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REFLEXÃO SOBRE OS PARÂMETROS DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL E DO PSICOLOGO (AS) NA POLITICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Por:   •  16/4/2015  •  Artigo  •  1.361 Palavras (6 Páginas)  •  709 Visualizações

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SERVIÇO SOCIAL

LUCIANE MARINHO RODRIGUES – RA: 9746436999

REFLEXÃO SOBRE OS PARÂMETROS DE ATUAÇÃO DOS ASSISTENTES SOCIAIS E PSICÓLOGOS (AS) NA POLITICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL.

Tutora: Prof. Ma. Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre

 

SÃO LUÍS- MA

31 de março de 2015

  1. INTRODUÇÃO

Este artigo apresenta um texto, cujo objetivo busca refletir o trabalho interdisciplinar dos profissionais do Serviço Social e dos Psicólogos (as) no âmbito da Política de Assistência Social. As análises mostram a importância da temática pesquisada, pois embora sejam profissões diferentes é possível sim que haja um trabalho é interdisciplinar das duas profissões, e que esse trabalho favorece uma intervenção na totalidade, ultrapassando o mundo das especializações e da fragmentação, buscando garantir deste modo à política de Assistência social como direito do cidadão.

  1. AS TRANSFORMAÇÕES QUE A DITADURA MILITAR TROUXE PARA A PSICOLOGIA

A Psicologia no Brasil foi regulamentada no ano de 1962. Logo depois o país viveu um longo período ditatorial ocasionado pelo Golpe Militar. E é nessa época, onde todos os atos democráticos eram censurados e proibidos, que a Psicologia vê-se obrigada a andar de acordo com o regime militar.    

Em decorrência desses fatos, as práticas psicológicas e a formação profissional tiveram um predomínio de abordagens individualistas, descontextualizadas e apoiadas em modelos abstratos de seres humanos. Essas medidas eram tomadas para realização e avaliação das ações que engendrou os processos de normatização e de controle das pessoas e contribuiu para a naturalização das expressões de violência e repressão (Scarparo, 2007).

As práticas psicológicas foram consolidadas sob a influência de ideologias desenvolvimentistas, pautadas pela repressão política e pelo patrulhamento ideológico. Aos Conselhos Federal e Regional de Psicologia, foi dado um papel fiscalizador e os psicólogos foram usados para atestar que os indivíduos contrários ao regime, eram pessoas desestruturadas, desajustadas e que vinham de famílias problemáticas.

Segundo a Psicóloga e professora da UFF, Cecília Coimbra (CRP 05/1780) que vivenciou o período, os psicólogos aplicavam anamnese, testes de nível mental, testes de frustração, testes de personalidade, testes objetivos dentre outros, com o objetivo de traçar o perfil do opositor político.

Em contra partida no âmbito acadêmico, mesmo com medo de represálias, e sem poder expressar suas ideias livremente, alguns professores e alunos promoveram uma reforma universitária e o patrulhamento ideológico característico da época. E mesmo com tantas restrições a categoria se reunia clandestinamente para estudar textos proibidos pela censura a fim de responder os questionamentos gerados a respeito de seu papel e sua responsabilidade social.

  1. SERVIÇO SOCIAL NO PERÍODO DA DITADURA MILITAR, ACONTECIMENTOS E TRANSFORMAÇÕES DURANTE ESSE PERÍODO.

Com a Ditadura, o Brasil entrou em uma profunda crise econômica e os problemas sociais foram agravados, a população brasileira, na sua maior parte foi marginalizada, sobrevivendo entre o desemprego e a subnutrição, as oposições foram reprimidas e eliminadas, assim, como o direito dos cidadãos.

O Serviço Social foi obrigado a transforma-se em uma estratégia para minimizar as consequências deixadas pelo sistema. As empresas criavam programas assistenciais e a atuação do Assistente Social contribuía para reprodução e produtividade da força de trabalho.

Diante dessa conjuntura da sociedade brasileira, os profissionais do Serviço Social, mesmo que limitados em sua atuação, assumem uma prática com tendências modernizadoras onde as demandas e os interesses de sua clientela são priorizados.

Daí então Surge o Movimento de Reconceituação do Serviço Social no Brasil e com ele uma intenção de ruptura com o tradicionalismo, onde as práticas profissionais eram pautadas sob ideologias advindas da igreja católica, do estado e do empresariado. Dentro das universidades através de congressos e seminários é feito uma reflexão crítica, levando os profissionais a mudar de postura diante do enfrentamento da questão social. Apesar do desejo de rompimento com o tradicionalismo ter iniciado com o Movimento de Reconceituação do Serviço Social, a Ditadura fez com que o movimento ficasse aprisionado atrás dos muros acadêmicos, impedindo assim, sua concretização.

E mesmo o Serviço Social tendo sua essência deturpada no período da ditadura militar, os profissionais reagiram, ainda que limitadamente, diante da insatisfação gerada pelo sistema que lhes fora imposto.

  1. A ATUAÇÃO DE ASSISTENTES SOCIAIS E PSICÓLOGOS (AS) NA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Com o avanço da abertura política e dos movimentos sociais muitas práticas profissionais foram unidas a fim de promover a emancipação social dos indivíduos.

De acordo com a brochura “Parâmetros para atuação de assistentes sociais e psicólogos (as) na política de Assistência Social”, embora sendo áreas diferentes, é possível que as duas profissões trabalhem em conjunto, pois, podem integrar suas abordagens no intuito de assegurar uma intervenção interdisciplinar capaz de corresponder às demandas individuais e coletivas, a fim de defender a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde não existam violência, exploração de classe, gênero, etnia e orientação sexual. Segundo o item 5.3 – Interfaces entre as duas profissões, página 38, do mesmo documento, quando integradas na prática da Política de Assistência Social, os profissionais dessas duas áreas podem contribuir criando ações coletivas de enfretamento para as várias faces da questão social.

A elaboração conjunta dos documentos que embasam as atividades em equipe interdisciplinar, os psicólogos (as) e assistentes sociais devem registrar apenas as informações necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho respeitando assim o que diz seus Códigos de Ética Profissional, onde eles só devem compartilhar informações relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando o seu caráter confidencial, assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

Apesar de comprovada a qualidade na prática da atuação integrada das profissões existe ainda desafios a serem enfrentados no campo da política de Assistência Social como, por exemplo:

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