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Serviço Social na Decada de 90

Por:   •  5/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.729 Palavras (7 Páginas)  •  259 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A década de 90 para a Região Metroplitana de São paulo ocorreu com muitas transformações na estrutura familiar,no mercado de trabalho, nas condições de sobrevivência, transformações essas que ocorre devido a reestruturação da ecônomia na RMSP. Veremos a seguir como fica a relação família-trabalho, as políticas socias ou ausência da mesma, o dever do Estado ,a formação de uma nova conjuntura familiar e a inserção da mulher no mercado de trabalho com as novas mudanças.

2 DESENVOLVIMENTO

De acordo com o texto de Lilia Montali na década de 90, mais precisamente entre os anos de 1990 à 1994, ocorrem grandes transformações na economia e no mercado de trabalho, tais transformações fizeram com que ocorressem um rearanjo na estrutura familiar e nas condições de sobrevivência, há um aumento do desemprego, as empresas passam a se ajustar as novas formas de gestão e produção; posto isso como condição para garantir a competitividade da economia a partir de 1990. Ocorre o crescimento do trabalho informal, redução do salário, reduçao do emprego industrial, a ecônomia nacional repercutia negativamente sobre o nível geral de empregos, foi um período de instabilidade finaceira, incertezas no setor empresarial, e de muitas inseguranças para os trabalhadores.

Porém, para um determinado grupo de autores a alta taxa de desemprego e a precarização das relações de trabalho eram resultados de um conjunto de medidas adotadas pelo governo visando afetar agregados econômicos. “ Os efeito combinados , a partir de 1990, de políticas recessivas de desregulação e redução do papel do Estado, de abertura comercial abrupta, de taxas de juros elevados e de apreciação cambial seriam responsáveis pela montagem de um cenário desfavorável ao comportamento geral do emprego nacional”. (Pochamann, 1997ª, p. 7)

Os setores mais atigindo pelo alto indíce da taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo na década de 90 foram os de atividades industriais, os ramos metal-mecânico, têxtil e vestuário, além dos postos de chefias intermediárias, os empregos assalariados regulamentados e os trabalhadores menos qualificados, entre junho de 1994 e janeiro de 1998 foram eliminados 404.347 empregos industriais segundo a pequisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), sendo o mês de janeiro de 1998 apontado como o pior resultado desde agosto de 1996.

A alta taxa de desemprego fez com que ocorresse a criação de uma nova fase na estrutura familiar, estrutura essa diferente das famílias idealizadas pela sociedade, tal transformação fez-se necessária para que pudesse ocorrer a inserçao destas famílias no mercado de trabalho. Devido as transformações das atividades econômicas a relação família-trabalho passa por alterações, mais percepitivéis na heirárquia familia.

Segundo Bruno Lautier a atuação da família perante a crise do desemprego na RMSP é como “um amor tecedor da crise”, ou seja, para Lautier a principal questão seria até quando as famílias conseguiriam fazer o papel do Estado e amparar seus familiares na situação de desemprego. Lautier argumenta que a família passa a perder a possibilidade de ser um amortecedor da crise, de um lado a redução do salário e das aposentadorias, a redução de investimentos estatais em políticas sociais e os beneficiários das póliticas socias do outro, podem fazer com que ocorra uma decomposição na estrutura familiar, nota-se tal argumento desses limites com o cescimento de “meninos de rua”,aumento da violência e de moradores de rua adultos.

O estudo da relação família tabalho possui influência pridutivas e reprodutivas , tal aeticulação é feita pela lógica da divisão sexual do trabalho existente tanto no mercado de trabalho quanto na família, a relação família-trabalho é tratada como “um aro reunificado pois age no mesmo tempo nas duas esferas”, como a divisão do trabalho nas sociedades industriais e familia operam nas duas estâncias não é o suficiente estudar os efeitos da vida profissional sobre a família e o inversom, devendo assim ser tratado como um conjunto, sob uma lógica que atribui ao homem e a mulher lugares específicos nestas estruturas, nãi sendo assim possível fazer um estudo indivídual sobre o homem e a mulher na produção do seu lugar na família.

É importante observar os aspectos do momento conjuntural da econômia, as transformações ocorridas nas famílias e a características da relação homem-mulher predominante na sociedade, que define o papel exercido por cada um, incluindo o da sua inserção no mercado de trabalho. Indicações gerais apontam as mundanças que o correm na atividade econômica da RMSP, no que se refere a família pode-se dizer queImportantes transformaçôes ocorridas nos anos 80 e em momento anterior;Queda no nível de fecundidade no país entre 1965 e 1975; Mudanças nos padrões familiares como separações; Crescimento da proporção de famílias monoparentais, normalmente chefiadas por mulheres;

Algumas dessas transformações previstas nos anos 80 fizeram mais presente na RMSP no ínicio dos anos 90, tais como redução da proporção das famílias compostas por casais e filhos e o crescimento de famílias nucleadas “chefe de família” sem cônjugue, masculinos ou femininos.

O crescimento das famílias chefiadas por mulheres refletem não somente a transição demográfica e as alterações do casamento, mas também a um conjunto complexo que se mostram entre a estrutura produtiva e estrutura familiar. Nesse sentido merece ser mencionado a transformação da família que estao relacionados aos novos papéis que a mulher vem assumindo na sociedade e a mudança de expectativa em relação a ela. Mudanças essas como a posição conquistada pela mulher no mercado de trabalho e com oportunidades crecentes de absorção, apesar de a atividade da mulher manter-se concentrada em determinadas atividades e setores, prevalecendo, tanto nas regras do mercado de trabalho para sua absorçãi como nas escolhas individuais, a divisão sexual do trabalhodefinida pelas representações das atribuições da mulher em relação a família. Dessa forma há o crecismento de faMílias chefiadas por mulheres na RMSP, expressando assim maior autonomiada mulher para garantir sua subsistência. Contudo importantes parcelas das familias chefiadas por mulheres apresentam um nível elevado de pobreza.

A disponibilidades dos diferentes componentes da família para o mercado de trabalho é doferenciada conforme sua posição na família e expressa relações de hierarquia e gênero. Por outro lado, é também afetada pelo padrão de absorção da força de trabalhovigente no mercado,

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