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Analise dos Povos Indígenas Yanomamis

Por:   •  27/10/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.057 Palavras (5 Páginas)  •  52 Visualizações

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Uma análise da historicidade e as consequências por trás do genocídio Yanomami

Gabriela dos Santos Castro, UFAM¹

Gabrieladossantos1012@gmail.com

Glenda Manuella da Costa Machado, UFAM²

Glendamachadof007@gmail.com

[1]Thayla Carolyne da Silva Ribeiro, UFAM³

Sthayla546@gmail.com

Zaira Nascimento de Souza, UFAM4

Desde o século passado, mais especificamente na década de 70, os militares disseminaram mentiras, levando a acreditar que aquelas terras não seriam boas para viver a longo prazo. O intuído deles era militarização, com objetivo de tomar o território e usá-las para benefício do Estado ditatorial da época. Os garimpos surgem justamente nesse meio tempo, e era um dos principais alvos de lucro dos colonizadores. Faziam os próprios nativos destruírem seu lar, violar sua cultura, principalmente em seus rituais religiosos. O garimpo afeta diretamente a cadeia alimentar básica do povo indígena, porque vivem de caça, pesca etc. A garimpagem na Amazônia, enquanto atividade extrativa mineral, afeta diretamente a transformação da paisagem e da natureza.

Iremos adentrar na questão histórica da terra indígena que envolve vários problemas relacionados ao acesso e uso da terra: violência indígena em conflito direto com a classe burguesa de ruralistas e donos do agronegócio, com consequências catastróficas para os que ainda vivem na terra, falaremos também dos garimpos ilegais e seus malefícios para a população. A ocupação, exploração e invasão do solo brasileiro foram, e são, decisivas para as mudanças radicais que os povos indígenas viveram por cinco séculos. As terras indígenas guardam em si uma rica história, cultura e uma beleza sem igual, o homem branco por sua vez, faz aquilo que sabe fazer de melhor, destrói o que o convém em busca do lucro, poder, luxo, fama. Um longo processo de destruição física e cultural eliminou grupos gigantescos e inúmeras etnias indígenas, principalmente pela separação histórica entre os índios e a terra, garantindo assim, a instituição de grandes propriedades privadas nas mãos de poucos. 

Perante o exposto, as questões históricas dos povos indígenas permanecem da mesma forma, lutando por seus territórios e direitos. Com isso, citaremos a trajetória desse trágico genocídio dos povos indígenas que começa no final da década de 1940 a meados da década de 1960, houve um aumento do contato dos yanomami com o homem branco com a abertura de várias missões católicas e evangélicas criou os primeiros pontos de contato permanentes na região, formando uma rede de centros de assentamento, e alguns cuidados de saúde. Nas décadas de 1970 e 1980, projetos de desenvolvimento do Estado e frentes pioneiras espontâneas relacionadas, começaram a revelar os Yanomami contatos maciços com a expansão da fronteira econômica regional, principalmente a oeste de Roraima (estradas, projetos de colonização, fazendas, serrarias, canteiros de obras e as primeiras minas). Esses contatos causaram um grande choque epidemiológico entre os Yanomami, causando grandes perdas demográficas, deterioração geral de sua saúde e graves distúrbios sociais.  

Diante dos fatos, segundo Marx, o conflito de interesses é o que justifica a existência de um estado capitalista, pois é tratado por muitos que o Estado defende o “interesse geral”, mas esconde uma realidade oposta. O Estado garante os interesses particulares da classe capitalista contra os interesses dos trabalhadores e da maioria do povo, como é retratado no genocídio dos Yanomami, os interesses das empresas e seus lucros são mais importantes do que a vida desses povos, ou seja, o Estado nunca priorizou medidas de proteção, muito menos, ajudando a promover a responsabilização dos garimpos ilegais, por isso muitos dos povos são silenciados. Ademais, as invasões nunca cessaram, o ex-presidente Jair Bolsonaro ao assumir o governo do Brasil em 2019, ele fomentou a desterritorialização, a desconstrução dos direitos, a dizimação dos indígenas. Segundo Maquiavel, a natureza humana é constante e inalterável, e mais vale ser temido do que ser amado. Sendo assim, a ideia de repressão vem à tona, a força é o único meio para incrementar e manter o poder, pois afirma ele:

a natureza dos povos varia, sendo fácil convencê-los de uma coisa, mas difícil firmá-los nessa convicção. É conveniente, portanto, providenciar para que, quando não mais acreditarem, possa fazê-los crer pela força" ( ).

 

Atualmente, as terras dos povos indígenas vêm passando por inúmeras mudanças, mudanças essas que ocorrem desde o século passado, com a criação dos garimpos ilegais, esse povo sofre morrendo por intoxicação de mercúrio, com a emissão de carbono, entre outras doenças causadas pela poluição ao meio ambiente naquela área. Vale ressaltar que, naquela época, ocorriam tantas mortes que não era possível cremar seus falecidos, afetando um de seus rituais mais sagrados, as cerimônias fúnebres, onde eles não enterravam seus mortos, e sim cremavam, e com tantas mortes não encontravam tempo nem para chorá-los.

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