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Família e Trabalho na reestruturação produtiva: Ausência de políticas de emprego e deterioração das condições de vida

Por:   •  6/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.245 Palavras (5 Páginas)  •  100 Visualizações

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Serviço Social

Disciplinas:fundamentos do serviço social 1

Fundamentos, Sociologia, Ciências Políticas e Filosofia

Professores: Rosane, Sérgio, Wilson e Adir

Semestre: 1º 



PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

Orientação sobre a construção do trabalho:


Tema:


Família e trabalho na reestruturação produtiva: ausência de políticas de emprego e deterioração das condições de vida.

Introdução:

    De antemão o artigo visa ressaltar as grandes mudanças na relação família-trabalho com forte influencia sobre a formação da família tradicional juntamente com a inserção da mulher no âmbito de trabalho, o fator principal que fez com que houvesse uma mudança na vida da mulher, mas que também teve reflexo de forma direta na relação familiar. A mulher deixa de ser somente a mãe/esposa e passa a ter mais autonomia sobre si e modificando assim o padrão hierárquico da família. Com o aumento da busca da mulher no mercado de trabalho ocorrem repercussões na organização e na estrutura do funcionamento das famílias, formam-se novas configurações e novos arranjos familiares.

                                           

Desenvolvimento:

 

     O pensamento de vigente da sociedade era de ter o homem como provedor do lar e a mulher de assumir seu lugar na família cuidando dos afazeres domésticos e cuidando dos filhos, mas com as transformações recentes na economia e no mercado de trabalho, processos como a industrialização, urbanização e os avanços tecnológicos houve um aumento da concorrência; surge então uma nova demanda empregos em muitas áreas, ocorre à inserção da mulher no âmbito profissional. As transformações regionais associadas à instabilidade da economia provocou uma queda no numero de empregos na indústria fazendo com que crescesse assim as ocupações ligadas ao terciário de caráter formal e informal.

Em relação à família, afirma Gustavo Tepedino: “ponto de referência central do indivíduo na sociedade; uma espécie de aspiração à solidariedade e à segurança que dificilmente pode ser substituída por qualquer outra forma de consciência social”, in: Temas de Direito Civil. Rio de Janeiro: Renovar, 1999, p. 326.

      As relações familiares passam por mudanças explicitas que repercutem na autoridade hierárquica do “provedor do lar”. A mulher deixa de ocupar somente o papel de dona-de-casa e responsável pelos cuidados e pela educação dos filhos para assumir-se independente. Ainda que se buscasse somente a complementação da renda familiar ou a autonomia financeira à inserção da mulher no mercado de trabalho desencadeou uma ruptura na formação familiar tradicional, com a queda nos níveis de fecundidade, aumento de divórcios formam-se famílias monoparentais encabeçadas especialmente por mulheres.

      Algumas das transformações da família que já se anunciavam nos anos 80 acentuaram-se na Região Metropolitana de São Paulo no inicio dos anos 90, tais como a redução da proporção das famílias compostas por casais e filhos e o crescimento das famílias nucleadas por “chefes de família” sem cônjuge, masculinos ou femininos, não obstante a predominância dos últimos e o aumento no número de domicílios unipessoais (Montali, 1998ª).

      Tal modernidade trousse uma individualização social esse processo gerou mudanças nas formas sociais anteriores, uma rupturas nos padrões hierárquicos que controlavam a sociedade a muitos anos.
Buscam-se mais por realizações pessoais, bom relacionamento, “o bom relacionamento é aquele isento de poder arbitrário, coerção e violência.” (1993, p.71).

A reivindicação da igualdade, direito à liberdade sexual, fim do padrão moral da virgindade, controle da função reprodutiva, fim da autoridade exclusiva do homem dentro da família, igualdade de direitos políticos e civis, incluindo as mudanças na legislação familiar e trabalhista, levaram a família gradativamente a se reorganizar em função dos novos padrões. (ARAÚJO, 1993, p. 50).

        O padrão cultural dominante do chefe provedor passa por mudança com a entrada da mulher e dos filhos grande no mercado de trabalho. O aumento no  numero  de divórcios, a redução da natalidade  e formação de domicílios unipessoais.  

Pergunte-se o que é realmente uma família hoje em dia? O que significa? É claro

que há crianças, meus filhos, nosso filhos. Mas, mesmo a paternidade e a maternidade, o núcleo da vida familiar, estão começando a se desintegrar no divorcio (...). Avós e avôs são incluídos e excluídos sem meios de participar nas decisões de seus filhos e filha. Do ponto de vista de seus netos, o significado das avós e dos avôs são incluídos e excluídos tem que ser determinado por decisões e escolhas individuais. (BAUMAN, Zygmunt, 1999 p. 13 apud BECK, Ulrich)

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