Crack

Crack

Efeitos: O crack é uma droga estimulante do sistema nervoso central que acomete as funções cognitivas, como: a atenção, memória. Alguns estudos assinalam para danos nas tarefas de nomeação, na capacidade de concentração, novas aprendizagens, fluência verbal, habilidade manual e integração viso-motora. Estes déficits não são permanentes, pois mesmo após um largo período de abstinência é possível que a neuroquímica e o cérebro vascular entrem em equilíbrio, retornando ao seu funcionamento normal podendo desse modo recuperar toda sua capacidade neuropsicológica. Em usuárias de crack na obstetrícia se observa sintomas de comprometimento do sistema nervoso simpático como taquicardia, hipertensão, arritmias e falência do miocárdio. Estudos também apontam deslocamento de placenta na maioria das pacientes, aborto, prematuridade, e tantas outras complicações maternas. (ARDILA, A. 1991. p. 73-79).

Risco do uso na gravidez: O abuso em drogas na gravidez acarreta em sérios riscos tanto para a parturiente como para o feto (fig 6). Algumas das consequências negativas decorrentes do uso de drogas como o crack é a desnutrição, declínio da imunidade levando a suscetibilidade às infecções, alterações metabólicas, disfunções orgânicas que podem ser transmitidas ao feto em desenvolvimento.

A falta de um acompanhamento ou ao baixo número de consultas pré-natais realizadas, em mulheres usuárias de crack tem a discriminação, o racismo e o preconceito como fatores observados continuamente como grandes obstáculos para a procura destas usuárias pelos serviços de saúde gerando problemas graves que poderiam ser evitados como a vasoconstrição materna, parto prematuros, rompimento de membranas. (BUNGAY, V. 2010. p. 21).

A capacidade de destruição do crack é enorme e gera estragos devastadores ao organismo humano. Ao ser consumido pela mãe, o crack atravessa de modo muito rápido a barreira placentária, não passando por metabolização e vai agir imediatamente no sistema vascular do feto. Determinando deste momento em diante retardo de crescimento intrauterino, vasoconstrição seguido de malformações cardiovasculares, urogenitais e do sistema nervoso central. Também, devido o útero não ter o fluxo sanguíneo autorregulado a sua redução causa hipoxemia, insuficiência útero-placentária e também acidose fetal. (DELANEY, DB. 1997. p. 14)