Família e trabalho na reestruturação produtiva: ausência de políticas de emprego e deterioração das condições de vida
Por: andressapaixao • 27/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.215 Palavras (5 Páginas) • 105 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo oportunizar uma discussão reflexiva a respeito da família e da sua nova configuração na sociedade contemporânea.
Para alguns a família é uma instituição, onde ocorre uma formação dos vínculos entre pais (filiação) e filhos (fraternidade) avós, tios e etc., os quais possuem grande repercussão no que se refere à criação e o desenvolvimento da personalidade. Além disso, grande parte das mudanças mais importantes ocorridas na vida de uma pessoa acontece no contexto familiar, como é o caso de casamento, maternidade e paternidade, dentre outras. Desde os primórdios várias são as mudanças no contexto familiar, o respeito, a divisão de trabalho e a mulher no mercado de trabalho.
DESENVOLVIMENTO A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
A divisão do trabalho refere-se a diferentes formas que os seres humanos o viverem em sociedade produzem a vida, ou seja, relativos à forma de produzir bens e serviços necessários à vida. Ela é dividida em 04 (quatro) grupos, sendo eles:
1) Divisão Social do Trabalho ou Divisão do Trabalho Social – a divisão do trabalho sempre existiu, inicialmente dava-se pela idade, pela divisão sexual e pela estrutura corporal (condicionamento físico). Designa a divisão do trabalho social em atividades produtivas, ou ramos de atividades necessárias para a reprodução da vida.
2) Divisão Capitalista do Trabalho ou divisão parcelar ou pormenorizada do trabalho, ou divisão manufatureira do trabalho ou divisão técnica do trabalho – é típica do modo de produção capitalista – no início o processo de trabalho era realizado na produção feudal, no artesanato, o domínio dos processos estavam com os trabalhadores.
3) Divisão Sexual do trabalho - é utilizada para expressar os diferentes papéis atribuídos a homens e mulheres na sociedade e no processo produtivo. Com a urbanização, a ampliação do acesso à educação e as conquistas dos movimentos de mulheres, houve uma ampliação do ingresso das mulheres no mercado de trabalho, no entanto ainda é significativa a desigualdade em termos de valorização do trabalho feminino em relação ao masculino. Até hoje em diferentes países e culturas as mulheres exercem trabalhos iguais aos homens, porém a remuneração é inferior.
4) Divisão Internacional do Trabalho - a expressão ‘nova divisão internacional do trabalho’ tem sido usada para designar as mudanças no mercado, na distribuição de capital e das empresas, bem como no fluxo da força de trabalho entre os países, especialmente a relação ‘centro-periferia’. A divisão diz respeito às posições dos países no mercado de trabalho e no mercado produtivo.
AS RELAÇÕES FAMILIARES NA CONTEMPORANEIDADE
O contexto de valores e tradições familiares está se perdendo no decorrer dos anos, antigamente os filhos tinham medo dos pais, mulheres eram encarregadas da criação dos filhos e dos afazeres domésticos, os filhos pediam benção aos pais quando ao amanhecer e ao dormir, não ousavam desobedecê-los, porém hoje em dia são em poucas famílias que estes determinados valores e tradições acontecem.
Com o passar dos anos e com o aumento das inflações, dos bens de consumo, as mulheres se viram obrigadas a contribuir financeiramente com o sustento familiar, sendo assim obrigadas deixarem seus filhos sob a “criação” de outras pessoas para irem trabalhar, mais mesmo com a carga horária e trabalho diária inserida pela sociedade capitalista, as mesmas ainda continuam a cuidar dos afazeres domésticos e da criação dos filhos, só que neste contexto os maridos dividem os afarezes com suas respectivas esposas. A independência econômica dos cônjuges acarreta uma economia individual e uma responsabilidade com a família mais compartilhada, onde em muitos casos ocorre a ruptura do vínculo familiar, tendo em vista que esta independência os deixa mais individualistas.
As mais variadas mudanças no contexto familiar encontram-se no perfil democrático da população, o aumento das separações e divórcios, famílias monoparentais, uniões de fatos, o adiantamento dos casamentos entre jovens, etc. A família moderna é constantemente desafiada por aspirações de consumo, devendo reconquistar os bens em comum para os entes de família.
MULHER, MERCADO DE TRABALHOO E AS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES DO SÉCULO XX
As mudanças nas taxas de fecundidade, nos níveis educacionais e da sua participação no mercado de trabalho sintetizam o novo papel da mulher na sociedade. Em primeiro lugar, há mudanças significativas no campo da fecundidade. Embora o Brasil apresente, desde a década de sessenta, uma tendência declinante em sua taxa de fecundidade, há um peso significativo das condições socioeconômicas das mulheres na determinação do número de filhos. As mulheres que vivem nas áreas rurais, que são menos escolarizadas e pertencem à família com baixos rendimentos apresentam uma taxa de fecundidade mais alta.
Em relação ao mercado de trabalho as mulheres estão cada vez mais ocupando espaços que há décadas atrás eram proibidas, pelo
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