Mulher como Capital variavel
Por: Lorena Morgana • 24/11/2016 • Ensaio • 771 Palavras (4 Páginas) • 234 Visualizações
Mulher como capital variável
A mulher vem tendo uma grande participação em um movimento progressivo na força de trabalho no mundo todo e cada vez mais se tornando presente nos setores de atividade econômica em quase todas as profissões. Tem auxiliado e cooperado na sua capacitação de trabalho e inteligência, deste modo se tornando a força do trabalho, e por meio desta feminilidade, o sistema criou estereótipos que descrevem o perfil feminino como ser pacifica emotiva, conservadora, consumista dentre outras características, papeis que só serviram para assegurar a existência de um sistema patriarcal baseado na opressão e exploração das mulheres. O histórico da participação feminina na produção social esteve sempre delimitado de carência do contexto do mercado de trabalho, com o papel da mulher as grandes empresas conseguem com que o capital variável seja mais lucrativo para os empreendedores do meio de produção, eles contratam uma mão de obra mais barata para trabalhar em grande escala e usam a desculpa que as mulheres geram mais gastos para empresa como licença maternidade, auxílio natalidade dentro outros, e desta forma precarizando o trabalho feminino e lucrando mais com a descriminalização.
As novas estruturas de mercado de trabalho facilitam muito a exploração da força de trabalho das mulheres em ocupações de tempo parcial, substituindo trabalhadores homens melhor remunerados e mais difíceis de serem admitidos, pelo trabalho feminino mal pago. (HARVEY apud CARLOTO, 2008).
Ao mesmo tempo em que notamos uma forte feminização do trabalho, acontece a precarização ainda maior das relações da força de trabalho feminina, a própria industrialização causa limitações econômicas e sociais que fortificou a opressão da mulher. Com o tempo a mulher foi se tornando uma figura de trabalhadora flexível, fazendo a tarefa domestica junto com a do mundo do trabalho, e desta forma gerando mais condições precárias e inseguras, aumentando a jornada e a carga de trabalho, reduzindo a remuneração e assim perdendo a proteção vinda da legislação. Nesse contexto o sistema patriarcal tem apenas uma determinação, aprisionar duplamente a mulher, de uma forma que são aprisonadas na decadência das condições de seu trabalho e em outro sentindo aprisionadas pela falta de definição de compartilhamento do trabalho domestico entre o homem e a mulher.
Segundo Saffioti:
[...] o desenvolvimento industrial no Brasil não acarretou, como não provocou também em outros países, maior participação da mulher na força de trabalho efetiva da nação. Pelo contrário, tem sido crescente o número de mulheres que se dedicam exclusivamente às atividades domésticas não diretamente remuneradas.
Este aprisionamento mostra a existência de uma pratica sexista do capital na medida em que a opressão feminina se torna um instrumento de força de trabalho para os capitalistas, e essa dominação capitalista de classe produz e reproduz diferenças sendo elas desigualdade, principalmente de gênero. Essa desigualdade gerada pelo sistema afeta principalmente o meio salarial entre o homem e a mulher, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID os homens ganham 30% a mais que as mulheres em todas as faixas de idade, níveis de instrução, tipo de emprego ou de empresa mesmo realizando
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