O Serviço Social na Cena Contemporânea

Título: O Serviço Social na cena contemporânea.

Autora: Marilda Villela Iamamoto.

Curso Bacharelado em Serviço Social.

Obra: IAMAMOTO, Marilda Vilela. O Serviço Social na Cena Contemporânea.

RESENHA CRÍTICA

Segundo Marilda Villela Iamamoto o Serviço Social e o pensamento crítico vêm formando gerações e uma densa analise no significado da profissão na cena contemporânea. É um texto de caráter introdutório que aborda suas competências profissionais; a sua relação com o Estado; o seu significado no processo de reprodução das relações sociais, as relações entre trabalho e questão social, a fim de apresentar uma visão panorâmica da atual prática do assistente social.

A obra apresenta inúmeras citações mencionadas pela autora e descreve uma breve discussão sobre as mudanças que vem afetando o mundo. Em busca da efetivação de direitos, o Serviço Social implica na luta contra o capital, devido os direitos serem frutos de correlação de forças. Luta essa travada pela classe trabalhadora em busca de melhores condições de vida, sendo isso o significado de ir de encontro aos interesses do capital.

O ponto central desse texto são os direitos sociais e as competências profissionais, a autora em sua obra ressalta de que se trata essas competências e as diferenças entre competências profissionais que está relacionada a exigência burocrática que tem que ser cumprida e seu resultado é uma camuflagem do real onde o poder aparece como algo natural do mundo burocrático e as competências críticas da profissão buscam desvendar o que está expresso na aparência dos conhecimentos de estratégias  de ação. Um conhecimento aprofundado entre teoria e história exige um profissional atento para o tempo histórico com o objetivo de captar a essência do discurso autorizado pelo poder e com isso estabelecer estratégias de ação que estejam dentro das possibilidades reais que o momento histórico permite.

O Serviço Social na contemporaneidade mostra-se amadurecido, renovado, mostra que conseguiu romper com o conservadorismo, que superou o fatalismo e o messianismo. Atualmente o profissional está voltado para o compromisso político assumido com a classe trabalhadora sempre buscando meios onde o desenvolvimento social ocorra de forma menos excludente.

O posicionamento é fruto da sua aproximação com os movimentos sociais durante a crise da ditadura-militar somada a uma busca de ruptura com o conservadorismo que vinha se fazendo presente na profissão neste período. Iamamoto descreve o amplo espaço ocupacional do assistente social que inclui: o Estado, as esferas privadas, as organizações da sociedade civil sem fins lucrativos e as assessorias de organizações e movimentos sociais, a atuação do Serviço Social é sempre voltada pela ampliação e defesa dos direitos da classe trabalhadora.

Com o Movimento de Reconceituação em contrapartida, verificou-se um revigoramento de uma reação conservadora, apoiada e disfarçada na pós-modernidade e na negação da sociedade de classe. A pós-modernidade pretende fragmentar a sociedade dividindo-a em compartimentos ou estruturas negando a conexão entre as partes. Temos em vista as políticas públicas que seguem bem esse princípio que tem como objetivo retirar o foco que é a desigualdade de classes. Analisando de forma crítica o processo de reprodução das relações sociais no capitalismo, percebemos que a reprodução ultrapassa o campo material, atinge também ao cotidiano da vida social.