O Projeto de Intervenção
Por: rayaneex • 8/5/2020 • Projeto de pesquisa • 1.577 Palavras (7 Páginas) • 173 Visualizações
[pic 1] | PODER EXECUTIVO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO |
PROJETO DE INTERVENÇÃO[pic 2]
I – DADOS SOBRE A ATIVIDADE | |
Nome do Projeto: Cuidando da Gente Título: Mulheres-Mães na busca pelo equilíbrio social e/ou financeira após o divorcio ou dissolução de união estável. | |
Área: Sócio-Jurídica | |
Local de Estágio: Pólo Avançado do Núcleo de Conciliação das Varas das Famílias | |
Público Alvo: Mulheres-Mãe atendidas no Polo Avançado do Núcleo de Conciliação das Varas de Família, que estão passando pela ação de divorcio e/ou dissolução de união estável. | Período de realização: Outubro de 2014 á Janeiro de 2015 |
Aluno(a): Rayane Pinto de Alencar | |
Professor(a) Orientador (a): Yoshiko Sassaki | |
Supervisor (a) de campo: Osmarina de Sousa Hagge Gitirana | |
II – RESUMO DO PROJETO (máximo de 20 linhas, para posterior publicação) | |
Mediante ao processo de participação em Pré-Atendimento e em Audiência, pude perceber o quanto a mulher-mãe se sente presa a ao o ex-companheiro, seja economicamente ou socialmente. Esse desapego a ultima realidade vivenciada pela mulher traz certo medo ao que vem pela frente, a essa nova vida que à espera. Desta forma o objetivo maior desse projeto de intervenção é o de propiciar a Mulher-Mãe após o divorcio/dissolução de união estável um novo caminho para recomeçar por meio de orientações e encaminhamento a essa nova trajetória. |
Palavras-chave: Família, Mulher, Divorcio/Dissolução de União-estável, Equilíbrio social e Financeira |
III – OBJETIVOS |
Geral: Orientar e encaminhar a Mulher-Mãe que necessite de atendimento social após o divorcio e/ou Dissolução de união estável para serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica. |
Específicos:
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IV – JUSTIFICATIVA |
Este projeto de intervenção se propõe a debater o papel da mulher-mãe como mecanismo de proteção social após o divorcio ou dissolução de união estável, considerando tanto as novas tendências e os padrões de organização da família como as transformações econômicas e sociais que a quebra destes vínculos causa. A família vive em constante transformação. Na sociedade não existe um modelo especifico de família, existem famílias tradicionais (pai, mães e filhos), famílias monoparentais (que são famílias chefiadas somente pela mãe ou somente pelo pai), famílias de homoafetiva (famílias chefiadas por casais do mesmo sexo) e entre outros tipos de famílias que encontramos no contexto atual. A família é apontada como elemento-chave não apenas para a “sobrevivência” dos indivíduos, mas também para a proteção e a socialização de seus componentes, transmissão do capital cultural, do capital econômico e da propriedade do grupo, bem como das relações de gênero e de solidariedade entre gerações. Representando a forma tradicional de viver e uma instância mediadora entre indivíduo e sociedade, a família operaria como espaço de produção e transmissão de pautas e práticas culturais e como organização responsável pela existência cotidiana de seus integrantes, produzindo, reunindo e distribuindo recursos para a satisfação de suas necessidades básicas (Carvalho e Almeida, 2003, p. 109.) |
A família tem a sua fundamental importância na sociedade, ela gira o capital, movimenta a cultura e constrói valores. Entre os vários tipos de famílias já citado aqui, aquela que ainda é predominante é a família tradicional, onde sua principal função é a econômica que cabe ao pai ainda a manutenção de sua prole, a doméstica que cabe a mãe o cuidados com a saúde, alimentação, cuidados com a higiene, cabendo a ambos os genitores a recreação que propiciar aos filhos momentos de lazer e desenvolve nos filhos a capacidade de se relacionar em outros grupos. Este tipo ainda é bastante predominante onde a responsabilidades da família esta entre os pais. Atualmente diversos números de famílias tradicionais estão sendo modificadas para famílias monoparentais, ou seja, o numero de divorcio e dissolução de união estável tem crescido muito. De acordo com Dias (2011, p. 113) O legislador sempre tentou impedir a dissolução dos vínculos conjugais, tanto que não previa a possibilidade de um dos cônjuges buscar a separação se não tivesse um dos motivos elencados na lei que pudesse imputar ao outro. Nítida era a postura a postura punitiva do estado e a intenção de manter, a qualquer preço, o laço matrimonial. Com a decisão de das famílias tradicionais em separa-se, os novos arranjos familiares foram se criando. Quero destacar aqui a família monoparental que de acordo com Dias (2011, p. 48) é “o enlaçamento dos vínculos familiares constituídos por um dos genitores com seus filhos, no âmbito da especial proteção do Estado”. Como a trajetória da família está muito ligada à emancipação feminina, desejo destacar neste projeto as famílias monoparentais chefiadas por mulheres. Muitas mulheres-mãe no arranjo da família tradicional vivem para os cuidados da casa e dos filhos, deixando a situação econômica para a responsabilidade do marido. Com a separação muitas mulheres ficam desnorteadas, sem saber por onde começar essa nova fase de sua vida, podemos ver ainda que a presença da mulher é a historia de uma ausência. Era subordinada ao marido a quem devia obediência. Sempre esteve excluída do poder e dos negócios jurídicos, econômicos e científicos (Dias, 2011, p. 97). Muito se avançou sobre a situação da mulher, mais muitas mulheres ainda hoje não são reconhecidas pelo seu valor econômico mais sim pelos seus afazeres domésticos. Como se depreende desse paradigmas que ainda predem a mulher? Como dar um rumo ao caminho dessas mulheres que passar por uma situação de divorcio e dissolução de união estável? E ainda mais o que a mulher-mãe espera para essa nova vida? Pois agora ela vai ter que trabalhar fora para também sustentar seus filhos, dependendo também das redes de apoio. Isto é mais fácil para as mulheres que já trabalham pois elas já contam com a ajuda das redes de apoios para a organização de sua família. Não esquecendo que o conflito do trabalho e vida pessoal está presente na vida da maioria das pessoas. Grande número dos indivíduos fica a maior parte do seu tempo no trabalho e deixam muitas vezes de lado a relação com a família e a sua vida pessoal. As mulheres que chegam a ter duas jornadas de trabalho, uma em casa e a outra no |
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