A Prática do Assistente Social

A prática do Assistente Social

Introdução

O serviço social atua nas relações sociais, a partir das contradições da sociedade capitalista na atualidade. Sua prática é definida  a partir do seu objeto de identificação que é a questão social. Falar de projeto de intervenção é definir sobre o que o profissional vai atuar, ou seja, sobre onde sua prática vai incidir.

Portanto é fundamental compreender que é o conhecimento que irá demarcar a identidade desta profissão. Não há prática profissional sem teoria, sem conhecimento. É o conhecimento que fundamenta teoricamente a prática profissional.

Crianças em situação de vulnerabilidade estão em vários lugares. Essas crianças estão presas a uma rede falha e burocrática que escode a real visão dos acontecimentos. Muitas vezes os órgãos não estão aparelhados o suficiente. Profissionais descapacitados, infraestrutura escassa e, principalmente a falta de comunicação com outros órgãos da rede de direitos faz com que esse primeiro passo seja lento.

O sistema de garantias de direitos da criança e adolescente – SGDCA

O ECA quando foi aprovado em 1990 ele concretizou notável avanço no campo democrático ao regulamentar os direitos da criança e dos adolescente assegurados do Art. 227 da constituição federal de 1988 e na convenção internacional dos direitos da criança aprovada pela assembleia geral das nações unidas em 1989. Além de especificar esses direitos gerais e específicos do universo da infância e da adolescência, o ECA também propôs uma nova forma de gerir esses direitos onde todos passem a ser responsáveis pela sua concretização, criando de fato um sistema de garantia, que buscam de fato o cumprimento da legislação através de ações integradas e ações governamentais ou não governamentais.

O vulnerável é aquele que se encontra em situação sujeita a risco e/ou a dificuldade, temporária ou permanente, coletiva ou individual e, portanto, deve ter proteções legais para minimizar sua desigualdade – e, por isso, os direitos da criança e do adolescente são tão importantes. (CAVALCANTE, 2018)

A fim de cumprir a garantia de direitos da criança e do adolescente é utilizado uma grande rede de instituições, entidades, eixo de atendimento como: Programa e serviço de atendimento dos direitos das crianças e adolescentes; Programa e serviço de execução de medidas de proteção de direitos humanos; Programa e serviço de execução de medidas socioeducativas e assemelhadas.

Estes programas são ofertados pelo Centro de Referência (CRAS), e,  Sistema Único de Saúde (SUS).

Falar de problemas relacionados a criança e adolescente é um tanto complexo, devido a uma vasta área de assuntos que podem ser envolvidos, como: abandono, trabalho infantil, o descaso dos pais quanto a formação dos filhos e até mesmo o Estado que se torna altamente falho quanto a proteção da criança e do adolescente.

Instrumentos do serviço Social na área da Infância e Adolescência

A instrumentalidade é um meio necessário para que o assistente social atue e consiga intervir nas multifacetas da questão social. Assim como a instrumentalidade, os instrumentos se modificam de acordo com as transformações da sociedade, ou seja, de acordo como a sociedade se apresenta.

A dimensão Técnico-Operativa se da a um conjunto de estratégias e táticas instrumentalizadoras da ação, que efetivam o trabalho profissional, e que expressam uma determinada teoria, um método, uma posição politica e ética.

O profissional do serviço social requer um conhecimento de intervenções; relações de poder, tanto horizontais como verticais; requer um estudo do perfil do usuário; as demandas, estratégias e o modo de vida de cada usuário, levando o assistente social a uma análise e aprimoramento das condições dos indivíduos, sejam eles na área da criança e adolescente ou em um conjunto familiar.