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UM ESTUDO SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Por:   •  29/8/2015  •  Monografia  •  1.512 Palavras (7 Páginas)  •  471 Visualizações

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Universidade Anhanguera - Uniderp

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Alana Freitas Silva - 391257

Barbara Amanda Martimiano de Assunção – 383968

Laura Caroline Dias Quirino de Souza - 363724

Williane Aparecida Rodrigues - 351550

UM ESTUDO SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NA SOCIEDADE CONTEMPORANEA

Polo de Cassilândia – MS

2015

Resumo: O estudo presente nasceu a partir do interesse em aprofundar o conhecimento sobre a violência contra a mulher. É importante acrescentar que as pesquisas têm demonstrado uma relação entre a violência doméstica contra as mulheres e doenças psicológicas graves que comprometem o desenvolvimento saudável desta. Neste sentido, a partir de uma ampla revisão bibliográfica do assunto, procuramos identificar os principais motivos para permanência da mulher neste tipo de violência fazendo um estudo mais aprofundado sobre o tema. A partir do deste trabalho, foi possível conhecer mais profundamente sobre a violência contra a mulher para, assim, poder intervir de modo que beneficiem vítimas da violência doméstica.

Palavras-chave: Mulher; Violência; Violência Doméstica.

Abstract: This study was born from the interest in further knowledge about violence against women. It is noteworthy that research has shown a relationship between domestic violence against women and severe psychological disorders that compromise the healthy development of this . In this sense , from an extensive literature review of the subject , we try to identify the main reasons for woman stay in this type of violence doing further study on the subject . From this study, we learn more deeply about the violence against women to thus be able to intervene in order to benefit victims of domestic violence .

Keywords: Women; violence; Domestic Violence.

A violência é um fenômeno multicausal e complexo, ela atinge todas as pessoas, grupos, instituições e povos, e por todos pode ser produzida. Se expressa sob formas distintas, cada qual com suas características e especificidades. A literatura tem apontado muitas definições, tipos e manifestações da violência, demostrando que diferentes áreas do conhecimento se dedicam mais a determinados conceitos (ASSIS, CONSTANTINO & AVANCI, 2010).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) usa a seguinte definição de violência: O uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si mesmo, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultarem lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação (KRUG et al., 2002 apud ASSIS, CONSTANTINO & AVANCI, 2010).

 A partir desta definição, a OMS mostra que há uma relação clara entre a intenção do indivíduo que apresenta ou se envolve num comportamento violento e o ato ou ação praticada.

Dentro desta linha de raciocínio, é possível argumentar que a OMS define violência como a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis. É importante levar em consideração que esta dor não alcança somente as extensões físicas, onde se evidencia as feridas e agressões, mas pode também ser gerada verbalmente, psicologicamente, emocionalmente causando danos morais. A maior parte dos estudiosos concorda em rotular a violência como um comportamento intencional de produzir dano em outra pessoa (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2007).

Se por um lado o custo da violência para o mundo se traduz em bilhões de dólares de despesas anuais com cuidados de saúde, acrescidos de outros bilhões relativos às economias dos países, em termos de dias não trabalhados, imposição e cumprimento da lei e investimentos perdidos. Por outro lado, o custo humano de dor e sofrimento, naturalmente, não pode ser calculado e é, na verdade, quase invisível (DAHLBERG & KRUG, 2003 apud SÁ, 2011).

Diante de todas essas considerações, é possível argumentar que a violência na sociedade contemporânea é visível e invade de um modo ou de outro a vida de todos, interferindo nos desejos, nas ações e nas opções tomadas por indivíduos e por instituições. É um desafio social a ser enfrentado devido à complexidade de tipos existentes e de suas inúmeras manifestações (ASSIS, CONSTANTINO & AVANCI, 2010). No Brasil, assim como em outros países, a violência atinge proporções preocupantes no inicio deste século (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2007). Nas últimas décadas tem ocorrido um aumento importante dos estudos sobre a violência contra a mulher cometida por seus parceiros íntimos. Isso tem acontecido por conta do reconhecimento da dimensão do fenômeno como um grave problema de saúde pública, por sua alta incidência e pelas consequências que causa à saúde física e psicológica das vítimas (SÁ, 2011).

A violência contra a mulher tem sido estimada pela Organização Mundial da Saúde como responsável por 5 a 20% dos anos de vida saudáveis perdidos em mulheres de 15 a 44 anos (ASSIS, CONSTANTINO & AVANCI, 2010). A partir de uma revisão de estudos, Sá (2011) pontua que no mundo, um em cada cinco dias de ausência no trabalho feminino decorre da violência doméstica. Sobre a realidade brasileira, Adeodato, Carvalho, Siqueira e Souza (2005) constatam que o Brasil é o país com os maiores índices de violência doméstica, pois 23% das mulheres estão sujeitas à violência doméstica, estimando que, a cada quatro minutos, uma mulher sofre agressão, e em 85,5% dos casos de violência física contra mulheres, os agressores são seus parceiros.

De fato, pesquisas realizadas em diversos países revelam que a violência conjugal tem sido uma das maiores causas de morbidade em mulheres o que afeta significativamente sua saúde, representando também, perdas potenciais no campo do desenvolvimento pessoal, social, afetivo e econômico. De acordo com Silva (2003), para a mulher que sofre com a violência, há um prejuízo em sua faculdade mental, depressão, fobia, estresse pós-traumático, baixa autoestima, falta de segurança, desconfiança em si mesma, tendência ao suicídio, consumo abusivo de álcool e drogas e problemas psiquiátricos. Conforme propõem Freitas, Lacão e Sousa (2008), pesquisas demonstram que as experiências de estresse intenso podem causar alterações neurológicas consideráveis que deixam cicatrizes no tecido cerebral (Hipocampo). E estas cicatrizes fazem com que a vítima fique vulnerável a desenvolver doença bipolar, perturbações de pânico e outras perturbações de ansiedade como o transtorno obsessivo compulsivo.

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