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A DIMENSÃO TÉCNICO OPERATIVA DO SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  15/3/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.578 Palavras (7 Páginas)  •  1.014 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL - FSSO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

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LAISE SILVA PEREIRA

        

RESUMO CRÍTICO DO TEXTO “A DIMENSÃO TÉCNICO-OPERATIVA DO SERVIÇO SOCIAL”

Maceió

2018

LAISE SILVA PEREIRA

RESUMO CRÍTICO DO TEXTO “A DIMENSÃO TÉCNICO-OPERATIVA DO SERVIÇO SOCIAL”

Resumo crítico apresentado a disciplina de oficina técnico-operativa solicitado pela professora Marcia Iara para compor como avaliação parcial da primeira unidade.

Professora: Marcia Iara

Disciplina: Oficina técnico-operativa do Serviço Social

Turma: 3º Período Noturno

Maceió

2018


Resumo crítico do texto “A dimensão técnico-operativa do Serviço Social

A dimensão técnico-operativa do Serviço Social pode ser resumida no conjunto de ações e procedimentos utilizados pelo profissional para se conseguir chegar a finalidades postas da ação profissional. Esta dimensão na prática profissional é interligada e atua juntamente as dimensões teórico-metodológicas – que nos dá a base para análise e investigação da realidade e a situações que nos são postas e também a dimensões ético-políticas – que nos “guia” as finalidades que queremos chegar e aos meios que utilizaremos, quais respostas daremos e em qual direção.

Os principais elementos da dimensão técnico-operativa são as estratégias e táticas utilizadas como orientação para a ação profissional, instrumentos, técnicas e habilidades, o conhecimento dos procedimentos para a utilização dos recursos necessários, a orientação teórico-metodológica e ético-política. O conjunto desses recursos é o que constituirá essa dimensão.

A ação profissional do assistente social se dá no cotidiano que é definido como o espaço em que se dá a intervenção. Nesse espaço as demandas da profissão chegam imediatizadas, fragmentadas e heterogêneas. Devido a forma como as demandas da profissão se apresentam se faz muito necessário que a visão e interpretação profissional se dê de modo que as três dimensões estejam interligadas  para que possa se dar respostas coerentes as necessidades de tais demandas.

O conjunto instrumental técnico-operativo coloca em movimento as demais dimensões do exercício profissional. A forma da profissão é apresentada através dessa dimensão e de como ela se expressa. Como exemplos de instrumentos utilizados estão: a observação, a entrevista, a reunião, a informação (documentação, linguagem verbal, não verbal e escrita) e a visita domiciliar. Existem algumas polêmicas a respeito de outros recursos como: o relacionamento, a abordagem, os grupos e encaminhamentos, estes não são vistos essencialmente como instrumentos, podem ser vistos como ação, resultado dos procedimentos profissionais, componentes do exercício profissional e etc.

É preciso pensar as técnicas e instrumentos da profissão a partir do contexto em que o exercício profissional está inserido, analisando a realidade concreta e buscando os melhores métodos para se agir sobre ela. Por instrumentos podemos entender os meios que permitem se operacionalizar a ação, já a técnica é a habilidade no uso destes instrumentos. É importante se colocar o caráter de não neutralidade da dimensão técnico-operativa, ela é aplicada com suporte da dimensão ético-política que é construída também através de fundamentos teóricos. E, além disso, a utilização de instrumentos e técnicas de forma isolada acaba por chegar a determinados fins e resultados, a se alcançar uma eficiência – a da ordem capitalista. É preciso então que utilizando das três dimensões o profissional de serviço social possa compreender as contradições postas e dar as respostas de modo a contribuir e tentar a garantia dos direitos da classe explorada.

Existem diferenças no uso de determinados instrumentos, porém há recomendações comuns vinculadas ao projeto ético-político profissional nos diversos instrumentos, em especial as entrevistas, reuniões e visitas domiciliares.

As dificuldades da prática profissional do assistente social se encontram as limitações e contradições institucionais, falta de autonomia dos profissionais, dificuldades na utilização de alguns instrumentos e dificuldade de desenvolver um trabalho em rede que consiga se conectar com outras organizações. Nas questões do cotidiano as dificuldades se apresentam de modo a levar uma prática profissional reiterativa, burocratizada, marcada pelo senso comum. Especialmente no cotidiano é que se tem que ter o cuidado de pensar as três dimensões de modo articulado para se ter um exercício profissional mais qualificado. É importante também lembrar que os instrumentos não podem ser vistos como respostas as demandas das populações, eles são meios e formas de se chegar nessa finalidade, compostos por conteúdos que busquem chegar a ela.

A intervenção do Serviço Social enquanto profissão tem o papel de buscar soluções as questões que são colocadas. Ele atuará enquanto mediador entre classes e Estado, desse modo sua intervenção tem um caráter político. A dimensão técnico-operativa atende aos objetivos imediatos, e é no desenvolvimento dessa dimensão que se desenvolve um conjunto de valores e normas. As formas da profissão se dão no espaço cotidiano, esse espaço que limita de certo modo as possibilidades de concentração inteiramente nas atividades que são realizadas. Essa limitação se dá devido a características como: heterogeneidade, espontaneidade, imediaticidade e superficialidade extensiva.

O cotidiano profissional é repleto de cumprimento de normas, regulamentos, orientações e decisões a serem tomadas. Nesse cotidiano, tudo se passa como se o exercício profissional fosse isento de teoria, como se não houvesse necessidade de analisar a realidade e refletir sobre ela, devido a isso as questões cotidianas podem ser respondidas erroneamente de um jeito irrefletido, e até com senso comum

A prática profissional, portanto não pode ser uma prática irrefletida, esta deve ser a representação da elaboração teórica na intervenção que a profissão terá. O trabalho de um assistente social não pode ser um trabalho alienado, é preciso a partir de uma análise pautada na teorias metodológicas captar a realidade para atuar sobre ela com as técnicas-operativas aprendidas e a ética-política que deve-se demonstrar nas ações cotidianas. Apesar de que possa existir no cotidiano profissional situações que possam ser “parecidas” ou “recorrentes”, não se deve adotar procedimentos de ultra generalização, que pressupõe “o bem conhecido”, situações já conhecidas que geram então uma formula para ser usada nas demais situações como essas que já ocorreram. Essa prática nega a natureza dialética e ignora as transformações e contradições da sociedade em que vivemos.

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