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As particularidades do Serviço Social no Brasil

Por:   •  18/2/2016  •  Resenha  •  821 Palavras (4 Páginas)  •  943 Visualizações

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As particularidades do Serviço Social no Brasil: fundamentos para a construção da imagem social da profissão

Diante da exposição da autora, entende-se que o Serviço Social no Brasil surgiu historicamente nos anos 30 do século XX, quando o projeto reformista-conservador ficou mais forte, afinado com o processo de consolidação do capitalismo no Brasil.

A Questão Social expressa a disparidade econômica política das classes sociais, e segundo a autora o Estado brasileiro passou a enfrentar as expressões da “questão social”, a partir das referências de um projeto de cunho reformista-conservador. Portanto o Serviço Social constitui em mais uma das profissões cuja inserção na divisão e técnica do trabalho deram-se a partir de sua vinculação orgânica com as prerrogativas e princípios desse projeto, diz Fátima Ortiz.

A autora desenvolve sua análise sobre, as particularidades do Serviço Social no Brasil, analisando a natureza e as características assumidas pelo projeto reformista-conservador, o processo de emergência do Serviço Social e os desdobramentos deste para a construção de uma determinada imagem social da profissão.

Iamamoto (1192, p 24) caracteriza o pensamento conservador como aquele que possuiu uma ampla “vocação para o passado” para qual a tradição e os costumes devem banalizar a vida em sociedade. A família católica e burguesa afirma que cabe a família zelar pela educação e pelos valores dos seus filhos e entes, e se a família não der conta de cumprir com suas funções, considera-se uma família desestruturada, tornando-se assim responsável pelo surgimento dos “problemas sociais”. De outro lado os assistentes sociais reconheceram que a carência material tendia ao desajustamento, a existência de famílias “desestruturadas” consistia também em um dado natural de imperfeição do homem.

A autora cita que no pensamento conservador afirmava-se que, apenas a educação voltada para a moralidade cristã seria capaz de aproximar o homem de Deus, através da realização de boas ações, no entanto o pensamento conservador segundo Machado (1997, p 149), defende que a sociedade é um corpo orgânico, cujo desenvolvimento é regido por leis internas e está acima do indivíduo, e enfrentamento das expressões da “questão social” deve se dar por uma mudança de comportamento.

Segundo a autora Martinelli (1991) identifica no fim do século XIX e no início do século XX que o capitalismo é golpeado por pelo menos 3 elementos centrais: suas crises cíclicas, o avanço político–organizado da classe trabalhadora e o crescimento desenfreado da miséria, que deu origem as expressões da Questão Social.

Portanto para a autora, o tratamento das sequelas sociais deveria, neste novo momento histórico do capitalismo pôr em marcha um eficiente projeto de cunho reformista-conservador, que aliasse a constituição e um cumprimento de uma legislação social e trabalhista aos princípios, pautados no conservadorismo sob suas variantes principais: a laica- o positivismo- e a confessional- a Doutrina Social da Igreja e o humanismo cristão, observa-se então o vínculo entre o pensamento positivista e a sociologia de Durkheim com o projeto reformista.

No Brasil o governo Vargas procurou conciliar os diversos interesses das classes sociais convergindo-os

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