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A Psicologia Social

Por:   •  4/5/2015  •  Resenha  •  2.690 Palavras (11 Páginas)  •  120 Visualizações

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                             Atividades Práticas Supervisionadas

Curso: Serviço Social/3º semestre

Disciplina: Psicologia Social

Nome: Beatriz Helena Santini, RA: 6951496324

Nome: Débora Beltrão de Castro, RA: 6748342787

Nome: João Batista Guedes, RA: 6791442325

Nome: Luana De Sousa  Silva

Nome: Valdeci Estevam da Silva, RA: 7583601482

Professora da disciplina: Helenrose  A. da S. Pedroso Coelho

Tutora Presencial: Ana Lima

São Paulo, Março/2014

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo proporcionar uma reflexão Psicanalista e Social, com pesquisas feitas em campo e embasadas em bibliografias, sobre a questão social do Brasil onde a desigualdade social se mostra muito nítida, onde pessoas são vítimas de Humilhação Social e Invisibilidade Pública, onde muitos não têm uma perspectiva de esperança de dias melhores, onde governantes não cumprem com seus deveres, onde nossos direitos garantidos constitucionalmente não são observados e nos obrigam a buscar formas de vida “alternativas”.

Conceito de Humilhação Social

“A alegria e a tristeza são duas prisões; uma de ouro e outra de ferro, mas feitas igualmente para nos prender e impedir de seguir a nossa verdadeira natureza”. (Swami Vivekananda)        

        Durante o estudo do artigo verificamos que a desigualdade social existe. Sob muitas formas, às vezes velada, ora escandalosamente escancarada, bem na frente de todos nós e, sabemos também que o principal motivo dela, as quais os menos favorecidos, a camada mais pobre, é sempre alvo é a imensa diferença social existente.        No tópico Morador Impedido, verificamos o fenômeno das relações humanas em uma sociedade, o choque cultural, suas indagações e as limitações trazidas de culturas mais simples, de pequenas cidades, roças, tribos, chegando a grandes metrópoles com menor relação pessoal, passando a enfrentar dificuldades em bairros pobres da periferia, como a violência, a solidão e a falta de oportunidade. Neste choque cultural, há um momento de transição (adaptação), onde muitos se frustram com essa nova condição, ofuscando sua identidade cultural, passando a ser objeto de uma nova cultura onde são moldados dia a dia, sobrevivendo com sofrimento nesse novo sistema cultural que lhe é imposto, que faz com que perca suas características intrínsecas de vivencia anterior.  

A saudade da terra natal, das festas, da convivência com vizinhos e amigos de infância, o choro sufocado, a violência para se adequar a essa nova cultura, e a discriminação por ser culturalmente diferente fazem parte do seu dia a dia.

        Em outro tópico o autor faz uma análise sobre a luta pela demarcação de terras indígenas, uma forma de proteção contra a oculta segregação, que acontece porque a maioria das pessoas de determinada sociedade não se identifica com esta vertente, tentam se igualar por osmose, tem uma luta própria e por isso os indígenas se tornam presas facílimas nesta cadeia alimentar.

“Sem dúvida, trata-se de um fenômeno histórico. A humilhação crônica, longamente sofrida pelos pobres e seus ancestrais, é efeito da desigualdade política, indica a exclusão recorrente de uma classe inteira de homens para fora do âmbito intersubjetivo da iniciativa e da palavra. Mas é também de dentro que, no humilhado, a humilhação vem atacar. A humilhação vale como uma modalidade de angústia e, nesta medida, assume internamente –como um impulso mórbido – o corpo, a imaginação e a voz do humilhado.”

                                              (Gonçalves Filho, José Moura)

         O depoimento do frentista mostra a frustração da sua vivência em São Paulo, uma metrópole onde o Sistema Capitalista é muito forte. Ele enxerga a cidade onde “tudo é dinheiro” e se assusta, e se questiona. Por vir de uma cidade onde as pessoas são mais solidárias, ele diz que “até pra comer precisa dinheiro”. La de onde ele vem do interior de Alagoas , quando não tinha o que comer não precisava de dinheiro, ia à casa da vizinha, da tia. Chega a São Paulo e se depara com um choque cultural imenso, onde as pessoas não estão nem ai pras outras, não tem amigos, tem sócios, indiferentes ou inimigos (competidores).

Pressupostos Teóricos

Lendo o artigo do sociólogo Jessé Souza e do psicólogo Fernando Braga da Costa, concluímos que o sociólogo Jessé Souza utiliza os livros de autores renomados da sociologia clássica brasileira para ir contra a ideia de que já existe um  senso comum na sociedade e no ambiente acadêmico dizendo que a desigualdade social brasileira não é proveniente somente da colonização portuguesa, mas também da influência européia. Deixa claro que a desigualdade na sociedade brasileira quase sempre vista como natural na literatura e na vida cotidiana não pode ser aceita como é e que o fator econômico não determina a desigualdade social em nossa sociedade. É preciso ir contra essa idéia. Desigualdade, humilhação e invisibilidade pública ainda são temas na sociedade, porque há interesses que esses fatos continuem e se naturalize. O psicólogo Fernando Braga da Costa usa a pesquisa própria como um método de coleta de dados em que se aproxima de seu objeto de estudo escolhido (garis). Costa compreende a invisibilidade social tornando-se um deles e relata a humilhação social sofrida por ele e seus colegas. Neste projeto acaba se envolvendo, criticando e denunciando comportamentos existentes e enraizados nesta sociedade.

Os dois, usando métodos diferentes (História e Romance e Pesquisa Investigativa) sentem e demonstram como a indiferença age em nossa sociedade. Comprometidos com seus projetos, acabam nos revelando, esclarecendo, criticando e rompendo barreiras, mostrando a composição do povo brasileiro.

 

Homens Invisíveis Relatos De uma Humilhação Social.

Existem muitos trabalhos em nossa sociedade considerados como desqualificados e socialmente rebaixados, trazendo um sofrimento psicológico aos indivíduos que o exercem.  Podemos citar como exemplo o trabalho de gari, que tem como função manter a limpeza das cidades, trabalho esse necessário à manutenção e limpeza das mesmas, onde nossa cultura é ainda a de jogar lixo no chão, ou jogá-lo pelas janelas dos veículos e não ter respeito ao meio ambiente.

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