Barata Joaquina: A trajetória do Serviço Social e suas conquistas
Por: maria8semestre • 15/4/2016 • Resenha • 846 Palavras (4 Páginas) • 775 Visualizações
Joaquina Barata aborda inicialmente, a trajetória do Serviço Social e suas conquistas, ao salientar que os espaços de trabalho e as responsabilidades da profissão avançaram quanto as exigências do conhecimento teórico e prático. Deste modo, essas conquistas exigem como qualquer outro trabalho contínuo, um aprimoramento para ser exercido com qualidade. O Serviço Social alcançou também funções de liderança, em espaços como poder Judiciário, Executivo e Legislativo. Através da ideia de Joaquina, percebe-se que atualmente os profissionais de Serviço Social assumem cargos de liderança com a gestão e planejamento de programas e projetos atribuídos às suas responsabilidades. Assim fica concebida a ideia de que para assumir um novo papel conquistado pelo Serviço Social, é necessário um aperfeiçoamento da atuação, contando com um profissional alinhado nas dimensões teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo. O texto irá discorrer sobre, gestão e planejamento no campo das políticas sociais, planejamento estratégico, formulação de políticas, orçamento público e considerações acerca do conteúdo.
Na gestão e planejamento no campo das políticas sociais, compreende-se que é papel dos gestores planejar teórica e politicamente as ações de forma ética, visando inteirar as demandas sociais de forma abrangente. Para o planejamento ser coerente é necessário distinguir plano, programa ou projeto, segundo a autora “o plano tem maior nível de agregação de decisões que o programa e este, mais que o projeto. Por outro lado, o projeto tem maior detalhamento das operações a serem executadas que o programa e este, mais que o plano. ” Atualmente uma gestão democrática necessita de uma nova composição dos sistemas, ofertando benefícios e serviços à população conhecida como “minoria”.
Referente ao planejamento estratégico, Barata apresenta a ideia de Matus sobre o “planejamento normativo”, aquele que é burocrático, tradicional e conservador, mas na contemporaneidade conta com a planificação, ou seja, um planejamento direcionado a uma sociedade com diferentes culturas e contextos. Neste sentido é necessário que tanto o planejamento como as políticas públicas atuem de forma estratégica, assumindo um papel mediador dos conflitos presentes nas faces da questão social. Deste modo, as organizações devem trabalhar com qualidade, interagindo com o corpo social de forma aberta aos seus movimentos e expressões.
No tocante a formulação das políticas sociais no contexto do capitalismo e do neoliberalismo nota-se o interesse de manter os privilégios do Estado, principalmente quando se tratam de direitos sociais com interesse de redistribuição de renda, desta forma o intuito do planejamento estratégico é “lutar” por uma nova configuração de seu exercício. Neste sentido gestão pública democrática e planejamento estratégico se relacionam na intenção de “...romper, nas organizações, com as hierarquias verticais rígidas de comando, ...ultrapassar a democracia representativa, combinando-a com a democracia participativa...caminhando para a descentralização...” (BARATA, J.).
Na trajetória da gestão pública, podem ser encontrados três modelos, “Administração Pública Patrimonialista”, em que o Estado apenas continuava a exercer o papel de poder soberano, “Administração Pública Burocrática”, que possuía novas formas de administração, como a profissionalização e a hierarquia funcional, mas ainda existia uma resistência do sistema, a partir do século XX como resposta às mudanças sociais e a globalização econômica, cria-se a “Administração Pública Gerencial”, visando a redução de custos e aumento de qualidade dos serviços. Diante deste contexto, compreende-se que a principal mudança fora a “forma de controle”, voltada a análise dos resultados.
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