O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL
Por: Marlene Ferraz • 29/10/2018 • Projeto de pesquisa • 859 Palavras (4 Páginas) • 214 Visualizações
[pic 1]
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
SERVIÇO SOCIAL
ELISÂNGELA COELHO DA SILVA
O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL
PROF MARCELLA GAVINHO
TURMA III
NOVA IGUAÇU
2013
1 A AÇÃO SOCIAL CATÓLICA E O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL.
Na década de trinta, o serviço social no Brasil não pode ser analisado como um contexto puro e simplesmente histórico, mas sim como uma sucessão de acontecimentos cumulativos nos setores sociais, econômicos, políticos e religiosos. Esses processos embora tenham dado início lá pelos idos dos anos 20, só tomou impulso na década seguinte, a de 30. Como a maior parte da economia brasileira que estava concentrada no cultivo do café, apenas favorecia a expansão de poucos estados como: São Paulo e Minas Gerais (Política do café com Leite). Definindo assim como "um organismo social, onde se predomina os interesses dos setores agrário-exportadores, favorecendo a burguesia destes dois estados”.
Na década de 20 ocorreu a passagem do sistema agrário comercial para o sistema industrial. Entretanto, a etapa decisiva ocorreu durante a segunda grande guerra Mundial, pois, somente depois da guerra é que o Brasil desencadeou um “Boom” em desenvolvimento na área da industrialização de forma deliberada, contínua e que alterou de forma aguda a estrutura de sua economia. Então obstáculos apareceram em decorrência ao processo de industrialização. Um deles foi o ruralismo. Mas por trás dos interesses agrícolas, encobria-se a permanência pela da economia exportadora, considerada a verdadeira produtora de riqueza mantenedora nacional.
Outros elementos a se destacarem como grandes motivadores das alterações sociais foi o grande processo imigratório desencadeado desde a abolição da escravatura no Brasil, a urbanização e a questão social no País, que foi um resultado do péssimo desenvolvimento que o nosso país obteve. Nesta questão social vão se definir os elementos da crise social, o problema da falta de compreensão da questão operária pelos órgãos públicos.
No governo de Arthur Bernardes, em momentos da revisão constitucional de 1926, deu-se ao Congresso Nacional mais uma atribuição, o de legislar sobre o trabalho, sem mesmo que se tivesse sido instrumentalizado.O Brasil Participante no Tratado de Versalhes estava bastante atrasado, mesma assim, o tratado explicitou alguns direitos da classe operária, tais como: Criação de associações de patrões e empregados, pagamento de um salário, jornada de trabalho de oito horas, supervisão do trabalho do menor de idade, entre outros. Não havia ainda por parte dos nossos trabalhadores uma mentalidade de classe unida, ficando a mercê de imigrantes de outros países conscientes dos assuntos e contribuindo assim, para a permanência da oligarquia no poder.
Com a Revolução de 30, Getúlio Dorneles Vargas trouxe transferência de poder administrativo que gerou uma forte liderança presidencialista. A Revolução Getulista encontrou um favorável clima para uma legislação social que vinha se desenhando desde a década anterior, culminando com a criação do Ministério do Trabalho, Industria e Comercio. Com isto, a questão social passou a ser considerada não mais como um problema político e sim como uma responsabilidade de um órgão oficial.
Resumindo uma parte, podemos dizer que o debate sobre a questão social, teve suas origens em um processo de mudança: Transformando um país em sua essência agrícola de comércio sob o controle das oligarquias dominantes, para um Brasil agrícola-industrial, com novas relações entre o capital e o trabalho. A abertura inclui a tolerância em relação da igreja em sua esfera de atuação, criando assim, o campo para o desempenho da geração do serviço social como instituição no Brasil, nos anos 30, enquanto que nos 40 deu-se a gradativa afirmação do serviço social no país. Durante esse período a igreja manteve relações de convivência cordial com o poder temporal.
...