Movimento de Reconceituação do Serviço Social
Por: verakraemer • 20/4/2018 • Trabalho acadêmico • 7.382 Palavras (30 Páginas) • 295 Visualizações
MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
Acadêmicos
Fabiana
Luana Stulpen da Silva
Milton
Vera Lúcia Saraiva Kraemer
Professor-Tutor Externo
Gabriele Marques Mauer Rodrigues
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Curso Serviço Social Turma - 0370 – Prática do Módulo I
dd/mm/aa
RESUMO
O presente resumo tem como objetivo realizar a partir da literatura sobre a atualidade da Reconceituação do Serviço Social, que se iniciou na década de 1960-1970. E que procura identificar no Serviço Social do Brasil, suas origens e marcas vinculadas a Igreja Católica e os movimentos delas decorrentes.
Palavras-chave: Serviço Social, Igreja Católica e Movimento de Reconceituação.
INTRODUÇÃO
O Serviço Social é uma profissão cujo processo de construção não aconteceu de forma contínua e linear, da sua gênese à sua trajetória sócio-histórico, possuem características complexas, que nem sempre são apreendida e compreendida pela sociedade e até mesmo dentro da própria categoria há apreensões divergentes quanto ao seu processo de transformação e atuação profissional.
Neste contexto pretendemos apreender como uma profissão que surge no seio da Igreja Católica, que teve sua base teórica os conceitos morais, em meio a uma conjuntura sócio-histórica e contexto institucional, tem hoje em sua fundamentação teórica e prática o método dialético de Karl Marx.
Para entender todo esse processo de renovação crítica do Serviço Social se faz necessário pontuarmos a denuncia do conservadorismo profissional, iniciada ainda na década de 1960 e desenvolvida nas décadas de 1970 a 1980, sob a influência do Movimento de Reconceituação do Serviço Social Latino Americano, contextualizando a conjuntura histórica da época no mundo e principalmente na América latina.
DESENVOLVIMENTO
CONSERVADORISMO PROFISSIONAL
O Serviço Social tem em sua gênese, na sociedade capitalista monopolista, mediante as necessidades da divisão sócio-técnico do trabalho, marcado por um conjunto de variáveis que vão desde a alienação, a contradição ao antagonismo. No Brasil, o Serviço Social buscou afirmar-se historicamente como uma prática de cunho humanitária, através da legitimação do Estado e da proteção da Igreja, a partir da década de 1940. O Conservadorismo profissional pode ser identificado na prática profissional desta época, onde ação profissional consistia em forma de intervir na vida dos trabalhadores, ainda que sua base fosse à atividade assistencial; porém seus efeitos eram essencialmente políticos: através do “enquadramento dos trabalhadores nas relações sociais vigentes, reforçando a mutua colaboração entre capital e trabalho”(IAMAMOTO, 2004, p. 20).Conforme Iamamoto (2004, p. 20-21) observa-se que diferentemente da caridade tradicional, que se limitava à reprodução da pobreza, a profissão propõe: Uma ação educativa, preventiva e curativa dos problemas sociais através de sua ação junto às famílias trabalhadoras; Diferentemente da assistência pública, por desconhecer a singularidade e as particularidades dos indivíduos, o Serviço Social passa a orientar a individualização da proteção legal, entendida como assistência educativa adaptada aos problemas individuais; Uma ação organizativa entre a população trabalhadora, dentro da militância católica, em oposição aos movimentos operários que não aderiram ao associativo católico.
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