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O Serviço Social: Uma Ilusão de Servir Capitalismo Industrial e Polarização Social

Por:   •  11/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.876 Palavras (8 Páginas)  •  179 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SERVIÇO SOCIAL

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

Capitulo 1

Serviço Social: Uma Ilusão de Servir

Capitalismo Industrial e polarização social

Para compreender efetivamente do capitalismo é fundamental destacar três vertentes. A ideia pelo alemão Werner Sombart, em 1928, é a primeira vertente a se considerar. Esse economista propôs que “em épocas diferentes têm reinado sempre atitudes econômicas diferentes, e que é esse espirito que tem criado a forma que lhe corresponde e com isso uma organização econômica”. No entanto, tal ideia não reunia confirmações históricas que a admitissem, ao contrário, era por elas demolida.

A segunda vertente é procedente da Escola Histórica Alemã que acentua o costume de sistema comercial do capitalismo como uma forma de organização da produção que se move entre o mercado e o lucro. Nesse sentido, a história acaba por ficar relegada a um plano secundário distante, correndo o risco que cair no reducionismo. Karl Bucher e Gustav Von, deixa claro em suas obras, que a origem do capitalismo está no próprio capitalismo, e seu estágios só se relacionam somente com o mercado e volume de investimento.

A terceira vertente, parte do pensamento de Karl Max, onde são atribuídos novos significados ao capitalismo. Nessa vertente, o capital é uma relação social e capitalismo um determinado modo de produção marcada pela dominação do processo de produção pelo o capital. Os significados atribuídos ao capitalismo por essa vertente, que faz das formulações de Max, os seus fundamentos, evidencia que compreender o capitalismo como categoria histórica, social e econômica, implica visualiza-lo como um modo de produção associado a um sistema de ideias e a uma fase histórica. Dessa forma, essa é a definição mais próxima na moderna historiografia socioeconômica, na qual oferece o maior rigor explicativo para essa categoria é o capitalismo industrial. Vale ressaltar, que a historia do capitalismo é a historia das classes sociais, na qual possuem o elemento essencial para compreender tanto o capitalismo como a historia da humanidade. Assim, para compreender o capitalismo como categoria histórica com o serviço social, torna-se essencial um diálogo do ponto de vista histórico da sociedade antigas.

Nas sociedades medievais, as relações de trocas eram simples. Com o desenvolvimento do capitalismo mercantil, em meados do século XV, as relações de trocas do campo se tornaram inviáveis, se tornando cada vez mais complexas devido o acúmulo de riquezas, lucros e a separação entre proprietário e o produtor. Dessa forma, a politica econômica passa ser monopolizada, onde os centros de poder se deslocaram dos feudais para os burgos, dando a burguesia o poder e controle exclusivo sobre o governo urbano. Infelizmente, esse foi o panorama de toda a Europa do século XIV ao século XVI.

O desenvolvimento do capitalismo mercantil é marcado pela força de trabalho assalariada e destituída de meio de produção, sendo ao contrário do percurso da burguesia. A produção subordinava-se cada vez mais ao capital e a influencia do capitalismo mercantil, ligando-se progressivamente ao modo de produção. Os camponeses por sua vez, eram expulsos das terras e obrigados a citarem as exigências da burguesia que tinham o direito por lei de cercar suas propriedades e impedir a entrada de camponeses. Com a mesma ênfase com que protegia a burguesia, a lei oprimia os trabalhadores retirava os direitos de exercer seus direitos de cidadania. Essa trajetória que deu na Europa foi chamada de “caminho realmente revolucionário” por Max, deixando em evidencia que não se sabe ao certo o momento preciso do surgimento do capitalismo, mas de um conjunto de circunstâncias que nos remetem ao seu surgimento.

Já o capitalismo concorrencial, foi desenvolvido entre o século XII e o século XIX. Criam-se condições muito mais favoráveis ao crescimento de uma sociedade capitalista. O século XII foi marcado pela criação de fábricas e importantes invenções. O século XIII foi marcado pelas “revoluções que têm vida curta” como diz Max. Assim foi com a Revolução Francesa, no plano politico e social, e com a Revolução Industrial, no plano da relação do capital-trabalho. A Revolução Industrial, conforme hoje ela é aceita, constituiu uma transformação fundamental, pois transformou o próprio modo de produção. Assim, a Revolução Industrial que se iniciou na Inglaterra durante o século XIII e meados do século XIX, atingiu nos momentos de grandes invenções que revolucionou as técnicas e processos de produção.  É notório que o próprio movimento do capital desencadeia o movimento do proletário, de forma tal que ao grande surto de desenvolvimento trazido pela Revolução Industrial, correspondeu a uma mudança qualitativa de essencial importância para história da sociedade. Além disso, tem acentuado profundamente essa polarização social.

Ascenção do capitalismo e manifestações operárias

O século XIII foi marcado pelo domínio do capital sobre o trabalho. Nada era estável, tudo se revolucionava a todo instante, mesmo quando o processo de industrialização já havia sofrido um significado crescimento.  A Revolução Industrial consolidava o capitalismo industrial que já insinuava no final do século XIII. A fase inicial do capital industrial que surgiu com o aparecimento de maquinas movidas a energia, demandava uma rápida uma recomposição do cenário social, uma vez que dependia da consolidação do modo que o capitalista de produção. O desenrolar desse ritualístico circuito, pressupões como requisito indispensável para sua fase industrial.

As inovações tecnológicas, a expansão do mercado e o incremento do processo de produção trazida pela Revolução Industrial, ampliaram significativamente a demanda de mão de obra. A base da pirâmide demográfica da classe operária tinha sido amplamente crescida. Também ocorreram períodos de crises, considerado o momento de maturação plena e consolidação do capitalismo industrial. Entre essas crises, se destaca a construção ferrovias, entre 1840 e 1850, o desenvolvimento de unidades fabril e surgimento de cidades industriais impôs uma nova fisionomia no contexto social.

O principio geral da mercantilização e do lucro, que rege o sistema capitalista, estendia-se pelas burguesias constituídas e penetrando nas relações sociais e tornando cada momento mais difícil a sobrevivência do trabalhador e da família. Essa fase ficou marcada pela introdução de maquinários exigindo dos trabalhadores jornadas longas de trabalho, sendo convocado até mulheres e crianças.

 A partir desses pressupostos foram surgindo os primeiros movimentos da classe trabalhadora. As primeiras revoltas ocorreram na Europa, no final do século XII. Cercados pela severa legislação parlamentar, os operários recorriam a manifestações em massa. As desigualdades de forças entre o lado operário e o capitalismo levaram a perdas de vidas operárias e até pena de morte. Essa desigualdade também levaram os operários a refletir e a tomada de consciências dessa realidade eminentemente dinâmica.  Outro aspecto que se destacaram, foram o cooperativista e o sindical, aspectos que orientavam a classe operária na luta pela conquista dos direitos políticos e trabalhista.

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