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O Projeto de Intervenção Avaliação

Por:   •  7/11/2024  •  Relatório de pesquisa  •  1.770 Palavras (8 Páginas)  •  15 Visualizações

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 RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO

Nome: CAMILA BEZERRA SOARES SANTOS                       RU:1328465

Local de Estágio: CRAS I

Supervisor de Campo: DAYANE CRISTINA THEODORO      CRESS: 60998

TEMA: Acolhimento, identificação vulnerabilidades e limitações da pessoa idosa e

seu contexto familiar: Como intervir em situações diversas para efetivar os

direitos da pessoa idosa?

  1. INTRODUÇÃO

Buscando viabilizar qualidade de vida para a população idosa e usuária de políticas públicas, foi pensado este projeto de intervenção, com objetivo de identificar e promover a forma que as intervenções propostas aos idosos e seus familiares junto ao CRAS contribuíram para a viabilização dos direitos sociais da pessoa idosa. Fazer a compreensão das demandas, se o projeto consegue, por meio das atividades propostas, deixar claro aos usurários e familiares acerca dos direitos dos idosos, identificando se as orientações e acompanhamentos conseguem atingir a população, fortalecendo vínculos da pessoa idosa junto aos familiares e/ou comunidade.

As atividades desenvolvidas e trabalhadas durante o processo de execução foram, entrevistas, visitas domiciliares e contatos com rede socioassistencial.

Com as entrevistas, foi identificado o público alvo, sendo possível direcionar e focalizar o objetivo deste projeto, planejando as atividades a serem desenvolvidas de forma mais abrangente.

Foram propostas atividades como, oficinas de pintura e artesanato, caminhada assistida, roda de conversa e palestras sobre qualidade de vida, com profissionais de saúde e educadores sociais.

Idosos que fazem uso do CCI – Centro de Convivência do Idoso, não foi encontrada necessidade de intervenção, sendo que esses idosos estão em plena atividade física e mental e não se encontram em risco.

Sobre as atividades propostas, os idosos tem resistência ao aderir novas atividades, então, para que eu pudesse iniciar de forma não invasiva, após a fase de entrevistas, propusemos reuniões de grupos, para criar vínculos e estabelecer as metas. Em meio as reuniões de grupo, conseguimos identificar habilidades e anseios de cada idoso, assim, conseguindo encaixar cada idoso em atividades que mais lhe apresentasse de interesse.

As atividades atingiram o comportamento de interação familiar, fazendo que familiares da pessoa idosa, procurassem o CRAS, afim de participar também, não só das ações propostas para os idosos, como conhecer outras propostas oferecidas pelo CRAS para usuários em geral, e também, trazendo devolutiva positiva sobre a mudança de comportamento, empoderamento e reconhecimento da pessoa idosa para com a família/ comunidade.

  1. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS

Para as entrevistas, foi usado recurso do ambiente de atendimento do equipamento, uma sala para atendimentos individuais, com computador e arquivo de armazenamento dos prontuários da assistente social técnica responsável pela numeração do arquivo presente em sua sala.

Para visita domiciliar, foi usado o carro que a prefeitura disponibiliza para as necessidades deste CRAS, e seu respectivo motorista credenciado. Assistente social portando prontuários dos usuários a serem visitados, fichas de encaminhamentos e orientações diversas. Os instrumentais utilizados incluem: Encaminhamentos, ofícios, registros atendimento e acompanhamento familiar.

No contato com a rede socioassistencial, foi utilizado como recurso, o computador, para envio e verificação de e-mail, afim de articular com rede socioassistencial ações para melhor atender os usurários.

Busca se, dentro do trabalho de intervenção, em casos mais complexos, uma conscientização da família, para romper com hábitos adquiridos, a fim de fortalecer vínculos e prevenir ações futuras. Não é um trabalho fácil e imediato, requer analises multidisciplinares, afim de atingir, não só os familiares, mas a sociedade como um todo.

    Nas intervenções realizadas, buscou-se entender e compreender o que perpassa entre as famílias dos idosos para que não seja respeitado os direitos sociais que amparam essas pessoas que são parte deste contexto familiar, enquanto cidadãos, no espaço de sua vivência.

     Assim, como forma de abordagem do problema, utilizou-se o método qualitativo, pois nele percebe-se uma proximidade entre o profissional e o usuário, num espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos humanos. Neste sentido, na abordagem qualitativa, o assistente social realiza uma aproximação importante com o usuário, tendo assim a possibilidade de captar compreensões da realidade dos usuários que não podem ser equacionados e sim analisados por meios de significados, atos e subjetividades.

Por fim, foram analisados os dados contidos no material de trabalho, ou seja, nos prontuários, nos diários de campo, nos relatórios descritivos, nas conversas com os profissionais do CRAS.

  1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A EXECUÇÃO DO PROJETO

Ao propor um projeto voltado para o público idoso, a intencionalidade era conscientizar as familias e usuários idosos a respeito de seus direitos e a preservação dos mesmos, afim de minimizar e/ou reduzir questões de vulnerabilidade e violência contra a pessoa idosa.

Diante da grande demanda de casos expressando questões da pessoa idosa, considerando o rápido envelhecimento da população, mesmo com a acesso as políticas públicas, sem conhecimento de seus direitos, muitas vezes, sem uma rede apoio para viabilizar o uso de tais políticas voltadas para população idosa.

Durante a execução do projeto, pude perceber as particularidades de cada ator participante das atividades propostas. Com essa observação, veio também a necessidade de encontrar outro olhar para o trabalho de intervenção nas demandas da pessoa idosa e suas familias.

Questões de violência se colidem com o contexto familiar, hábitos familiares adquiridos e questões de saúde mental, onde as intervenções são mais complexas e necessitam de um trabalho especifico e individual, trabalhando as familias para o rompimento com hábitos adquiridos, ofertando novas alternativas e encaminhando para os serviços que atendam de forma mais abrangente a cada caso. A intervenção com a população idosa se mostrou mais complexa, considerando que situações de vulnerabilidade são a “a ponta do iceberg”. Para efetivação dos direitos sociais da pessoa idosa, os artigos 229 e 230 da CF/88 explicitam que é obrigação da família a responsabilidade de proteção com seus componentes, depois, da sociedade e, na falta ou negligência dos dois primeiros, insere-se o Estado para assegurar que essa pessoa de direitos não fique desamparada (BRASIL, 1988).

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