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Praticas sociais e subjetividades

Por:   •  2/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.833 Palavras (12 Páginas)  •  587 Visualizações

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INTRODUÇÃO

No presente trabalho buscamos apresentar a realidade da experiência que vivenciamos ao longo de algumas visitas de observação com moradores de rua na região central de São Paulo mais especificamente na praça da Republica .

Percebemos assim não haver duvida de que a exclusão pode ser tomada em nossas sociedades contemporâneas como uma nova manifestação da questão social. Podemos ate dizer que os excluídos, a margem da sociedade são seres descartáveis, “os desdobramentos dessa exclusão atingem a quase totalidade da vida social, visíveis na gestão, nas formas de difusão da cultura e nos problemas educacionais”. (Fontes, 1995: 29).

Assim a pobreza nos centros urbanos, ou melhor, nas praças que visitamos, e as leituras realizadas a cerca de moradores de rua; Vimos pobreza e exclusão que são faces da mesma moeda, onde existe uma grande concentração de renda e por outro lado à desigualdade persistente em nossa cidade, com aqueles que não têm acesso a uma vida digna e por isso aos poucos encontram refugio nas ruas. Daí nesse sentido, nos debates em grupo e analisando as mídias e artigos científicos, percebemos o grande desafio colocado aos nossos olhos de romper a relação que existe entre discriminação e moradores de rua; onde um trabalho de combate a esse tipo de exclusão tem que chegar num nível de proteção que garanta o exercício da cidadania, possibilitando vida digna aos cidadãos.

Portanto, muitos moradores de rua são marcados por graves rupturas sociais no centro da sua vida profissional, onde a principal razão dessa marginalização precoce que iremos desenvolver com mais detalhe ao longo deste trabalho é também a ausência de relações estáveis com a família, pois eles encontram grandes dificuldades em se inserir na vida profissional, e assim surge a privação de viver nos laços fraternos da família. Cumpre ressaltar também que muitos moradores de rua, em particular os jovens, deixaram suas famílias após um desentendimento ou uma serie de conflitos.

Contudo nosso grupo ao longo das observações também foi criando um olhar mais critico, onde surgiam diversas questões a cerca da política do nosso país ou ate mesmo da opção de vida livre ou imposta por uma sociedade que exclui e empurra cada vez mais para a margem os menos favorecidos a uma vida de marginalização. Perguntas que também surgiam em relação a rotatividade de moradores de rua durante o tempo que ficamos observando, as vezes mais jovens, outras vezes adultos e mulheres, e crianças.

Desde modo queremos expor nesse trabalho todo nosso empenho em relacionar a prática da observação, que seu deu através do nosso olhar, com a teoria que discutimos em sala de aula nos textos apresentados, e pesquisas que realizamos (mídia e artigos científicos).

OBJETIVO DA DISCIPLINA

Esta disciplina tem a finalidade de observar e refletir sobre as interações humanas nos diversos contextos da vida cotidiana e compreendê-las como fundamento para a constituição e a transformação do mundo social e do sujeito; reconhecer as contradições, as instabilidades e as descontinuidades existentes nas práticas sociais, no decorrer do tempo; perceber a criação permanente na rotina e na repetição da vida cotidiana.

Desta forma podemos observar a vida em seu cotidiano que passa despercebida aos nossos olhos diariamente, e as praticas publicas utilizadas em nosso sistema para que através do trabalho do psicólogo. seja possível trazer aos moradores de rua de volta sua identidade dentro da sociedade para que assim possa se sentir novamente membro desse junto que é a sociedade que vivemos nos dias de hoje.

METODO UTILIZADO

Utilizamos como método para a realização da pesquisa sobre o tema proposto, pesquisa de artigos científicos, relação entre a mídia e o tema analisado, utilizando como método principal para as informações mais aprofundadas sobre o assunto a observação indo a campo e conhecendo um pouco melhor o dia a dia dos moradores de rua na região central de São Paulo.

As visitas ao local escolhido tiveram observações com duração de cinco horas durante 4 sábados entre os meses de setembro e outubro do ano de 2014,iniciando se as 10h00min da manha ate as 14h00min horas da tarde.

DESENVOLVIMENTO

Artigo 1: O encontro transformador Moradores de rua na cidade de São Paulo.

Caracteriza seis moradores de rua em contato com duas professoras, esse encontro tinha como objetivo contribuir e possibilitar  a transformação da formação psíquica dos envolvidos.

Contribuindo para a promoção da resiliência (capacidade Humana de fazer frente as adversidades da vida, supera-las sair delas fortalecido ou inclusive transformado).

O artigo cita a potencial herdado pela criança desde bebê que chama self central interação do individuo com o meio ambiente e quando há vivencias de situações de adversidade desenvolveria o falso self que corresponde a falha ambiental ocultando e protegendo o self verdadeiro.

O texto ressalta também o que foi teorizado a terceira área ou espaço potencial que denomina o desenvolvimento e as experiências do ser humano.

A mãe é referida em muitos momentos como ambiente. 

Identificar as características psicossociais constitutivas no processo transformador entre os moradores de rua e os segmentos da sociedade civil como seus pontos fixos/pontos de apoio que possibilita a compreensão do desenvolvimento da resiliência do ser humano, ponto fixo / ponto de apoio surge como um objetivo oferecido ao ser humano pelo meio sem isto o núcleo do ego não se estrutura, a personalidade não se desenvolve.

Identificamos que os 6 moradores ruas que participaram da pesquisa  tem ligação com criminalidade e uso de drogas, vivendo em situações extremas nas ruas de São Paulo, sem proteção,embriaguez,exposição a violências, sentimento de desconfiança em relação a sociedade.

E relação a confiança sentimento perdido sentimento que tenha sido frustrado em relação com a mãe ou cuidador, os sujeitos observados relatam ausência de pai e mãe que pudessem ampará-los em sua trajetória infantil.

Pertencentes ao segmento de excluídos, sem endereço certidões de nascimento e carteira de identidades símbolos de cidadania, essas pessoas ironicamente só se tornam "visíveis" quando passam a incomodar em relação aos seus crimes, atos de violência entre outros.

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