O PODER DA TELEVISÃO NO CONTEXTO SOCIAL

O PODER DA TELEVISÃO NO CONTEXTO SOCIAL

Ana Paula de Jesus Silva

Cícero Gomes Horácio

Iraci Josefa da Silva

Professora-Orientadora Caroline Oliveira Pereira de Souza

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Curso Serviço Social – SES 0199 -

20/10/2014

RESUMO

O presente trabalho tem o objetivo de compreender como se processa a relação da televisão com a educação e sua influencia na sociedade bem como o comportamento social no decorrer de sua evolução diante da perspectiva de que este meio se consolidou como um recurso pedagógico, numa sociedade caracterizada pelas constantes mudanças, e possível retirar proveito deste meio de comunicação. Abordaremos os fatos principais que levou a esta grande influencia, caracterizada por ditar novas regras como e de quebrar paradigmas, cada vez mais fazendo parte de nosso cotidiano presente na maioria dos lares, esta influencia e tamanha que pode mudar o rumo político, social, sexual e econômico.

Palavras Chave: Televisão, Educação, Recurso pedagógico, Mídia

INTRODUÇÃO

A televisão brasileira completa 56 anos! A primeira transmissão de televisão, aos 18 de setembro de 1950, marcou o início das profundas mudanças que esse meio de comunicação promoveria, ao longo das décadas seguintes, na vida do País. Desde a sua implantação, a TV tem passado por muitas mudanças tanto no campo da produção como da transmissão e recepção. Algumas dessas mudanças podem nos ajudar a relembrar parte da história da televisão entre nós: a colocação do televisor no ponto de maior destaque e visibilidade da sala de estar indicando o lugar do veículo nas vidas das pessoas.

A todo o momento é visível a manifestação da mídia televisual em nossas vidas. De um centro urbano a um remoto povoado estamos convivendo com suas manifestações em nossos lares, milhões de pessoas se debruçam sobre seus conteúdos por diversos interesses; informação, entretenimento, lazer, distração. Os consumidores desses conteúdos são das mais diferentes faixas etárias e uma considerável parcela é de crianças do ensino fundamental que reservam parte do seu tempo para uma grade de programação variada: novelas e seriados,  reality shows, programas de auditório e desenhos. Por vezes, inclui filmes (tanto os chamados educativos quanto os ficcionais). O modo como este meio de comunicação prende a atenção a ponto de influir nos sentimentos e em certas habilidades cognitivas das crianças chama a atenção dos educadores para entender e aproveitar a relação da TV com a educação.

1. TELEVISÃO E EDUCAÇÃO

Com o barateamento dos processos industriais de fabricação de televisores nas últimas décadas, no Brasil, a TV tornou-se um eletrodoméstico de primeira necessidade para a maioria dos brasileiros: nos lares; estabelecimentos comerciais e Escolas enxergam a produção de imagens veiculada por este meio eletrônico como uma necessidade básica. A TV é por essência um meio de comunicação que esta inserida num complexo sistema cultural e comercial produzindo e veiculando imagens e sons.

A capacidade de a mídia televisiva atingiu milhões de telespectadores simultaneamente com seu conteúdo confere a este meio uma capacidade de produzir significados e sentidos que estão interligados com o modo de ser e de interpretar a realidade, a maneira de ver o mundo. Nesse contexto, Eugênio Bucci¹ (1997), afirma que a TV opera como uma espécie de processador daquilo que ocorre no tecido social, tudo deve ser narrado, mostrado, significado por ela. O que é invisível para as objetivas da TV não faz parte do espaço público brasileiro.

¹Eugênio Bucci é jornalista. É secretário editorial da Editora Abril e diretor de redação da revista Superinteressante, também da Abril. Assina a coluna "Tempo de TV" na revista Veja. Publicou os livros O Peixe Morre pela Boca - Oito Artigos sobre Cultura e Poder (São Paulo, Editora Scritta, 1993) e Brasil em Tempo de TV (Boitempo Editorial, 1997).

Compreendendo que a televisão desempenha uma função ampla no mundo social, é possível visualizar este meio como uma fonte potencial para aprendizagens diversas já que este é um espelho da nossa sociedade; entender hábitos e maneiras de homem na sociedade no que diz respeito a sexo, economia, política. Os conteúdos veiculados na televisão são importantes para a educação na medida em que fornecem um material diverso para reflexão e discussão em sala de aula.

O modelo de televisão que temos no Brasil permite que se produza através dos programas veiculados e do próprio hábito cotidiano de assistir a TV uma espécie de unificação do país no plano do imaginário. Assim, se a sociedade é outra é porque existe a TV, falar da televisão brasileira é falar do Brasil, e discuti-la significa debater parte significativa de nossa realidade (BUCCI, 1997:11-38).

Assim, uma novela, uma minissérie, um comercial, uma entrevista, um talk show, um programa de auditório, um programa de variedades, como o Fantástico, e outros tantos, podem ser apropriados pela escola a fim de se levantar dados, seja para auxiliar o trabalho didático específico de uma disciplina em sala de aula, seja para provocar discussões "educativas" mais amplas de forma direta ou transversal. Como se pode observar, a TV, ou TVS, sejam elas comerciais ou públicas, abertas ou pagas, todas podem fornecer materiais educativos e didáticos para a escola e para as outras matrizes geradoras de educação (família, igreja, partido, sindicato, etc).

1.    TELEVISÃO, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE.

A sociedade e vista na televisão de forma singular e especial, os modos de ser e estar no mundo são narrados por sons e imagens que de alguma forma pautam, orientam, interpelam o cotidiano de milhões de cidadãos brasileiros, ou seja, participam da produção de sua identidade individual e cultural, participa de modo intimo e ao mesmo tempo coletivo quando modifica o destino de uma sociedade veiculando fatos de ordem histórico - política.

Rosa Fischer² (2001) discute a as contribuições da televisão para a educação e a sociedade evidenciando que se torna fundamental discutir e pensar sobre o quanto nós, professores, talvez saibamos muito pouco a respeito das profundas transformações que têm ocorrido nos modos de aprender das gerações mais jovens dentro do contexto da comunicação de massa, em especial a mídia televisiva.