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O Debate acerca do estágio curricular em Serviço Social

Por:   •  27/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.340 Palavras (6 Páginas)  •  250 Visualizações

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Introdução

O trabalho desenvolvido tem por objetivo explicitar o entendimento acerca do ensino acadêmico e da prática no estágio em Serviço Social, trazendo para debates essa correlação entre a prática profissional e o teórico com o estagiário, apresentando o debate acerca desse encontro entre a academia e o fazer profissional, apresentando pontos entre a mediação teórica e prática, os limites e possibilidades da atuação profissional e institucional e o distanciamento de juízo de valor.

Ao desenvolver sua prática, o profissional do Serviço Social se depara com os desafios citados acima e, remetendo ao seu processo de formação, acredita-se ser possível reconhecer os fatores implícitos de sua herança sócio histórica, que influenciam diretamente no desenvolvimento de sua atuação.

O debate acerca do estágio curricular em Serviço Social coloca-se como um espaço de resistência à lógica mercadológica vivenciada pela formação profissional dos assistentes sociais na atual conjuntura de contrarreforma do ensino superior. Neste sentido, a implementação da Política Nacional de Estágio da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), para além de um direcionamento à operacionalização do estágio curricular, representou uma importante contribuição no fortalecimento do Projeto Ético-Político Profissional.

A relação entre teoria e prática no Serviço Social

Pensar a relação entre teoria e prática no Serviço Social remete-nos a discutir sua compreensão no âmbito do exercício e da formação profissional. Alguns equívocos sobre essa relação entendem a prática como exclusiva da intervenção profissional e a teoria como algo específico do âmbito acadêmico. Para desfazer esse equívoco, reafirmamos, a necessidade de pensar teoria e prática como unidade, embora com características diferenciadas, mas que só se realizam em interação mútua, ou seja, como totalidade.

Nós como acadêmicos temos ainda certas alegações sobre uma certa “incompatibilidade” entre teoria e prática na realidade atual advêm da concepção equivocada que atribui à teoria a capacidade de criar, de imediato, os seus próprios instrumentos, na argumentação de que o materialismo histórico e dialético apresenta a fragilidade de não instrumentalizar a prática profissional. Assim, torna-se indispensável explicitar nossa concepção de teoria e de prática para entender a essência da unidade na diversidade.

Podemos citar como exemplo o nosso campo de estágio, onde por cerca de duas vezes semanais temos supervisão, quando discutimos questões da prática, no processo de trabalho do Assistente Social no campo a partir dos autores que estudamos na universidade, do projeto ético político e o código de ética.

Aos(às) supervisores(as) de campo cabe a inserção, acompanhamento, orientação e avaliação do estudante no campo de estágio, em conformidade com o plano de estágio, elaborado em consonância com o projeto pedagógico e com os programas institucionais vinculados aos campos de estágio; garantindo diálogo permanente com o(a) supervisor(a) acadêmico(a), no processo de supervisão.

Para administrar esta distancia e dificuldade de associar teoria e prática se faz necessário a contribuição tanto do supervisor acadêmico quanto do supervisor de campo, que provocará que o aluno compreenda na pratica e identifique e tenha a capacidade de realizar a mediação e saiba a partir daí manusear de forma mais adequada seu instrumento de intervenção.

No Juizado de Violência Domestica discutimos os casos junto aos supervisores, as intervenções necessárias para cada caso, alternativas mais éticas junto à mulher a fim de que ela saia do ciclo de violência, os a interpretação dos casos para composição de relatórios para auxiliar a juíza na sua decisão de deferimento ou indeferimento de medidas protetivas.

Podemos aqui também citar os encaminhamentos, necessários para a mulher e o conhecimento das políticas de assistência e saúde, bem como as redes publicas- municipais estaduais e federais, como as privadas que tem convenio com o tribunal.

Planejamos todo o trabalho a ser realizado , assim como prevê a PNE, e participam os no processo de construção e das reuniões de equipe com os funcionários do Juizado para compreender quais os rumos, metas, dificuldades e projetos do campo.

Fazemos atendimento, relatórios que são revisados pelas supervisoras de campo e discutimos as terminologias tanto do que usamos no serviço Social e no espaço sócio-jurídico quanto da nossa intencionalidade de as incluir em um relatório, bem como nossa intencionalidade e entendimento quando o compomos.

Importante compreender a função de interpretar para a linguagem técnica, a necessidade passada pela suposta vítima a fim de garantir seus direitos e que muito além de sinalizar para o juiz, proporcionar ao usuário as possibilidades de proteção das quais ele tem direito.

Possibilidades e desafios da ação profissional.

Considerando os limites, possibilidades e desafios da prática profissional do assistente social, torna-se cabível levantar alguns elementos necessários para a compreensão das particularidades dessa especialização do trabalho. Inicialmente é fundamental situar o Serviço Social no processo de reprodução das relações sociais, o que remete à necessidade de compreensão do significado social da profissão, que só pode ser entendida a partir de sua inserção neste modelo de sociedade.

O projeto de formação profissional tem como objetivo fornecer os instrumentos necessários aos futuros profissionais para atuação frente às diferentes expressões

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