AUSÊNCIA DE POLÍTICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA CONCECPÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRA NO PERÍODO DE 1960 A 1980 E O SERVIÇO SOCIAL
Por: suellenma • 24/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.999 Palavras (8 Páginas) • 223 Visualizações
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1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: ausência de políticas de emprego e deterioração das condições de vida _
2.1.1 A Divisão Social do Trabalho .............................................................................5
2.1.2 As Relações Familiares na Contemporaneidade................................................6
2.1.3 Mulheres, Mercado de Trabalho e as Configurações Familiares do Século XX.7
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................9
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
O trabalho apresentado foi elaborado com base na pesquisa da Lilia Montali, referente à Relação Família – Trabalho, reestruturação essa produtiva como a ausência de políticas de emprego e deterioração das condições de vida na Região Metropolitana de São Paulo, onde diversos fatores sociais marcaram as famílias, como exemplo a crise econômica, gerando o crescimento do desemprego.
É fato que o desemprego desestrutura as famílias bem como o empobrecimento crescente ocasionando o desespero nos homens, até então mantedores dos recursos, deixando o ceio familiar em vulnerabilidade social.
A entrada da mulher ao mundo do trabalho gera então toda uma modificação no cenário familiar e econômico. É cada vez mais expressiva a participação feminina no mercado de trabalho remunerado e em algumas situações chega a ser o principal suporte financeiro no orçamento familiar.
Essa é uma das mudanças dentre outras que ocorram especialmente na economia contribuindo para o declínio do modelo familiar existente no final do século XIX e inicio do século XX.
DESENVOLVIMENTO
Neste capitulo serão abordados o objetivo que norteiam o presente trabalho, discutindo o assunto em questão à luz de diversos autores e que permita o desenvolvimento da pesquisa.
- FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: AUSÊNCIA DE POLÍTICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA.
O cenário econômico sofreu diversas transformações ao longo dos anos, a globalização, que é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, cultural, política e econômica, foi um dos impulsionadores para os avanços tecnológicos, industrial e urbano. Junto a essas transformações, ocorreu desemprego, concorrência ao mercado de trabalho, fazendo com que os empregadores tivessem que diversificar suas organizações para permanecer no mercado, abrindo então espaços para as mulheres.
Nesse contexto da diversificação das atividades, proporcionou a expansão nas oportunidades de trabalho, que até então era crescente o desemprego dos principais mantedores da família, os homens, formando então um novo arranjo familiar, articulando novas inserções ao mercado de trabalho.
A sociedade com formação estabelecidos nas suas instituições, relações sociais entre outras, passa a vivenciar uma nova ordem social, a mulher começa a ocupar espaço, ocasionando o choque com uma sociedade até então preconceituosa, autoritária e até injusta com os deveres das mulheres. Destaca-se nesse sentido que hoje consegue-se facilmente encontrar famílias em que homens e mulheres têm os seus papeis trocados, a mulher sendo o principal suporte financeiro no orçamento familiar.
De acordo com Engels (1984) a profissionalismo da mulher não implica na renuncia de um casamento ou maternidade, mas a norma de existência da mulher casada da classe média não está bem estabelecida, tornando- se tarefa árdua conciliar a vida de casada com uma profissão.
Nesse sentido é exigido muito mais das mulheres, pois são cobradas com as obrigações dentro de casa no sentido da criação, educação dos filhos, organização da casa, e também exigido dedicação ao trabalho, honrando com os devidos compromissos, consequência da deterioração das condições de vida.
Para melhor entendimento, dividimos os aspectos referentes à reestruturação família e trabalho, englobando todos os norteadores esclarecendo os passos das mudanças. Iniciamos então com abordando a divisão social do trabalho, forma está que diferencia os seres humanos no sexo, na idade e capacidade corporal.
- A Divisão Social do Trabalho
A divisão social do trabalho parte da premissa das diferentes formas de viver dos seres humanos. Para Braverman (1981) designa a divisão do trabalho social em atividades produtivas, ou ramos de atividades necessárias para a reprodução da vida.
O ser humano tem a capacidade de produzir ou inventar coisas de acordo com a sua necessidade. A divisão está associada à hierarquia bem como a capacidade física, idade, e principalmente sexual referente à produção de um tipo de produto ou serviço.
No artesanato, os produtores eram donos dos instrumentos necessários ao seu trabalho, tinham domínio sobre o processo de produção, sobre o ritmo do trabalho e sobre o produto, e também, quase certamente, havia ascensão a companheiro e muito provavelmente a mestre, bem como a divisão sexual (Marglin, 1980).
De acordo com a citação acima, percebe-se que a separação dos seres humanos por classe, por etnia, por gênero e por divisão sexual, que estruturam as práticas.
A divisão sexual no trabalho sempre foi alvo de muitas discussões na historia do ser humano. Ainda no século atual, encontram-se as diferentes valorizações do mercado de trabalho, consequentemente a remuneração diferenciada na mesma atividade que homens e mulheres ocupam. Uma consequência dessa divisão é a distribuição do trabalho por ramos ou setores de atividades, sendo este o principio da desigualdade no trabalho.
“...que a divisão sexual do trabalho não cria a subordinação e a desigualdade das mulheres no mercado de trabalho, mas recria uma subordinação que existe também nas outras esferas do social. Portanto a divisão sexual do trabalho está inserida na divisão sexual da sociedade com uma evidente articulação entre trabalho de produção e reprodução. E a explicação pelo biológico legitima esta articulação. O mundo da casa, o mundo privado é seu lugar por excelência na sociedade e a entrada na esfera pública, seja através do trabalho ou de outro tipo de prática social e política, será marcada por este conjunto de representações do feminino.” (Brito e Oliveira, 1998 p.252).
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