A HISTÓRIA SOCIAL DO CRACK
Por: Almir Carneiro • 28/12/2017 • Trabalho acadêmico • 2.670 Palavras (11 Páginas) • 277 Visualizações
UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE A HISTÓRIA SOCIAL DO CRACK E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO MUNDO MODERNO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 5
2 DESENVOLVIMENTO 6
2.1- O CRACK E SUAS CONSEQUÊNCIAS 8
3 EXEMPLOS DE ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO 9
3.1 – EXEMPLO DE TABELA 9
4 CONCLUSÃO 11
REFERÊNCIAS 12
RESUMO
No mundo ocidental, as drogas estão por toda parte. Desde que nasce o homem sente a necessidade de se relacionar socialmente. Ao se sentir excluído da comunidade que vive, procura nas drogas a solução para essa não existência sociável. No contexto social, cultural e subcultural em que o ser humano soma-se às suas teias de relações na perspectiva de construção de redes sociais, expressa-se um mundo relacional que é possível ser percebido e justificado quando se entende a necessidade intrínseca que cada ser humano vivencia e experimente no sentido de fazer parte, ou inserir-se em uma rede social que venha no encontro de suas necessidades. Nesse contexto, surgem as periferias das cidades grandes, espaços acolhedores àqueles que de alguma forma, não possuem as competências exigidas pelo mundo moderno que consequentemente, se atira no universo vazio composto pelos mais diversos tipos de droga. Este trabalho prima por discutir a inserção do homem no nesse universo e quais as consequências trazidas por essa inserção. Para isso, analisaremos os autores expostos na bibliografia deste trabalho, levando em consideração o contexto brasileiro vigente.
1- INTRODUÇÃO
Historicamente, o homem sempre esteve atrelado às drogas. Antigamente elas eram usadas como efeito curativo para alguma doença ou como poder místico. Hoje, a maioria delas é usada como entorpecentes para aliviar ansiedades, promovendo a fuga de algum problema. O indivíduo que vive às margens da sociedade, geralmente busca nas drogas a solução para seus dilemas sociais.
A falta de uma instrução que o coloque de modo digno dentro do mercado de trabalho tem sido um dos fatores determinantes para inserção neste mundo tão incerto, com características tão reprováveis pela sociedade. O querer ter e o querer ser, faz com que esse indivíduo crie seu próprio território, uma vez que é impedido de adentrar na sociedade das competições.
Num tempo em que o processo tecnológico cada dia aumenta mais, o homem tornou-se apena uma pequena peça nessa maiúscula engrenagem. Um mundo de máquinas onde que as fez esqueceu-se que as mesmas não funcionavam sem a ajuda do ser humano.
Este trabalho objetiva refletir sobre o porquê de um indivíduo entrar para o mundo das drogas, tornando-se um dependente do crack. Haverá uma reflexão também sobre o contexto social brasileiro e sua contribuição nesse fenômeno social.
Ainda dentro dessa perspectiva, objetiva-se relacionar a vinda da família real portuguesa ao Brasil e o governo de Francisco Pereira Passos à formação das inúmeras existentes hoje no contexto social brasileiro. Depois, traçaremos um breve perfil do usuário de drogas, especificamente, o de crack, o papel da família, da sociedade e do agente de saúde.
Para esta reflexão nos embasaremos em alguns autores como, Nelson e Claudino Piletti, que em seus estudos sobre as conquistas das colônias do sul, nos revelam a contribuição de Napoleão Bonaparte na instalação dos portugueses na cidade do Rio de Janeiro, no século XIX e Fernanda Barreto Pedrosa, que conta um pouco da história da formação das favelas no Brasil.
Por fim, faremos possíveis considerações sobre o assunto numa abordagem final.
2- DESENVOLVIMENTO
A metamorfose evolutiva da sociedade brasileira é incontestável na essência, embora lenta nos avanços esperados. A fase embrionária das idéias transformadoras prolongou-se muito além do tempo histórico que leva para alcançar a maturação de outros países. Foi assim com a abolição da escravatura e não é diferente com as instâncias que constituem o desenrolar social brasileiro. Conquistas tardias no calendário dos aperfeiçoamentos sociais que se impõem ao país. Toda essa assertiva nos remete à vinda da família real portuguesa para o Brasil, um dos principais acontecimentos que nos ajudam a compreender o contexto atual brasileiro.
No final do ano de 1807, Napoleão, o imperador da França, mandou seu exercito invadir Portugal que, nesta época, era governado pelo príncipe D. João. Sem o exercito capaz de combater os franceses, D. João decidiu transferir a sede do governo de Portugal para o Brasil, aonde chegou a janeiro de 1808. (Nelson Piletti e Claudino Piletti 2004, p. 47).
A transferência da família real portuguesa para o Brasil trouxe muitos benefícios para a colônia, porém, inúmeros transtornos à população carioca, primeiramente quando D. João, para acomodar a corte, ordenou que as pessoas que residiam nas melhores casas, as desocupassem para que os membros da corte pudessem ocupá-las. Essa ordem de D. João foi decisiva para a formação das hoje conhecidas favelas.
Quando Francisco Pereira Passos assume a prefeitura do Rio de Janeiro, manda derrubar centenas de antigos prédios, as ruas foram alargadas além de muitas outras medidas.
Se por um lado essas medidas se mostraram favorável à população, por outro, causaram um enorme transtorno, pois com a derrubada dos prédios, boa parte da população que lá residia, sem ter condição financeira de construir uma casa aos moldes de vida carioca, é obrigada a se instalar nos arredores da cidade, em péssimas condições de sobrevivência. E nesse contexto, começam a surgir aglomerados habitacionais: as favelas, que cada vez mais foram se intensificando, fenômeno geográfico que se tornou característica marcante das grandes capitais brasileiras, atualmente, incluindo a cidade de São Paulo.Sem quase nenhuma perspectiva de vida, essas pessoas geralmente desempregadas e embaladas pelo mundo do ócio, criam suas próprias leis baseadas naquilo que acreditam ser o melhor para si. Desprovidos de condição financeira, buscam nas práticas ilícitas um modo de sobreviver. Nesse contexto desfavorável, surgem as drogas que, rapidamente, passam a fazer parte da vida social e financeira desses indivíduos.
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