A Execução do Projeto de Intervenção

[pic 1]

RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO

Nome: Wagner Melo da Silva                                                           RU: 2708528

Local de Estágio: Hospital Municipal Universitário de Taubaté

Supervisor de Campo: Elaine Cristina Fagundes da Silva             CRESS: 32171

TEMA: Audição aos que precisam

1. INTRODUÇÃO

       Durante o estágio pude observar que o Programa Estadual de Saúde Auditiva é um mecanismo de inclusão de sujeitos portadores de déficit auditivos de variados níveis. Contudo, mesmo com a inclusão deste portador no programa e a garantia de que este serviço devolva ao usuário a inclusão na sociedade, ainda sim, pode perdurar por meses.

       Este projeto de intervenção tem como objetivo captar um banco reserva de aparelhos auditivos com finalidade de ofertá-los aos pacientes que aguardam o seu recebimento de forma definitiva. Mas, um ponto a se destacar é o de prazo de fabricação que pode variar em certas unidades hospitalares de 06 meses à 01 ano. Neste interim, o usuário ainda possuirá diversas dificuldades em seu cotidiano, seguindo com possivelmente com exclusão perante à sociedade. O projeto foi elaborado para atender estes pacientes durante o intervalo de confecção, propiciando que utilizem nosso banco reserva e tenha condições ainda que mínimas de seguir com sua rotina e uma qualidade de vida melhor.

       Composta por uma equipe multidisciplinar (Assistente Social, Psicóloga, Fonoaudióloga e Otorrinolaringologista) em quatro etapas, estes pacientes recebem atendimento e orientações em relação as condições de uso, assistência, utilização e manutenção dos aparelhos auditivos.

       Na entrevista e abordagem da assistente social, pude notar a ansiedade e expectativas destes pacientes em adquirirem o ativo rapidamente para encerrarem com seu “sofrimento”. E após paciente e familiares saberem que haveria um longa espera até o recebimento de fato, gerava aborrecimentos e descontentamento, presenciei até abandono do programa. Diante do exposto, solicitei acesso ao banco de dados dos pacientes que já participaram em anos anteriores no intuito de obter informações de pacientes que não se adaptaram ou por ventura já faleceram, e se estes aceitariam doar o aparelho que muitas vezes ficava armazenado na gaveta, para circulação e que outros pacientes se beneficiassem até confecção do definitivo.

       Após este primeiro contato, 03 pacientes/familiares concordaram em repassar os aparelhos (em boas condições de uso) ao programa. Solicitamos que estes preenchessem um documento de doação com esta finalidade para garantir que o aparelho fosse ofertado provisoriamente e adaptado a outros pacientes.

       Em reuniões com a equipe multidisciplinar nos meses de abril e maio, buscamos identificar potenciais candidatos que se adequassem nestes critérios o mais rápido possível ao projeto, com o foco em realizar ajustes mínimos (cabe ressaltar que a perda auditiva é única, semelhante a uma impressão digital, não basta entregar o aparelho, é necessário adequá-lo ao paciente).

       Após esta escolha, convocamos os pacientes semanas depois para teste e adaptações. Finalizado esta etapa, foi entregue o aparelho reserva ao paciente e um documento com teor de responsabilidade de que o mesmo cuidará do bem e fará bom uso até entrega do definitivo. Os instrumentais técnico-operativos utilizados até a execução foram:(escuta qualificada, abordagem, entrevistas, cadastros), seguindo o cronograma exigido. Sobre os desafios durante o projeto constatei dificuldade de contato com os pacientes (mudança de telefone), disponibilidade dos doares em entregar o produto, adaptações do grau de surdez de alguns pacientes, aprovação da direção do hospital, pois poderia ser caracterizado como benefício próprio da unidade entre outros.