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ATPS FORMAÇÃO SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA

Por:   •  9/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.730 Palavras (7 Páginas)  •  291 Visualizações

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O BRASIL COLONIAL SOB O OLHAR DE DEBRET

Jean Baptiste Debret nasceu em Paris em 18 de abril de 1768, Debret gostava de pintar cenas históricas.

Em 1814 morreu seu único filho de 19 anos, para aliviar sua dor Debret resolveu sair da França e pensou em aceitar um convite do imperador Alexandre I da Rússia, mas de repente recebeu outro convite em nome do governo português para vir ao Brasil com um grupo de artistas franceses que deveriam fundar uma academia de belas artes e trabalhar como professores. O grupo de artistas francês, conhecido como a missão francesa no Brasil foi solicitado pelo Conde de Barca ao Marques de Marialva, embaixador de Portugal em Paris.

No dia 26 de março de 1816 Debret chega ao Brasil.

Debret registrou os mais importantes fatos que ocorreram durante sua permanência no Brasil, tais como, a aclamação de D. João VI, a chegada da princesa Leopoldina, a coroação de D. Pedro I, além de retratos da família.

Conforme algumas de suas pinturas abaixo, podemos observar, relatar e compreender

alguns costumes, a cultura do povo e o desenvolvimento da sociedade da época.

Debret retratou os índios e tribos. Aqui uma família de Botocudos. Destaca-se pela imagem a selvageria, a nudez e uma aparência não agradável.

Foi Debret também que criou a bandeira brasileira da época. Seguindo as recomendações de D. Pedro, a bandeira foi desenhada e instituída pelo decreto de 18 de setembro de 1822.

Além de trabalhar para a família real e para os nobres Debret interessou-se em representar a vida das pessoas comuns. Debret saia às ruas e observava tudo, fazia desenhos, anotações, conversava e fazia muitas perguntas às pessoas.

Graças ao seu trabalho podemos ter hoje uma ideia como era a vida dos nobres e ricos, das pessoas simples e escravos no Brasil.

Debret representou os escravos em suas pinturas, fazendo os mais variados trabalhos como, lavando roupas dos seus patrões, vendendo caju, arruda, café, doces e etc.

Aqui barbeiros ambulantes fazendo corte e barbas nos escravos livres. Uma imagem que contradiz ao sistema escravista, ou senzalas. Podemos conjecturar o alívio, a tranquilidade e talvez a esperança da sociedade em expansão. Talvez fosse essa a intenção que o artista gostaria de expressar.

Debret realizou vários retratos da monarquia, e cenas do cotidiano da época que era composta pelos escravos que povoavam as ruas. Debret gravou imagens com riqueza de detalhes apresentando o trabalho escravo nas ruas.

Percebemos que Debret era observador e detalhista, olhar suas pinturas é como voltar no tempo e andar pelas ruas do Brasil.

Debret ficou quinze anos no Brasil pintando e trabalhando como professor de artes. Viajou por várias regiões registrando os usos e costumes dos habitantes, os lugares, as casas as frutas e etc.

Dentre os artistas que passaram ou produziram imagens do Brasil Jean-Baptiste Debret teve um destaque, pois representou através da pintura a sociedade brasileira do século XIX, além de influenciar fortemente a formação dos primeiros artistas acadêmicos nacionais.

Quando Debret voltou para a França em 1831 levou com ele seu aluno Manuel Araújo Porto Alegre, para que esse aperfeiçoasse na arte da pintura na França, Debret escreveu e publicou um livro sobre o Brasil ilustrando com desenhos e aquarelas. A esse livro deu o título de viagem pitoresca e histórica ao Brasil, publicado em Paris durante os anos de 1834-1839, obra essa que narra e registra através de imagens os 15 anos aqui vividos, sua visão, experiência, e veracidade do cotidiano brasileiro.

Debret morreu em 1848 em Paris com 80 anos de idade.

Sua obra não foi esquecida e é hoje uma valiosa fonte de informações para estudo e história do Brasil.

CARLOTA JOAQUINA, A PRINCESA DO BRASIL (1995, Carla Camuratti)

Aqui vamos mostrar algumas cenas do filme Carlota Joaquina. Ainda que antigas essas cenas retratam alguns fatos presentes nos dias de hoje na sociedade em que vivemos.

O primeiro que falaremos é sobre o adultério, que se faz presente em vários trechos do filme, sendo que nem todos os filhos de Carlota eram de seu marido, e inclusive Carlota chega a assassinar um de seus amantes para não deixa-lo se casar. Atualmente percebe-se que o adultério tem sido uma das causas de agressões e assassinatos entre parceiros e o possível terceiro envolvido na relação. Existem vários casos que são relatados em reportagens e jornais em que houve homicídios e agressões físicas e verbais, estando envolvido também a questão do ciúme e etc.

Outra cena presente no filme é de racismo, na chegada da família real ao Brasil. Carlota detestou o país logo que colocou os seus pés em terra, pois não gostava de negros, e Dom João também se mostrou intrigado com a mistura racial. Esta é uma situação presente na atualidade. Quando se fala de racismo o primeiro pensamento que aparece na mente das pessoas é contra negros, talvez por terem uma história mais sofrida com tal situação. Em nossa cultura poderíamos enumerar o casto numero de piadas e termos que mostram a distinção racial; os racistas zombam a condição econômica dos negros, generalizando e até dizendo que todos são bandidos, e essa descriminação acontece em vários setores como redes sociais, universidades, no meio político, artístico, empresarial, entre outros.

Ainda que após a abolição da escravatura se tornasse oficializado que qualquer ato de racismo seria crime penal, este sentimento ainda existe nos dias de hoje, e ainda ocorre de forma banal no nosso país.

Cenas de corrupção também são visíveis, um exemplo é quando a viscondessa cobra de uma senhora para tirar seu filho da cadeia, tomando todas suas joias, e quando D. João tramava com seus ministros o que

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