O Território e gestão de políticas sociais
Por: 03bu • 10/7/2018 • Resenha • 707 Palavras (3 Páginas) • 249 Visualizações
Resumo sobre o artigo: “ Território e gestão de políticas sociais”.
Sposat, Aldaíza. Território e gestão de políticas sociais- SERV. SOC. REV., LONDRINA, V. 16, N.1, P. 05-18, JUL./DEZ. 2013
O artigo da professora titular da PUCSP Aldaíza Sposat intitulado “território e gestão de políticas sociais” foi dividido alguns eixos principais, a princípio colocando o território como uma construção histórica se divergindo de concepções que conceitua como um lugar, um espaço ou um limite geográfico, no segundo momento discorre sobre as políticas sociais e o território, no terceiro momento sobre o conhecimento da história da ocupação de território e pôr fim a necessidade da associação entre território e políticas sociais.
A concepção de território vai muito além da definição do dicionário, não seria, portanto, apenas o espaço geográfico mais toda a significância daquele espaço, a dimensão histórica e as identidades construídas mediante as relações das pessoas que vive naquele determinado local. Dessa forma, ao falar das políticas sociais se visa a necessidade de efetivar direitos de uma determinada população de um território, e para isso é necessário considerar a singularidade daquele local, é necessário então que exista uma relação entre os agentes operantes dos serviços com a população usuária.
A implementação das políticas sociais brasileiras nos territórios foi feita a partir das demandas provenientes dos movimentos sociais como o movimento de trabalhadores que exigiam que o Estado cumprisse as responsabilidades em relação aos direitos sociais daquelas pessoas de uma determinada localidade. Os movimentos nessa época insistiam para a participação local com o argumento de que os usuários tinham a capacidade de participação acerca das decisões destinadas a garantia de seus direitos.
Entretanto ao discutir sobre território vale ressaltar que o Estado possui uma grande dívida no que diz respeito a moradia, apesar da constituição dizer que todo cidadão tem direito à moradia muitas pessoas vivem em condição de rua pela falta de teto e isso de certa forma é naturalizado, a oferta de habitação ainda não é relativa a proporção do crescimento populacional.
Portanto a aplicação de políticas depende de agentes, de saberes sobre um determinado local/território e de experiências, sendo assim a gestão do serviço é uma expressão concreta da política para a população e só possui desempenho quando ele funciona na esfera das relações sociais, onde o profissional adquire um conhecimento sobre as necessidades e demandas a ele postas. Quando não há relações o profissional se torna robotizado o que acaba desumanizando o usuário que se torna coisificado pois a ele lhe é atribuído o sentido do contexto vivido em um determinado território.
Por fim se entende que as políticas sociais de forma alguma pode se dissociar do território, é necessário entender o sujeito como parte de um determinado local, com uma determinada cultura, contexto, realidade, observar e entender o coletivo para desenvolver respostas as demandas. Sendo assim é necessário considerar que em cada parte de uma cidade possui uma dinâmica e uma realidade diferente que por exemplo enquanto em uma parte a necessidade está voltada para a habitação em outra parte há uma necessidade de intervenção sobre a negligencia familiar e as políticas públicas devem estar inseridas de forma a desenvolver uma preocupação com as condições coletivas da população. Por exemplo quando se implementa cursos para o desenvolvimento de autonomias no CRAS é necessário estudar a realidade daquele determinado território para saber que tipo de curso pode atender de fato a demanda daquele local não adianta colocar um curso de agricultura se as pessoas daquele local não possuem terras para plantar, seria então mais viável um curso de cabelereira manicure ou corte e costura algo que se encaixa naquela realidade. Dessa forma se tem a necessidade de entender as singularidades de um território e considerar o campo da particularidade dos usuários para que as políticas sejam aplicadas de forma eficaz e mais humanizada.
...