Família e Trabalho na Reestruturação Produtiva: Ausência de políticas de emprego e deterioração das condições de vida.
Por: 100411 • 3/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.678 Palavras (7 Páginas) • 101 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
serviço social
FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: AUSêNCIA DE POLÍTICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA.
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Teixeira de Freitas
2014
VANúBIA oliveira SOARES
FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: AUSÊNCIA DE POLÍTICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA.
Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Sociologia, Ciências Políticas, Filosofia e Fundamentos Históricos, Teóricos do SSOC I.
Professores: Rosane Ap. Belieiro Malvezzi, Sergio de Goes Barbosa, Wilson Sanches e José Adir.
Teixeira de Freitas
2014
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO.........................................................................................
2- DESENVOLVIMENTO .............................................................................
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................
REFERÊNCIAS ...........................................................................................
INTRODUÇÃO
Muito se fala sobre a crise econômica, mas pouco se menciona acerca dos fatos ocorridos em meados dos anos 90. Sem dúvida, podemos constatar que a sociedade capitalista desde sempre explorou os trabalhadores menos favorecidos.
O Brasil apesar do grande desenvolvimento industrial após a guerra, não consegue erradicar sua miséria. Isso ocorre por três fatores:
- Questão agrária não resolvida;
- Um mercado de trabalho despreparado;
- Natureza das políticas sociais.
Para dimensionar a gravidade dos níveis de transgressões às leis e de injustiça social durante a década de 90, devemos recordar que o Brasil é um país profundamente desigual, onde convivem gritantes abundância e miséria.
Uma década com profunda desestruturação produtiva e do mercado de trabalho, onde o desemprego é apenas a parte mais visível do processo que tornou - se tão grave que afetou diretamente milhões de pessoas.
DESENVOLVIMENTO
O mercado de trabalho no Brasil nos anos 90 ficou caracterizado pela redução dos postos de trabalho por conta das indústrias.
Refletindo o atraso socioeconômico do país, a população ativa tinha um nível de instrução muito baixo, com mais da metade sem ter completado a escola elementar obrigatória e muitos praticamente sem qualquer escolaridade. Isso não constituiu obstáculo para o desenvolvimento do capitalismo, porque a maioria dos postos de trabalho não exigiu escolaridade especial e a população pouco instruída se adaptou rapidamente às tarefas envolvidas, aprendendo o suficiente no desempenho dos diversos serviços. No entanto, essas oportunidades de trabalho não estabilizaram vínculos de emprego, nem qualificaram a mão de obra para valorizar profissionalmente o empregado. Houve então uma rotatividade e uma diminuição significativa nos salários, com os trabalhadores deslocando-se constantemente de um emprego a outro, sem qualquer especialização. Para essas pessoas sem nenhuma escolaridade ou formação profissional as possibilidades de estabilizar-se em um emprego com um vínculo ocorrem somente no setor público e nos estabelecimentos privados, principalmente nas indústrias de transformação.
O emprego assalariado pode ser classificado sob dois critérios alternativos: segundo o tipo de empregador e o grau de formalização do contrato de trabalho. Os resultados da aplicação dos dois critérios envolvem uma grande interseção, pois os empregadores com um mínimo de estruturação organizacional. Costumavam formalizar o contrato de trabalho e a maioria dos empregadores sem um mínimo de organização não formalizava o contrato de trabalho.
A situação das remunerações é ainda mais desfavorável no que se refere aos empregados por famílias ou estabelecimentos sem um mínimo de organização. As principais atividades eram o comércio, a prestação de serviço nos ramos da alimentação, alojamento, reparação, manutenção, limpeza, vigilância e outros atendimentos às pessoas e às famílias. Torna-se desproporcional a quantidade de jovens que precisam trabalhar desde muito cedo e os adultos com idade avançada, não permanecem muito tempo em um emprego formal, mudando continuamente de emprego.
Mesmo durante o seu desenvolvimento, o Brasil passou por uma crise decorrente da insuficiente geração de empregos e os baixos salários que comprometeram profundamente as condições de vida das famílias. Esse agravamento teve sérias consequências, tornando impossível encaminhar o país para um novo padrão de desenvolvimento.
A inserção da mulher no mercado de trabalho no Brasil, aumentou a partir da década de 70, como a economia expandiu em um processo de industrialização e crescente urbanização. Continuou na década de 80, apesar da paralisação da atividade econômica e deterioração das oportunidades de ocupação, e, na primeira metade da década de 90, período que ficou caracterizado pela intensa abertura econômica, os baixos investimentos e a terceirização da economia, continuou a inclinação crescente a incluir a mulher na força de trabalho. Um dos fatos mais notáveis foi o crescimento da escolaridade femininae o aumento da sua esperança de vida.
Nesse mesmo período o país passou por grandes transformações, de ordem política, econômica e social. O ambiente econômico foi particularmente perturbado entre 1986 e 1994, período em que o Brasil conviveu com nada menos que seis planos de estabilização econômica, sendo, Cruzado I, Cruzado II, Bresser, Verão, Brasil Novo e Real. Esses planos na tentativa primeira de dar fim a crise inflacionária, promoveram uma sucessão de congelamentos de preços, seguidos de processos de reajustes obrigatórios, provocando cinco alterações na moeda brasileira que, de cruzeiro, passou sem interrupção, a cruzado, cruzado novo e, finalmente Real.
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