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Formas de atuação do Assistente Social compreendendo a influência do contexto histórico no fortalecimento do Serviço Social como profissão.

Por:   •  11/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.958 Palavras (8 Páginas)  •  500 Visualizações

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Introdução

A Profissão do serviço social se firma no Brasil, mas este trabalho favorece a classe burguesa numa sociedade onde impera o capitalismo fazendo com que surjam pessoas que passam trabalhar a favor das classes dominantes para que a classe menos favorecidas sinta-se amparada. Com o apoio da igreja católica exercem um trabalho de assistencialismo o que criou o mito de que o profissional de serviço social e aquele que faz caridade.

O Serviço Social tem hoje nas políticas sociais seu maior foco de atuação, nisto que o estado, gestor das políticas sociais, e o maior empregador. Dado seu caráter assalariado e o fato de a intervenção profissional só se realizar mediada por organizações públicas ou privadas, a profissão acaba sendo condicionado, pela natureza, pelo formato, pela modalidade de atendimento das sequelas da questão social sugeridas pelo estado burguês.

Desenvolvimento

O assistente social é um profissional especialmente habilitado para identificar e atuar em problemas de educação, saúde, trabalho e justiça entre outras áreas, planejando executando políticas públicas comunitárias, podendo também atuar diretamente com os indivíduos, famílias, grupos, empresas e comunidades. Diante disto, esta análise visa buscar de forma abrangente e tendo como objetivo considerar as forças sociais que inspiravam as iniciativas do Movimento de Reconceituaçao do Serviço Social e toda sua problemática dentro de um contexto social.

O Serviço Social é bastante marcado com suas perspectivas e possibilidades de avanços na época da Ditadura Militar. O Brasil passou por um regime militar que podemos comparar o regime totalitário acontecido na Alemanha, esta época amarga aconteceu no período de 1964 a 1985 e caracterizou-se pela falta de democracia, suspensão dos direitos constitucionais, censura, concentração de renda, pensamentos capitalistas, perseguição política e repressão a todos que contra o regime militar.

Para compreendermos é necessário enfatizar este contexto histórico, pois foi nesse período da Ditadura Militar que nasceu a necessidade do Movimento de Reconceituação do Serviço Social.

É imprescindível lembrar que neste mesmo período iniciou-se a articulação do Movimento de Reconceituação no Serviço social na América Latina, exibindo fundamentalmente a longa insatisfação dos profissionais que se conscientizava de suas limitações teórico-instrumentais como político-ideológico e instituiu-se uma perspectiva de mudanças social, devido a conscientização da exploração, opressão e dominação, tendo este histórico no r egime militar pautando-se na doutrina de Segurança Nacional e Desenvolvimento, no antimarxismo e no pensamento católico conservador.

“O Serviço Social latino-americano é sensibilizado pelos desafios da prática social. Sua resposta mais significativa se consubstancia na mais ampla revisão já ocorrida na trajetória dessa profissão, que tem aproximadamente seis décadas de existência. Essa resposta é o movimento de reconceituação. Esse perfilou-se, como um movimento de denúncia de autocrítica e de questionamento societário que tinha como contraface um processo seletivo de busca da construção de um Serviço Social latino-americano saturado de historicidade que apostasse na criação de novas formas de sociabilidade a partir do próprio protagonismo dos sujeitos coletivos”.(Iamamoto, 2001, p.207).

Os reflexos resultaram na desmobilização e mudanças dos movimentos políticos que se fortaleciam no período populista, tais como MEB (Movimento de Educação de Base), sindicalismo rural e movimentos de alguns seguimentos da categoria dos assistentes sociais que atuavam buscando os interesses dos setores populares sendo que após o Golpe Militar de 64, o espaço de atuação profissional dos assistentes sociais se limita na execução das políticas sociais em expansão dos programas de Desenvolvimento da Comunidade e atuando na eliminação da resistência cultural que representasse obstáculos ao crescimento econômico integração aos programas de desenvolvimento do Estado também neste contexto, a política social torna-se uma estratégias para minimizar as consequências do capitalista monopolista marcado pela super exploração da força do trabalho e pela grande concentração de renda.

A circunstância da sociedade brasileira neste período de regime militar e apresentação da política social remetem o Serviço Social a assumir uma prática com tendências modernizadoras, visando ações profissionais modernas e assim com essa mudança na postura da prática do Serviço Social foi marcado o momento inicial do Movimento de reconceituação do Serviço Social no Brasil e posteriormente a Renovação do serviço social este processo de renovação assume três pontos que norteia: Perspectiva modernizadora, Perspectiva de reatualização do conservadorismo e Perspectiva da ruptura. Neste quesito os assistentes sociais começam a desenvolver um intenso processo de discussões interna na busca de um novo perfil profissional do assistente social é pautada pela eficiência e modernização da profissão, considerando-se fundamental o planejamento, a coordenação, a administração, a capacitação profissional para atuação em nível de micro, macro e participação em equipes interprofissional, sendo isso conceitos fundamentais para a formação do assistente profissional a partir destas definições foi imprescindível às realizações dos seminários que trataram da teorização do Serviço social: Araxá (19 à 26/03/1967)-teorização do serviço social, Teresópolis (10 à 17/01/1970)-metodologia do Serviço Social, Sumaré e Alto da Boa Vista( 20 à 24/11/1978)-cientificidade do Serviço Social. Os documentos utilizados nestas discussões são considerados marco histórico do serviço social.

Conclui-se que no período de Ditadura Militar surgiu a necessidade de reconceituação do serviço social que se constituiu em um esforço para desenvolvimento da proposta de ação profissional condizente com as especificidades do contexto latino-americano, ao mesmo tempo em que configurou com um processo amplo de questionamento e reflexões críticas da profissão. Foi motivado pelas pressões sociais e mobilizações dos setores populares, historicamente marcada pela intransigência das desigualdades de classes e das questões sociais, em face do acúmulo do capitalismo, tal movimento também é marcado pela perspectiva de ruptura com o denominado serviço social tradicional implicando a não neutralidade das ações profissionais e possibilitando o estabelecimento de vínculos orgânicos dos profissionais com as classes populares, em uma perspectiva de transformação social.

Na década

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