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A Era Vargas

Por:   •  13/6/2017  •  Resenha  •  585 Palavras (3 Páginas)  •  171 Visualizações

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A era Vargas teve o seu início em 1930, período iniciado com a revolução de 30. Tendo uma política considerada a “política do povo”, Vargas ficou conhecido como o “pai dos pobres”, mas a despeito disso, seu governo torturou, perseguiu, prendeu e exilou intelectuais e políticos contrários aos seus preceitos. Uma foto de Getúlio com as mãos sujas de petróleo é o exemplo clássico, onde podemos dizer claramente a “marca” que ele quis deixar, um Presidente do Povo.

Diferentemente do que acontecia na República Velha, o estado que se implanta em 1930 é mais intervencionista, mais centralizador, a integração nacional é maior, mas a autonomia dos Estados é menor. De acordo com Adriano Codato “O regime do Estado Novo no Brasil (1937-1945) inspirou a concepção e a criação de uma infinidade de aparelhos político-burocráticos: conselhos setoriais, institutos econômicos, comissões governamentais, departamentos estaduais, interventorias federais, etc. Esses aparelhos foram, ou pretenderam ser, uma manifestação eloquente da ideologia autoritária e da sua forma “racional”, “burocrática” e “técnica” de conceber e regular os conflitos políticos regionais e os interesses sociais e econômicos das oligarquias estaduais. Por outro lado, eles se tornaram também o canal privilegiado por onde a ideologia do Estado autoritário se manifestou, se difundiu pelo sistema político, foi assimilada pelas diferentes facções de elite e se transformou numa espécie de língua franca das classes dirigentes do país.”

Getúlio se via pressionado por todos os lados, tanto pela esquerda como pela direita, estava dividido. Precisava atender às camadas-populistas para que a sua popularidade não caísse, mas também precisava atender aos setores mais conservadores, que apoiavam uma política de direção contrária à do povo e beneficiaria o lado econômico e político norte-americano. Esta indecisão a qual Vargas estava então posicionado, gerou uma série de impasses quanto às ações que o governo tomaria, uma fonte permanente de instabilidade política.

 Apesar desta indecisão, Vargas foi coerente em sua procura de complementar agentes e recursos locais e estrangeiros, mas deixou assim uma dependência de financiamento estrangeiro abalando a estrutura central. A agricultura do país continuava a comandar a economia nacional e durante os quinze anos da Era Vargas, houve um grande investimento na industrialização do país, promovido pelo próprio Estado, onde a produção interna começou a substituir as importações e a indústria de base alcançou grande desenvolvimento. Como Pedro Paulo Zahluth Bastos diz: “Mas, como o projeto de Vargas era o caminho contrário da intenção do investimento estrangeiro, fracassou. “O problema do programa de Vargas não era a incoerência, mas o financiamento, para o que o par crédito/câmbio seletivo e barato era instrumental, mas insuficiente. O maior óbice tampouco era a obtenção de recursos locais, a despeito da resistência”.

 No Final de 1937, o governo inventou um plano chamado Plano COHEN, uma ameaça comunista no país, onde foi o suficiente para que o governo colocasse o país em “estado de guerra” e aplicasse o golpe político colocando a ditadura que se chamou de Estado Novo. Uma das primeiras medidas adotadas pelo governo revolucionário, como se chamavam, é o fechamento do congresso nacional e das Assembleias Legislativas, Estaduais e Municipais. Os governadores agora são nomeados diretamente por Vargas e o Executivo Federal adquire mais poder.

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