RESUMO O QUINZE RAQUEL DE QUEIROZ
Por: Angélica Gonçalves • 31/7/2021 • Resenha • 975 Palavras (4 Páginas) • 703 Visualizações
RESUMO DO LIVRO: O QUINZE
Angélica Gonçalves Carneiro
O Quinze foi o primeiro livro de Rachel de Queiroz, publicado em 1930, narra a seca histórica de 1915 pelo olhar da professora Conceição que mora em Fortaleza, que em suas férias, visita a fazenda da família. Durante dois meses convive com os moradores da fazenda e com seus parentes que moram na região de Quixadá.
A escritora relata em sua obra o sofrimento e consequências que a seca traz ao nordestino. Homens e mulheres massacrados pelas falta de chuvas, a fé não falta, todos sempre acreditam que no dia de São José, dia importantíssimo para o sertanejo, se houver chuvas, o inverno será bom, senão, então a seca reinará e a paisagem sem vida, sol ardente, plantação ressequida, só o mandacaru e xique-xique que resiste a tanto sol e calor, galhos secos, paisagem cinzenta e devastada, o sol ardia nas vistas é o que relata.
“Os cascos do animal pareciam tirar fogo nos seixos do caminho. Lagartixas davam carreirinhas intermitentes por cima das folhas secas no chão que estalavam como papel queimado. O céu, transparente que doía, vibrava, tremendo feito uma gaze repuxada.” (p.15)
Nem o gado resiste, tinha carrapatos, magros, pois o pasto era escasso, não há o que comer nem beber, os rios e lagos, paisagem, plantas tudo, tudo seco, nada produz esperança.
“Reses magras, com grandes ossos agudos furando o couro das ancas, devoravam confiadamente os rebentões que a ponta dos terçados espalhava pelo chão.” (p.14)
A seca avança e com a falta de pasto para o gado, alguns fazendeiros resolvem soltá-lo à sorte, muitos morrem de fome e sede. É o que acontece na fazenda da Dona Maroca, onde Chico Bento trabalhava. A vida humilde passa a ser miserável, a ponto de ter que sair de sua terra a pé, atravessar cidades caminhando, uma penúria, sem alimento, sem dinheiro, sem destino certo, o que importa é sair dali, para não morrer de fome, todos sofrem, o agricultor, a mulher, os filhos e até os animais de estimação, a única opção é sair sem destino para não morrer de fome ali, melhor lutar e pegar a estrada, já que não tem as passagens que o governo diz estar dando.
“O compadre já soube que a dona Maroca das Aroeiras deu ordem pra, se não chover até o dia de São José, abrir as porteiras do curral? E o pessoal dela que ganhe o mundo... Não tem mais serviço pra ninguém.”. (p.14)
Famílias inteiras são obrigadas a migrar para outras cidades onde sonham recomeçar, ter trabalho e vida digna.
“Pobre do Chico Bento, ter de ganhar o mundo num tempo destes, com tanta família!...”. (p.14)
O sofrimento está no rosto, pele queimada pelo sol, a terra não traz mais esperança e o governo sempre omisso, as passagens prometidas para a Capital, não tinha, parece que não chegava a quem realmente precisava. Chico Bento sonhava ir para Fortaleza de lá para Amazonas, onde tinha trabalho para todos, acreditava.
“Ajudar, o governo ajuda. O preposto é que é um ratuíno... Anda vendendo as passagens a quem der mais...”. (p.23)
Sem trabalho, Chico Bento e sua família são obrigados a abandonar Quixadá. Sem dinheiro para a passagem e sem apoio do governo, a família tem que fazer o percurso de Quixadá até Fortaleza a pé.
Durante a viagem a fome e sofrimento são constantes. No caminho encontram outro grupo de retirantes que estão comendo um boi morto na beira da estrada. Chocados com aquilo, Chico Bento resolve dividir a pouca comida que eles possuem.
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