Contrato De Trabalho
Trabalho Escolar: Contrato De Trabalho. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Ladna • 17/9/2013 • 2.100 Palavras (9 Páginas) • 689 Visualizações
Resumo:
Este trabalho apresenta para um público geral algumas das principais concepções de ciência defendidas por
filósofos da ciência desde o surgimento da ciência moderna, no século XVII. Procura-se destacar que essas
concepções evoluíram na direção de uma melhor adequação ao que de fato se verificou na história da ciência.
Índice:
1. A visão comum de ciência ......................................................................................................................................... 1
2. Objeções à visão comum da ciência........................................................................................................................... 3
3. Popper e o falseacionismo.......................................................................................................................................... 6
4. Limitações do falseacionismo .................................................................................................................................... 8
5. Lakatos: uma visão contemporânea da ciência ........................................................................................................ 12
Referências................................................................................................................................................................... 16
1. A visão comum de ciência
Constitui crença generalizada que o conhecimento fornecido pela ciência distingue-se por um
grau de certeza alto, desfrutando assim de uma posição privilegiada com relação aos demais tipos
de conhecimento (o do homem comum, por exemplo). Teorias, métodos, técnicas, produtos,
contam com aprovação geral quando considerados científicos. A autoridade da ciência é evocada
amplamente. Indústrias, por exemplo, freqüentemente rotulam de “científicos” processos por
meio dos quais fabricam seus produtos, bem como os testes aos quais os submetem. Atividades
várias de pesquisa nascentes se auto-qualificam “científicas”, buscando afirmar-se: ciências
sociais, ciência política, ciência agrária, etc.
Essa atitude de veneração frente à ciência deve-se, em grande parte, ao extraordinário
sucesso prático alcançado pela física, pela química e pela biologia, principalmente. Assume-se,
implícita ou explicitamente, que por detrás desse sucesso existe um “método” especial, uma
“receita” que, quando seguida, redunda em conhecimento certo, seguro.
A questão do “método científico” tem constituído uma das principais preocupações dos
filósofos, desde que a ciência ingressou em uma nova era (ou nasceu, como preferem alguns), no
século XVII. Formou-se em torno dela e de outras questões correlacionadas um ramo especial da
filosofia, a filosofia da ciência. Investigações pioneiras sobre o “método científico” foram 2
conduzidas por Francis Bacon (1561-1626). Secundadas no século XVII por declarações de
eminentes cientistas, como Galileo, Newton, Boyle, e, no século seguinte, pelos Enciclopedistas,
suas teses passaram a gozar de ampla aceitação até nossos dias, não tanto entre os filósofos, mas
principalmente entre os cientistas, que até hoje muitas vezes afirmam seguir o método baconiano
em suas pesquisas. Isso é singular, visto que os estudos recentes em história da ciência vêm
revelando que os métodos efetivamente empregados pelos grandes construtores tanto da ciência
clássica quanto da moderna têm pouca conexão com as prescrições do filósofo inglês.
De forma simplificada, podemos identificar nas múltiplas variantes dessa visão da
atividade científica e da natureza da ciência a que chamaremos visão comum da ciência
algumas pressuposições centrais:
a) A ciência começa por observações. Bacon propôs que a etapa inicial da investigação
científica deveria consistir na elaboração, com base na experiência, de extensos catálogos de
observações neutras dos mais variados fenômenos, aos quais chamou “tábuas de coordenações de
exemplos” (Novum Organum, II, 10). Como exemplo, elaborou ele mesmo uma lista de exemplos
de corpos quentes, visando a iniciar o estudo científico do calor. Essa tábua é então
complementada por duas outras, igualmente de longa extensão, reunindo “casos negativos”
(corpos privados de calor) e casos de corpos que possuem uma “disposição” para o calor.
b) As observações são neutras. As referidas observações podem e devem ser feitas sem
qualquer antecipação especulativa, sem qualquer diretriz teórica. A mente do cientista deve estar
limpa de todas as idéias que adquiriu dos seus educadores, dos teólogos, dos filósofos, dos
cientistas; ele não deve ter nada em vista, a não ser a observação pura.
c) Indução. As leis científicas são extraídas do conjunto das observações por um processo
supostamente seguro e objetivo, chamado indução, que consiste na obtenção de proposições
gerais (como as leis científicas) a partir de proposições particulares (como os relatos
observacionais). Servindo-nos de uma ilustração simples, a lei segundo a qual todo papel é
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