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Resenha crítica

Por:   •  29/8/2016  •  Resenha  •  1.111 Palavras (5 Páginas)  •  250 Visualizações

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ESTEVÃO, Ana Maria Ramos

          O que é Serviço Social / Ana Maria Ramos Estevão. – São Paulo : Brasiliense, 1999. – (Coleção Primeiros Passos ; 111)

Em o livro o que é Serviço Social a autora nos mostra a trajetória da profissão de Assistente Social no contexto do mundo capitalista, a análise inicia – se com as moças boazinhas que faziam caridade aos mais pobres, passando pela institucionalização da profissão e chegando ao seu contexto atual, que vai muito além de fazer caridade, mas de possibilitar acesso aos direitos. Neste contexto a autora descreve que o Serviço Social é resultado da união cidade e indústria que cresce em meio às inúmeras implicações da sociedade devido ao grande avanço do capitalismo, a pobreza passa a se alastrar, assim fazer filantropia e caridade já não seria o suficiente.

O Estado e a Igreja entram em cena a fim de resolver os conflitos da sociedade acreditando que os problemas sociais poderiam ser resolvidos através de uma “reforma dos costumes” e da “reforma social”. Assim o Estado seria responsável por promover a paz atuando de forma repressiva se preciso fosse e a igreja por sua vez através da filantropia e da caridade, onde as moças ricas se dedicavam a classe excluída com conselhos e esmolas acreditando que assim poderia alcançar o céu.

Relata ainda o surgimento das instituições para que fossem oferecida Assistência Social aos mais pobres, exemplo disso foi à fundação de 1869 da sociedade de organizações da caridade em Londres, cujos princípios possibilitavam ao serviço social se institucionalizar enquanto profissão. Em 1899, na cidade de Amsterdã funda-se a primeira escola de Serviço Social do mundo, com explicações científicas e não mais religiosas.

No inicio do século XX, Mary Richmond uma assistente social norte-americana percebeu que fazer Serviço Social vai muito além da caridade, seria necessário trabalhar a personalidade das pessoas e o seu meio social (a família, escola, os amigos, o emprego, etc). Escreveu o livro “casos individuais” um dos métodos utilizado pelos profissionais de Serviço Social mais tarde surgiu os métodos de atuação de Serviço Social de grupos e comunidade com objetivo de mostrar que seria possível fazer muito mais que caridade, mas usar de métodos e técnicas para dá maior respaldo a profissão.

No Brasil no seu período desenvolvimentista com Jânios Quadros e Jk, a profissão passa a ter um destaque maior, já que o homem será sua meta prioritária e não somente o desenvolvimento econômico. Assim os Assistentes Sociais passam a fazer parte do novo projeto societário, utilizam métodos de comunidade, uma vez que, acreditam ser este o método capaz de solucionar os problemas estruturais.

A autora retrata o desenvolvimento da profissão nas indústrias e instituições públicas, mas por outro lado, acredita que os métodos utilizados nos países desenvolvidos não são eficazes para solucionar os problemas decorrentes dos países subdesenvolvidos, já que realidade em cada país tende a ser diferente.

Acreditava na possibilidade de mudança, mas para isso seria necessário um Serviço Social com métodos e técnicas inerentes a nossa realidade, mas o que se tinha era um modelo tipicamente Latino-Americano que não caberia a realidade atual do país. Assim surgiu um novo contexto ao Serviço Social com novos conceitos e questionamentos, o chamado Movimento de Reconceituação.

O Movimento de Reconceituação ao Serviço Social representa assim uma adequação à profissão junto ao Estado e as grandes empresas monopolista que traz para profissão diferentes teorias como a de Marx que tinha como referencial o materialismo histórico dialético, com a proposta de romper com as práticas tradicionais do Serviço Social e possibilitar a expansão da profissão junto à classe explorada.

Ana Maria Ramos faz ainda uma relação da sociedade junto à questão social no Brasil, onde a implantação da profissão se faz importante durante esse processo de transição da sociedade monopolista - capitalista. Na sua análise destaca o período de 1920 a 1930 com a relação das múltiplas expressões da questão social junto ao Estado que era vista apenas como questão de polícia, que o sujeito era responsável pela suas condições de miséria ou que simplesmente “Deus quis assim”, mas ao longo dos anos a classe trabalhadora passa a exigir seus direitos, uma vez que, não se tinham direitos, apenas deveres. Criaram assim em 1936 a primeira escola de Serviço Social no Brasil dando uma nova roupagem a questão social, através das inúmeras instituições que foram criadas pelo Estado com o objetivo de facilitar o trabalho desses profissionais junto à classe menos favorecida. O Estado ao longo dos anos se vê forçado a dá respostas mais concretas aos trabalhadores com o objetivo de manter a ordem social.

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