização de ensino voltado à mercantilização e o apoderamento de direitos que desvanecem sob cortinas que se fecham quando o assunto é incluir socialmente. A partir de reflexões sobre essas expressões fez-se a pesquisa sobre o tema “Trabalhando em redes para a superação dos problemas educacionais” que será explanado neste trabalho.
EXEMPLIFICANDO PROBLEMAS EDUCACIONAIS
Os problemas educacionais apresentam-se em diferentes eixos, aqui iremos defini-los em duas categorias, as dificuldades de aprendizado, geralmente relacionadas a elementos externos que prejudicam o processo de aprendizagem, e transtornos de aprendizagem que geralmente é relacionado ao educando, seja por disfunção neurológica, química, hereditariedade e outros. (Centro Apoio Departamento Psicopedagógico)
As dificuldades de aprendizado giram em torno da baixa qualidade do sistema de ensino regular e segundo a Nova Escola os mais recorrentes são: Reprovação e evasão, distância da escola no campo, desmotivação e decisão do gestor. Tais problemas educacionais estão relacionados com a pouca atratividade da escola, dentre os casos é possível citar o sucateamento das unidades escolares, gestores descompromissados com a educação, metodologia educacional conservadora.
Os Transtornos Educacionais são intrínsecos e fazem parte do aluno sendo os principais casos a Dislexia, Disgrafia, Discalculia, Dislalia, Disortografia e O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) segundo Barros.
Assim sendo, é perceptível que os problemas educacionais estão relacionados não apenas às estruturas, mas também aos processos cognitivos e intrínsecos do educando, tornando necessário uma reavaliação do processo educacional corrente, para atender as necessidades do educando de forma totalitária.
O QUE SERIAM AS REDES?
O tema “Trabalhando em redes para a superação dos problemas educacionais” exige que tenhamos um conceito de redes para podermos prosseguir, assim sendo Justen nos diz que:
“A rede se constitui, entre os seres humanos, como meio informal de relacionamento caracterizado pela interatividade, interdependência e informalidade, motivado pela identificação com um objetivo comum para indivíduos e grupos sociais, aproximando-os em torno um significado importante para todos.”
Na construção desse conceito de redes, Justen se apropria de outras teorias para fundamentar-se, como por exemplo, a ECOLOGIA e a TEORIA DOS SISTEMAS, onde ambas tratam da relação dos seres vivos com o mundo de forma equilibrada para a sobrevivência, de forma organizada articulando-se com outros sistemas “[...] em que predominam a interdependência, as interações, os conflitos, a troca de energia e o equilíbrio de forças[...]”. (JUSTEN, Liana Márcia)
TRABALHANDO EM REDES PARA A SUPERAÇÃO DOS PROBLEMAS EDUCACIONAIS
Se os problemas educacionais podem ser de ordem externa (estrutura, condições, profissionais desqualificados, problemas domésticos, etc.), e/ou de ordem intrínseca do educando (Dislexia, Disgrafia, Discalculia, Dislalia, Disortografia e TDAH), podemos concluir que para superar tais problemas da educação precisa-se de um corpo multidisciplinar (rede) que trabalhe com o objetivo de diminuir os obstáculos encontrados, em prol de uma educação autônoma e emancipatória dos educandos.
A existência de um corpo interdisciplinar no processo de construção de plano pedagógico escolar pode apreender de forma mais totalitária o processo de aprendizagem do aluno, bem como as condições as quais o educando necessita para um aprendizado mais eficaz, que estimule suas potencialidades dentro de uma perspectiva mais inclusiva e humana:
“Segundo Morin (2001), a principal tarefa da educação, hoje, é a formação de pessoas capazes de descobrir, inventar, construir novos conhecimentos, em uma perspectiva educacional que religue os saberes estanques e fragmentados. Educação que supere a barbárie, construindo valores universais, formando pessoas solidárias, cooperativas, criativas e espiritualmente fortes, considerando a época de incertezas quanto aos acontecimentos futuros ligados às mudanças climáticas, exaustão das fontes naturais de energia e dificuldades previstas pelo aumento populacional mundial.” (JUSTEN, Liana Márcia)
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