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A CULTURA COMO PONTO DE PARTIDA E A DIVERSIDADE COMO CONQUISTA POLÍTICA E SOCIAL

Por:   •  25/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.526 Palavras (19 Páginas)  •  271 Visualizações

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A CULTURA COMO PONTO DE PARTIDA E A DIVERSIDADE COMO CONQUISTA POLÍTICA E SOCIAL

SANTOS, Braiane Pires dos; SILVA, Eskalena Adriana Neta; HORACIO, Fernanda Moura Ruiz; ALMEIDA, Jociele Ribeiro de; SILVA, Rafaela Brilhante Souza.

RESUMO: O presente ensaio propõe-se discutir a diversidade na escola, investigar diversas percepções sobre a diversidade e entender como as novas conformações de famílias são abordadas no espaço escolar. Buscamos aprofundar o tema proposto a partir da seguinte problematização: Tendo em vista a atual conformação das famílias brasileiras, como o professor e a escola lidam com as atividades que envolvam a temática familiar? Com base nas discussões mediadas por nossos professores, além de pesquisa bibliográfica e análises das entrevistas, propomos como hipótese: ainda hoje a escola não prepara os professores, ou não quer se preparar para lidar com diversidade familiar. A referência pesquisada destacou que esses comportamentos dificultam a aprendizagem, podendo ser considerada um aviso para o professor intervir junto com a turma, ou até mesmo com os pais. Assim, a escola pode ajudar os alunos e os pais a lidar com a diversidade das relações familiares e, oferecendo apoio.

Palavras-chave: Cultura. Diversidade. Escola. Percepções.

INTRODUÇÃO

        

Por que uma preocupação com essa instância educativa? A escola é um lugar privilegiado na construção de valores sociais e condutas socialmente valorizadas. Mas a questão que se impõe é se a escola está preparada para lidar com essas mudanças sociais que se colocam em várias condições. Será que o professor está preparado para lidar com esta nova realidade? Como será que se encontra a questão da formação de educadores? Há uma preocupação do Estado em alinhar o currículo escolar com as novas disposições da sociedade brasileira? Como se pode notar, as dúvidas são inúmeras. Entretanto, há a percepção de que se está apenas começando a abrir os olhos para essas questões. Ou seja, o caminho ainda é longo na construção de uma escola e de um processo educativo que acolhe novos arranjos familiares.

Nossa pesquisa tem como objetivo discutir a diversidade cultural como uma variedade que influencia na construção do comportamento humano e suas consequências no espaço escolar, como exemplo a não aceitação que caracteriza uma antiga discriminação na opção sexual.

A instituição escolar é um lugar de socialização onde se iniciam as primeiras relações de amizades e interações com diferentes culturas. Assim, a escola não pode deixar de se preparar para melhor acolher os diferentes moldes familiares, as quais, na atualidade, manifestam-se com maior frequência, ao reivindicarem seu espaço na sociedade e, portanto, também no ambiente escolar.

Alguns formatos familiares ainda sofrem preconceitos diante de uma cultura tradicional que tem grande dificuldade de aceitar as diferentes famílias, um dos arranjos familiares que se incluem nestes casos são as uniões homoafetivas, que nos dias atuais vem crescendo a cada dia e, como consequência, a ampliação formal do conceito de família.

        Nesse sentido, entendemos que a escola necessita estar atenta às mudanças sociais, alterando costumes e contribuindo para uma nova cultura escolar. A forma de comunicação entre escola e família necessita ser mais receptiva, democrática e acolhedora. Diante do que foi citado, se faz necessário conhecer e analisar de que forma as instituições realizam ou podem realizar o acolhimento das famílias, para que se possa pensar em caminhos de aproximação com os diferentes formatos familiares.  Para desenvolver o estudo procuramos conhecer como é que a escola e os professores lidam com as situações de discriminação em seu cotidiano escolar.

 O surgimento da educação escolar

Quando ainda não existiam escolas, a educação de crianças e jovens era feita em seu meio familiar e na comunidade em que viviam, com ensinamentos de práticas e rituais comunitários. Só recebia a educação formal aquele que tinha nascido no alto das classes sociais.

        No Brasil a história da educação tem início em 1549 com a chegada dos jesuítas pregando os ensinamentos religiosos e propagando a fé cristã, que durante mais de 200 anos foram praticamente os únicos educadores do Brasil. Fundaram inúmeras escolas de aprendizagem, porém o único interesse dos padres jesuítas era a escola secundária. Foram expulsos de suas colônias e de Portugal e, em 1759, pelo Marques de Pombal que criou a instituição de subsidio literários, um imposto criado para financiar o ensino primário, mas que não deu muito certo.

        A educação e a cultura só tomaram um novo impulso em 1808 quando a sede do Reino de Portugal e a família real vieram para o Brasil, criando instituições culturais e científicas de ensino técnico e dos primeiros cursos superiores, que tinham como objetivo preencher demandas de formação profissional. 

        A educação tonou-se predominante a partir de uma didática posta, no fim do século XIX, com um método distinto. Historicamente a educação se tornou sinônimo de escola, porém a mesma não deve ser confundia com escolarização, já que ocorre pela prática e participação nas várias experiências e espaços sociais no decorrer da vida.

        Mesmo que não baseada no que foi dito acima, com a chegada do capitalismo, a educação e a família se distinguiram e se aprimoraram, o que era uma grande família acabou tornando-se restrita a pai, mãe e filhos somente. As escolas passaram a ser responsáveis pela educação, encarregadas da reprodução cultural, dos valores sociopolíticos e da qualificação para o trabalho, assumindo funções econômicas e ideológicas (CARVALO, 2004).

A escolarização fez-se uma forma disciplinada e qualificada de educação, sendo visto como o principal cenário de desenvolvimento próprio de crianças e jovens.

        O âmbito educacional participa do movimento de renovação, assim como ocorre em diversos setores sociais, várias reformas de ensino foram feitas em campo estadual, grandes gerações de educadores surgem tentando implantar os ideais da Escola Nova.

        Até o fim do regime militar (1985), no Brasil já havia ocorrido várias mudanças no campo da educação, questões educacionais deixavam o sentido pedagógico de lado e assumiam caráter político, profissionais de outras áreas assumiam postos na educação, neste período surgiram vários projetos educacionais e até os dias atuais ainda há muita mudança a serem feitas no planejamento educacional, porém a educação continua a ter as mesmas características impostas em todos os lugares do mundo, a de manter o ‘status quo” para aqueles que frequentam os espaços escolares, e de oferecer bem pouco o conhecimento básico que seria aproveitado pelos educandos em suas vidas praticas.

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