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Serviço Social na divisão do trabalho

Por:   •  6/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.765 Palavras (8 Páginas)  •  1.515 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL

FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL – FSSO

O SERVIÇO SOCIAL NA DIVISÃO DO TRABALHO

Maceió

2014

Carina Marinho da Silva

Gislaine Vieira da Silva

José Cláudio da Silva Caetano

Lidiane Bernardino da Silva

Lucas de Andrade Ferreira

Nathália Limeira Brandão

Vanessa Souza de Araújo

O SERVIÇO SOCIAL NA DIVISÃO DO TRABALHO

Trabalho realizado para obtenção de nota parcial na disciplina de Fundamentos históricos teóricos-metodológicos do Serviço Social I, orientado pela Professora Ms. Daniele Gomes, para ser entregue dia 24 do mês de novembro do ano de 2014.

Maceió

2014

SUMÁRIO

Introdução


INTRODUÇÃO

O Serviço Social participa do processo de reprodução das relações sociais, e das contradições que permeiam essas relações.

A profissão do serviço social se desenvolve historicamente como uma especialização do trabalho coletivo dentro da divisão social do trabalho peculiar a sociedade industrial, em outros termos, é a partir do desenvolvimento do capitalismo com a revolução industrial que se desenvolve o serviço social, parte especializada que reproduz as classe trabalhadora e a questão social.

Com a ampliação do mercado de trabalho e o reforço da legitimidade do serviço social diante do poder, que tem como pano de fundo a ampliação do processo de pauperização dos trabalhadores, surge o serviço social com expressão de resposta das classes dominantes ao enfrentamento dessas novas formas de expressão da questão social, dentro de uma conjuntura em que sua capacidade de luta encontra-se gravemente afetada pela política de desorganização e repressão às suas entidades de classes. É nesse contexto que decorre a inserção do serviço social na divisão do trabalho.


1 - O SERVIÇO SOCIAL NA DIVISÃO DO TRABALHO

O significado: visto que o serviço social se afirma como uma instituição peculiar, na e a partir da divisão do trabalho, que se afirma como um tipo de especialização do trabalho coletivo, diante de necessidades sociais, no ato de produzir e reproduzir seus meios de vida e de trabalho de forma socialmente determinada.

Situar o serviço social nas relações entre as classes sociais que conformam o desenvolvimento da sociedade (tendo como referência o caso brasileiro), supõe questionamentos como: O que determina a necessidade deste profissional? Que interesses coletivos encontram-se em jogo, na institucionalização e desenvolvimento da profissão? A quem o serviço social vem servindo prioritariamente, ao estado e às instituições privadas patronais (que contratam predominantemente o profissional) ou àqueles a quem se dirige a ação profissional? Qual o peso da organização e mobilização popular na configuração do serviço social e como este se relaciona com as forças organizadas da sociedade em sua luta pela hegemonia?

Considerando:

a) As determinações históricas da prática profissional (atuação profissional socialmente determinada pelas circunstancias sociais objetivas, o que condiciona e ultrapassa a vontade e consciência de seus agentes individuais).

b) A profissão como realidade vivida e representada pela consciência de seus agentes profissionais, expressa pelo discurso teórico-ideológico sobre o exercício profissional.

Isto é, levar em consideração o fato de que a unidade entre essas duas “dimensões” é contraditória por suas condições históricas: a consciência subjetiva da situação, o sentido, direção e objetivo que assume. Há uma realidade construída, cujos significados podem ser compreendidos de diferentes modos.

Deriva daí o centro da presente reflexão, que busca privilegiar, articuladamente:

a) O modo de inserção da prática profissional nas relações sociais capitalistas, tendo como pano de fundo os novos contornos da questão social no capitalismo monopolista e a participação popular;

b) O modo de pensar que informa as respostas dadas pela categoria profissional, às novas demandas sociais que se manifestam na conjuntura latino-americana.

Compreende-se a prática profissional na sua dimensão histórica, como uma prática em processo de constante renovação, que se verifica na maneira como se expressa e, ao se aprofundar nas contradições que peculiarizam o desenvolvimento de nossas sociedades. À medida que se renovam as situações históricas, a prática profissional – enquanto componente desta – é obrigada a se redefinir.

O Serviço Social surge nas necessidades do capitalismo e o assistente social se situa nas relações sociais na contradição entre capital e trabalho.

O surgimento do Serviço Social no Brasil deriva de um projeto de recristianização da burguesia onde a Igreja, buscando uma presença mais ativa no mundo temporal, cria formas de assistencialismo tratando da questão social como questão moral, para assim acalmar as expressões dessa questão social e manter controle sobre o proletariado.  A institucionalização do Serviço Social surge com a criação das grandes instituições assistencialistas estatais e autárquicas na década de 40.

Surgem as políticas de massas e o Estado incorpora parte das reivindicações populares. Os sindicatos transformam-se em agentes da ordem privada, passando a prestar serviços assistenciais. Nessa mesma época, são criadas instituições como o Senai, LBA e Conselho Nacional.

O processo de institucionalização do Serviço Social traz consigo uma mudança importante:         

 O Serviço Social deixa assim de ser um mecanismo de distribuição de caridade privada das classes dominantes para se transformar em uma das engrenagens de execução das políticas sociais do Estado e setores empresariais, que se tornam seus maiores empregadores. (IAMAMOTO, 2011, p. 94)

O Serviço Social passa a atuar juntamente a classe trabalhadora, porém com poder delegado pelas classes dominantes. Nesse momento pode-se notar a maior contradição na qual o assistente social está inserido: ser empregado do Estado e/ou das grandes instituições para atender as necessidades da classe trabalhadora.

 POE O TEU AQUI NATH

A primeira tese dá ao Serviço Social uma visão mecanicista que condena o Serviço Social a responder aos interesses do capital. A busca de uma prática inovadora para o Serviço Social é tida como ilusão, conferindo aos assistentes sociais um direcionamento nas suas práticas profissionais. Já a segunda tese superestima a atividade de política do Serviço Social desconhecendo a realidade do mercado de trabalho no modo de produção capitalista onde dependemos do vínculo empregativo.

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