Projeto de Intervenção Familiar
Por: Mariana Ribeiro • 15/12/2018 • Trabalho acadêmico • 3.066 Palavras (13 Páginas) • 387 Visualizações
[pic 1] | ||
Ana Rita Fernandes, nº38043 Maria João Dias, nº36841 Mariana Ribeiro, nº38318 | ||
[pic 2] |
Índice
Introdução 3
Educação Parental 4
Evolução do conceito de Educação Parental 4
Ser Família – Construção, implementação e avaliação de um programa de Educação Parental 5
Fundamentação Teórica 5
Objetivos gerais do programa 5
Implementação do Projeto Ser Família 6
Público-alvo 6
Atividades desenvolvidas no projeto 7
Princípios de Atuação/ Questões Éticas 9
Avaliação do Projeto Ser Família 10
Apresentação e Discussão dos resultados do projeto 10
Conclusão 11
Referências Bibliográficas 12
Webgrafia 13
Introdução
No âmbito da Unidade Curricular de Pedagogia e Intervenção Familiar, lecionada pela professora doutora Lénia Carvalhais, foi-nos proposto um trabalho sobre o âmbito da educação parental. O nosso grupo escolheu uma dissertação da Universidade do Minho, da Faculdade de Psicologia e Educação, no âmbito da educação parental – “Ser Família, Construção, implementação e avaliação de um programa de Educação Parental”
Este projeto tem como objetivo dar uma resposta de intervenção, tendo por base as necessidades avaliadas no âmbito de um trabalho de intervenção comunitária, com famílias carenciadas a nível económico.
De acordo com Fine, em 1989 a educação parental engloba diversos programas e serviços de caracter público e privado, disponibilizados a progenitores, seja qual foi o nível de formação, económicos e a crianças com necessidades educativas especiais ou não.
O projeto “Ser Família, Construção, implementação e avaliação de uma Educação Parental” possui de doze sessões que depois são avaliadas através de abordagens qualitativas e quantitativas, como por exemplo entrevistas e questionários fechados.
O nosso trabalho passa uma análise crítica e fundamentada sobre os pressupostos da educação parental, assim como enquadramento teórico das atividades do programa que escolhemos, as dinâmicas, o seu objetivo e o público-alvo. Deverá ser salientado e sua eficácia e a sua posição quanto a estudos de eficácia existentes, nomeadamente as limitações do programa parental.
Por fim, o nosso trabalho terá uma breve conclusão sobre a educação parental, a nossa opinião fundamentada do mesmo, que ponto de situação devera continuar os projetos escolhidos e se o mesmo projeto necessita de alterações.
Educação Parental
Evolução do Conceito
É fundamental fazer uma breve explicação sobre como é que o conceito de Educação Parental surgiu e como é que o mesmo foi evoluindo. Assim Fine (1989) afirma que Educação Parental é um conceito muito complexo e multifacetado, no sentido em que podem abranger diversas áreas, ao nível do setor público e privado, bem como pais com estatutos socioeconómicos bastante diferentes. Neste sentido é importante que a concetualização da Educação Parental implique “que as intervenções em causa estejam inseridas no quadro mais alargado do funcionamento saudável da família, não se restringindo à prestação de cuidados e às competências parentais” (Ribeiro, 2003, p.5). Estas intervenções devem ser feitas para que toda a família esteja englobada e não apenas capacitar os pais para práticas de educação saudáveis.
De ressalvar que este conceito, apesar de estar muito em voga, não é algo bastante recente, ou seja já existem programas e estratégias implementados e dirigidos às famílias e aos pais, no sentido de capacitar as suas competências. (Goodyear & Rubovits, 1982; Fine & Henry, 1989).
Foi entre o século XIX e o século XX (Jalongo, 2002), e principalmente nos Estados Unidos da América que o conceito de Educação Parental começa a ter uma maior expansão ao nível do desenvolvimento e, assim, começa a surgir grande parte da bibliografia utilizada no domínio da intervenção. Assim no decorrer do século XX, diversas instituições foram abraçando o que se designa hoje de National Congress of Parents and Teachers. Com a criação deste organismo o governo pretendeu com que houvesse uma efetivação de condições, no sentido de ajudar os pais na educação dos seus filhos com a disponibilização de métodos e estratégias.
No campo da educação das crianças, Rudolf Dreikurs foi o impulsionador do mesmo, na medida em que criou centros comunitários em 1939, onde pais e mães podem beneficiar de aconselhamento por parte de profissionais especificados, bem como de integração de grupos de educação parental. (Gamson, Hornstein & Borden, 1989).
Ser Família – Construção, implementação e avaliação de um programa de Educação Parental
Fundamentação Teórica
No que concerne à fundamentação teórica do projeto Ser Família, o mesmo baseia-se no modelo reflexivo de Medway (1989). O mesmo modelo dá realce à tomada de consciência que deve existir por parte dos pais, bem como a compreensão e aceitação dos sentimentos da criança, neste modelo o programa mais popular e o que se coaduna é o PET – Parent Effectiveness Training de Thomas Gordon.
O projeto Ser Família tem como valores fundamentais e que estão relacionados com o programa PET, os seguintes: “escuta ativa da crianças por parte dos pais, emissão de mensagens “eu” na relação pais-filhos, aceitação dos sentimentos da criança de forma isenta de julgamentos, importância da modelagem parental, encorajamento da criança para encontrar as resoluções para os seus próprios problemas, extinção da punição (física ou outra) como medida para disciplinar a criança.” (Gordon, 1970 cit in Ribeiro, 2003, p.65).
...