Psicologia social
Por: sandrabonfim2015 • 4/5/2015 • Trabalho acadêmico • 3.772 Palavras (16 Páginas) • 151 Visualizações
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DEBORA DA SILVA OLIVEIRA 429681
LARISSA FERNANDA MANOEL FERREIRA 429795
MARIA LUIZA CAETANO MONTEIRO DE OLIVEIRA 429817
SANDRA CRISTINA BONFIM 429868
UILISSON RENATO SILVA 429899
ATPS PSICOLOGIA SOCIAL
CURSO: SERVIÇO SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL l
PROFESSORA: HELENROSE A. DA S. PEDROSO COELHO
VALPARAISO
2014
Introdução
O lixo representa tudo que não tem valor, trazendo a concepção de que deve ser descartado, jogado fora, é visto como sujeira que deve ser retirado das residências, indústrias e estabelecimentos comerciais.
Reciclar significa transformar materiais descartados em novos produtos para o consumo. Este procedimento contribui com a preservação do meio ambiente e com a economia. Outro beneficio da reciclagem é a quantidade de empregos que são gerados, pois muitos desempregados buscam trabalho neste setor por falta de outras oportunidades.
Muitas campanhas educativas tem sido realizadas com o objetivo de despertar a atenção para o problema do lixo nas grandes cidades, que aumenta cada dia mais devido ao crescimento populacional. Portanto a reciclagem apresenta-se como uma solução viável economicamente, além de ser ambientalmente correta.
Dessa maneira, o trabalho dos catadores de material reciclável é de grande importância para a sociedade , pois evitam diversos problemas de saúde pública e ambientais decorrente da quantidade e da disposição inadequada do lixo no âmbito das cidades. Entre os benefícios da reciclagem estão: a diminuição da poluição do solo, água e ar, melhora na limpeza da cidade, prolonga a vida útil dos aterros sanitários, e gera renda aos catadores.
“Quanto ao trabalho desenvolvido pelos catadores, podemos listar todo um conjunto de considerações sociais e ambientais sobre a relevância das suas atividades, ou seja, podemos dizer que a segregação de recicláveis diminui a poluição do solo, água e ar, melhora a limpeza da cidade, prolonga a vida útil dos aterros sanitários (porque desvia alguns materiais que teriam como fim o aterramento) e gera renda (ao comercializarem os recicláveis) (SANTOS e RIGOTTO, 2008 b)”.
Apesar de todos os benefícios, é um segmento desvalorizado, pelo fato de trabalharem com aquilo que as pessoas não querem, considerado sujo, que jogaram fora e com odor desagradável.
“A reificação afeta o regime da aparência: a aparência deixa de valer como meio de projeção pessoal e torna-se a coisa com a qual a pessoa é confundida e com que ela própria tende a se confundir. Há aparências bloqueadas, em que se amarrou violentamente o poder de sua aparição. Aparências retidas num ponto em que só dificilmente cumprem sua aparição: retidas num ponto em que, como coisas, dificilmente podem realizar sua aparição metafisica, dificilmente podem transcender as formas abstratas em que foram politicamente congeladas. A reificação age como um bloqueador de aparências, interrompe nos objetos, nos bichos, nos homens o seu poder de aparição. (GONÇALVES FILHO, 1998, p.20; 48-49)”.
Devido as considerações mencionadas acima, foi selecionado o segmento de trabalhadores catadores de material reciclável (lixo), devido a importância que essa atividade traz para a sociedade de maneira geral, porém destacando a realidade social vivida por eles: humilhação e invisibilidade pela sociedade.
Desenvolvimento
No passado, a existência de catadores representava a ineficiência dos serviços de limpeza urbana, e eles eram vistos como intrusos nos locais de destinação final, porém, atualmente houve mudança no modo como os gestores públicos se relacionam com a questão, desenvolvendo políticas de inclusão social.
A questão da inclusão social e produtiva de catadores vem, gradativamente ganhando repercussão pública com programas de coleta seletiva e ações de apoio intensificadas a partir de 2003, cujo avanço foi de suma importância para o enfrentamento da situação de precariedade vivida por esses trabalhadores. Entre outras, salienta-se a aprovação, em 2010 da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº12.305), que prevê a inserção de catadores em programas de coleta seletiva municipais como requisito do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
O catador, apesar de ter sua ocupação regulamentada desde 2002 (Classificação Brasileira de Ocupações – CBO nº 5.192-05), ainda sofre preconceitos e é estigmatizado pela sociedade devido ao tipo de atividade que executa, isto é, coletando, selecionando e vendendo matérias proveniente do lixo jogado fora pelas pessoas. O sustento desses trabalhadores depende desses materiais como papel, papelão, vidro, ferro, alumínio, enfim tudo o que é reaproveitável.
O trabalho de catação é prejudicial ao trabalhador, que fica exposto a situações de risco à saúde, andam quilômetros pelas ruas carregando pesadas carroças, disputando perigosamente espaço entre os veículos, sob sol escaldante ou nas noites cuja violência é rotineira, buscando o sustento no lixo descartado pelas pessoas.
Esses trabalhadores também são vistos atualmente como prestadores de serviços ambientais, o que convém melhorar as estatísticas sobre essa população que se encontram expostos a diversos perigos e riscos à saúde, e cuja jornada diária de trabalho é uma verdadeira prova de vulnerabilidade e resistência., pois andam quilômetros nas ruas, carregando pesadas carroças, disputam perigosamente espaço com os veículos, sob sol escaldante ou no silêncio das noites sujeitos a serem vítimas da violência.
As condições de trabalho são precárias devido a informalidade e a baixa remuneração agregado a desvalorização profissional, o que comprova que infelizmente a sociedade é classista, onde não há igualdade entre as pessoas.
Há esperança de que outras ações sejam implementadas para fazer valer o reconhecimento dado aos catadores pelo próprio ministério do trabalho desde 2002, quando estabeleceu para a categoria os mesmos direitos e obrigações de um trabalhador autônomo, embora esse reconhecimento não represente o fim da luta dos catadores, que sofrem com a desigualdade social, ficando às margens da sociedade.
Algumas notícias e reportagens jornalísticas relacionados com os catadores de material reciclável:
Segundo essa noticia encontrada no endereço eletrônico www.ecodesenvolvimento.org/noticias/catadores-terao-pagamento-po-servicos-ambientais o ministro do meio ambiente demonstra preocupação com os trabalhadores, apresentando um projeto de pagamento pelos serviços realizados.
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