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A Nova Morfologia do Trabalho e Suas Principais Tendências

Por:   •  14/3/2016  •  Resenha  •  559 Palavras (3 Páginas)  •  1.151 Visualizações

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No texto do Ricardo Antunes “A nova morfologia do trabalho e suas principais tendências: informalidade, infoproletariado, (i) materialidade e valor” focaliza na nova forma de valorizar o valor , a precarização do trabalho, aumento do trabalho informal e a ascensão do trabalho tecnológico.

Com a chegada de novas tecnologias nos meios de produção, é necessário um numero cada vez menor de pessoas para desempenhar determinadas funções, criando um exército mundial de reserva, trabalhadores desempregados, porém especializados que são usados para abaixar os salários e diminuir os direitos de trabalhadores já empregados que, com medo de perder sua fonte de renda, aceitam tais condições cada vez mais degradantes.

No seu texto “Adeus ao trabalho? Ensaio sobre a metamorfose e a centralidade do mundo do trabalho” é falado sobre o homem apenas é um ser social por causa do trabalho, pois, é a única coisa que o difere dos outros seres, sua capacidade de pensar antes de desempenhar alguma função, é a sua humanização. Mas, com o capitalismo, o trabalhador só tem a sua força de trabalho para vender, sendo assim, o trabalho se torna uma mercadoria, o homem passa a ver o trabalho como uma coisa degradante, não o faz mais bem, não o estimula mais. Começa a se sentir mais feliz com comportamentos guiados pelo instinto do que pelo que lhe faz um ser diferente, um ser social.

Dessa forma, cada vez mais sem chances de um emprego tradicional no sistema capitalista o homem se assujeita a trabalhos informais com baixas remunerações, contratos curtos ou inexistentes e com poucos ou nenhum direito. São exemplos as diaristas, costureiras, carregadores, os “faz-tudo” que de alguma forma, lutam para conseguir se manter vivos nesse processo degradante. Antigamente, essas funções eram basicamente, exercidas por imigrantes, que descriminados, não tinham oportunidades.

Os imigrantes, hoje em dia, lutam por condições melhores de vida, se juntando aos sindicatos para lutar por mais direitos e estabilidade de vida. Porém, essas funções informais já não são só compostas por eles, muitos trabalhadores da época fordista que não se flexibilizaram junto com o sistema, compõem essa tendência mundial.

Ricardo Antunes, em seu texto “A crise contemporânea e as metamorfoses no mundo do trabalho” especifica a crise estrutural do trabalho, onde o padrão fordista entra em declínio com a crise de superprodução e é substituída pelo toyotismo, a produção de acordo com a demanda. A adesão de ideias neoliberais, acabando com o estado de bem estar social, diminuindo o papel do Estado, gerando mudanças no movimento operário e no próprio trabalhador. Onde o mesmo é levado a discutir o trabalho, visando melhora-lo, criando metas, trabalhando de maneira conjunta para desempenhar de melhor maneira possível sua função.

O trabalho tradicional é modificado, ele se torna mais corporativo, menos maquinal. Há uma valorização do saber, o trabalhador não é mais condicionado a fazer apenas uma coisa, ele precisa ser multifuncional. Sendo assim, temos minoria especializada e informatizada, o que Ricardo Antunes chama de “infoproletáriado” e temos uma massa de trabalhadores com menos direitos, menos oportunidades e com condições mais precárias e degradantes.

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