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Homosexualidade e a Homofobia no Ambiente Familiar

Por:   •  10/6/2016  •  Projeto de pesquisa  •  1.310 Palavras (6 Páginas)  •  809 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

CLAUDIA ATAIDE FONSECA

HOMOFOBIA NO AMBIENTE FAMILIAR

RIO DE JANEIRO

2016

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

HOMOFOBIA NO AMBIENTE FAMILIAR

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado a Universidade Estácio de Sá, como requisito parcial para a aprovação na disciplina Pesquisa em Serviço Social II.

ORIENTADOR: Professor Marcio de Souza

RIO DE JANEIRO

2016

  1. INTRODUÇÃO

A presente pesquisa terá como tema a homofobia no âmbito familiar. A constatação de que, na atualidade, a população LGBT sofre discriminação e é um dos grupos mais suscetíveis à sofrerem violência, tanto física quanto verbal. Não raro, assistimos reportagens de pessoas que são agredidas sem aparente motivos, mas quando se começa a investigar, e a opção sexual da vítima é revelada, fica explícito o real motivo desses ataques.

Constantes pesquisas nos revelam que quando essa agressão começa dentro de suas próprias casas, faz com que fiquem mais vulneráveis, visto que as vítimas perdem suas referências de proteção, ou seja, a família. Isso acaba acarretando a entrada na vida de prostituição, pois sem a base familiar como proteção e o preconceito intrico recorrente das entrevistas de emprego, esse é o meio que muitos desse grupo encontram para se sustentar.

Mais um dos outros grandes preconceitos sofridos pelo grupo LGBT, se diz respeito a adoção por casais homossexuais. No Brasil, não há dados sobre o número de casais homossexuais com filhos, sejam eles adotados ou biológicos. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em todo o Brasil há 5.624 crianças aptas a serem adotadas. Para cada uma delas há seis adotantes (casais ou pessoas sozinhas) que poderiam ser seus pais (33.633), mas não são. E mesmo com todo esse montante de crianças em abrigos e orfanatos, poucos casais homossexuais conseguem finalizar a adoção.

Alguns fatores fazem com que se torne mais difícil essa realização, dentre eles podemos citar o projeto de lei 6583 13, conhecido também como Estatuto da Familia, propostos pelo deputado Anderson Ferreira (PR – PE) que propõe delimitar a definição de família como o “núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes." Formando assim o modelo de família patriarcal que sempre esteve na base de formação social do Brasil.

 

O projeto acima citado, define que pessoas com o estado civil solteira, entretanto poderiam participar de adoção, pois segundo o deputado Anderson Ferreira (PR – PE), as mesmas não estariam excluídas da possibilidade de um casamento hetero e “ teria paralelo com a família monoparental.” As esferas Federal, Estadual e Municipal, precisam estar mais unidas para que essas e tantas outras formas de preconceito contra o grupo LGBT, possam diminuir ou se não, acabar de vez. Seria uma utopia, pois isso realmente possa ser difícil, mas esperamos que os autores de atos de preconceito sejam punidos com rigor dentro das leis brasileiras.

  1. JUSTIFICATIVA

A presente pesquisa busca contribuir com as qualificadas bibliografias na existentes sobre o tema. Analisar mais a fundo, pode-se também aproveitar esse artigo para os constantes debates acerca desse assunto na área do serviço social. O interesse no tema surgiu após um amigo do trabalho, que é homossexual, ter me confidenciado sobre sua orientação sexual, visto que ele não tornava isso público por medo de sofre preconceito no ambiente de trabalho. Um sobrinho também acabou me revelando, mesmo que sem querer, que era homossexual, o que me fez perceber como estava sofrendo preconceito pela própria família com quem ele reside. No ambiente de trabalho quase sempre é velada, mas na família ela acontece de uma forma na maioria das vezes mais agressiva. Discutir formas de intervenções contra a homofobia, seria de uma grande valia para o grupo LGBT sejam elas através de palestras e programas de conscientização por parte da população. As ongs possuem uma boa visibilidade que ajudaria em muitos aspectos. O poder público, tanto o federal, estadual e municipal, com vinculação em rede escrita televisiva e de áudio e principalmente em redes sociais onde poderia alcançar uma grande parcela de jovens, pois se essa conscientização começar pelos mais novos, quando se chegarem à idade adulta talvez essa prática possa diminuir. Após ler várias teses, tcc, dissertação e pesquisa em alguns sites pude constatar que os homossexuais tanto homens quantos mulheres, quando necessitam de um atendimento na área da polícia, os mesmos não contam com uma delegacia especializada para eles(as).Da mesma forma que existe a delegacia da mulher (DEAM) deveria ter uma específica para o atendimento ao grupo LGBT, pois muitos se sentem constrangidos em comparecer a uma delegacia comum e sofrerem mais preconceitos, como acontecia com as mulheres quando precisavam denunciar seus maridos por agressão. A implantação de uma lei específica para os mesmos também seria muito importante, pois o que existe em alguns estados é apenas o disque 100 de direitos humanos.

  1. OBJETIVOS
  1. OBJETIVO GERAL
  • Conhecer a visão da população de diversas regiões na área metropolitana do Rio de Janeiro sobre a homofobia no âmbito familiar.
  1. OBJETIVO ESPECIFICO
  • Elaborar um questionário para a realização de uma pesquisa quantitativa abrangendo diversas regiões do município do Rio de Janeiro.
  • Traçar um perfil da população do Rio de Janeiro, acerca da homofobia no âmbito familiar através de um questionário que será realizado
  • Divulgar os resultados colhidos durante a pesquisa quantitativa
  • Utilizar os dados colhidos para evidenciar como se dá a homofobia no âmbito familiar
  1. METODOLOGIA

A presente pesquisa será realizada no município do Rio de Janeiro, através de um questionário quantitativo. O futuro questionário será realizado através de umas amostras de 100 pessoas, onde as mesmas serão divididas da seguinte forma: 20 serão entrevistas na zona norte; 20 na zona sul; 20 na zona oeste e 20 na baixada fluminense. O mesmo será realizado no mês de setembro de 2016. As perguntas do questionário serão destinadas a ambos os sexos para pessoas com idade entre 16 a 65 anos. O coleta dos dados será feita através de método físico, ou seja, entrevista de pessoas em campo e também através de meio online, com o questionário devendo ser respondido através de um site. No final esses dados serão copilados para análise e divulgação. Também será realizada uma pesquisa bibliográfica para melhor embasamento teórico na análise dos dados colhidos.

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