A Escola como trabalho improdutivo forçado

A escola como trabalho improdutivo forçado

Estudos realizados sobre a evolução futura da relação emprego-escola, prevê um número de diplomados superior ao número de empregos oferecidos, dessa forma a escola aparece como única indústria capaz de suportar a mão de obra disponível, seja na forma de estudantes cujo objetivo é se especializar para entrar no mercado de trabalho seja na forma dos diplomados que descobrem que sua única escolha é permanecer na escola.

A escola apresenta então como uma válvula de segurança para alunos e professores, como meio de ocultar o crescente número de desempregados que o desenvolvimento do capitalismo produz.

O desenvolvimento capitalista de certa forma vez com que as escolas se separassem da realidade de produção, tornando, em certo sentido, função de si mesma, ou seja um trabalho improdutivo. Nesse contexto, as forças de esquerdas apresentam uma proposta de gestão social da escola atual, que pode ser uma solução, de modo a consolidar essa função separada e de endossar seu papal estabilizador capitalista.

Concluímos que o importante é subverter o papal da escola, de forma a reintegra-la no trabalho produtivo, isso é, reconstruir a escola a partir de uma gestão social que de fato ataque o ensino atual e não apenas o modo de administra-lo. É a única forma de reunificar, fabrica e escola bem como as forças que agem uma na outra.

Portando há uma relação entre fabrica e escola, de um lado o problema da escola está ligado ao da qualificação e controle social sobre a organização do trabalho, de outro lado so a transformação da organização do trabalho pode desincumbir a escola da função de institucionalização do trabalho improdutivo forçado.