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A Trajetória do Serviço Social no Brasil

Por:   •  16/6/2015  •  Projeto de pesquisa  •  708 Palavras (3 Páginas)  •  145 Visualizações

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1.1 A trajetória do Serviço Social no Brasil

É nas décadas de 20 e 30 que inicia-se a trajetória do Serviço Social no Brasil, isso ocorre com a industrialização, foi durante a década de 30, que uma numerosa população abandonou seus trabalhos nos campos devido a desestruturação da agricultura e seguiram rumo a cidades em busca de sobrevivência e realizações, tornando-se inevitável a crescente migração.

Na época tornou-se evidente a acelerada industrialização urbana, o que resultou na chegada de numerosa população de imigrantes para o Distrito Federal, que localizava-se na cidade do Rio de Janeiro, sua consequência gera um crescimento rápido e desordenado, o que leva a classe operária a viver em condições degradantes nas grandes cidades vivendo de maneira precária de higiene, habitação e saúde.

Assim foram tomadas as primeiras medidas de assistência social feitas como filantropia. Desta forma o estado foi buscando medidas para diminuir as tensões que ocorriam na época, pois a classe trabalhadora, que vivia em péssimas condições, iniciou sua luta por seus direitos e o estado passa a utilizar estratégias de intervenção e de regulação da questão social.

Para Iamamoto, a questão social pode ser definida como:

O conjunto das expressões das desigualdades sociais constitutivas do capitalista, que tem como raiz comum: a produção social é cada vez mais colectiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seu frutos se mantém privada, monopolizada por uma parte da sociedade. A questão social se expressa também na resistência e na disputa política. (1999, p 27)

Para a autora, a questão social é apresenta perante todos como o debate que atravessa a sociedade e obriga os estado, as frações dominantes e a igreja a se posicionarem perante ela.

O Serviço Social se institucionaliza e legitima profissionalmente, como um dos recursos mobilizados pelo Estado e pelo empresariado, com o suporte da igreja católica, sendo fruto da ação desenvolvida no campo social na perspectiva do enfrentamento e regulação da questão social.

Inicialmente se apresenta envolvido com os interesses da classe dominante, mas, ao mesmo tempo, está sujeito à classe subalterna sendo mediador de ambas as classes. Seu objetivo de neutralizar a classe trabalhadora que buscavam seus direitos, lutando por melhores condições de trabalho e de sobrevivência.

Nesta fase de 1930, a economia brasileira encontrava-se em transição de agrária-exportadora para industrial. O que levou a construção de industrias na área de obras de infraestrutura, como: aberturas de estradas, suprimento de energia e etc.

A prática profissional inscreve-se a partir da mediação do sistema de controle social, considerando, sobretudo, o agravamento da questão social e as exigências postas pelo novo padrão produtivo e de trabalho, sendo necessário controlar a massa operária.

“Vincula-se, pois, à necessidade histórica de imprimir às referidas práticas de cunho “educativo” e “ressocializador”, mediante inculcação de um novo código de conduta individual, familiar, e política do trabalhador e sua família, adequado a suas necessidades da produção e da reprodução social” (Abreu, 2011, p. 40).

O estado adere as reivindicações populares no

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