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"O amor fala todas as línguas: assistente social na luta contra o preconceito" - reflexões sobre a campanha do conjunto CFESS/CRESS

Por:   •  19/7/2021  •  Resenha  •  784 Palavras (4 Páginas)  •  524 Visualizações

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Por que o amor que não afirma o padrão dominante de sexualidade causa tanto incômodo?

As músicas manifestam o amor, em geral voltando - se a heteressexualidadeno entanto o desejo, o ato de amar e ser amado é parte essencial da vida dos indivíduos, capaz até de afetar suas atividades cotidianas, e dessa forma, ao retirar o indivíduos das atividades cotidianas, torna maior a possibilidade de aproximação do humano genérico.

Os autores não excluem o fato de que há pessoas que escolhem não terem relacionamentos, no entanto a necessidade de amar compreende um número maior de pessoas.

O texto há o debate que o desejo e o interesse são coisas que surgem mas que só se realizam a partir da vontade do sujeito; e então questiona como algo tão ontológico quando o amor e as relações afetivas e sexuais pode afetar tanto a terceiros, não envolvidos nesses relacionamentos, e por que dessa repulsa social que gera violência, onde mesmo com a conquista de direitos por pessoas que fogem da heteronormatividade, as relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são negadas.

Amar é uma necessidade humana, consequentemente um direito dos indivíduos, sendo a sexualidade um processo historicamente determinado. Mesquita (2001) então entende a prática afetivo-sexual como construída por suas dimensões: pública - individualidade do sujeito ; e privada - interação entre indivíduos e estruturas sociais (p. 7).

Dessa forma a possibilidade de se desenvolver a sexualidde é de suma importância para o bem - estar individual e social, sendo então esse cerceamento do direito à manifestação sexual justificável apenas sobre a ótica moral, de forma que se torna cabível questionamento a verdadeira laicidade do Estado.

Na sociabilidade capitalista contemporânea a heterossexualidade é legitimada sócio historicamente de forma que, como menciona o autor,

não há dicotomia entre a dimensão pública e a dimensão privada. Estas duas dimensões da sexualidade são não apenas reconhecidas, mas legitimadas socialmente por meio da família, da mídia, das legislações, do acesso às políticas sociais, etc. Para a experiência homoafetiva, geralmente, as alternativas estão predeterminados: o silêncio, o ocultamento, a negação, a 'vida dupla'. (p. 138).

Um balanço da campanha

A reprodução da homofobia pode ser vista por qualquer um até mesmo em programas televisivos,e a profissão inserida nesse contexto marcado pelo preconceito e discriminação destinados á homossexuais, lésbicas e transexuais, deve atuar de forma a fortalecer o Projeto Ético político profissional, numa proposta contra-hegemônica de combate a discriminação já construídas anteriormente pelo conjunto CFESS/CRESS, mas agora lidando com o tabu da relação afetiva sexual entre pessoas do mesmo sexo, entendendo essa privação sobre o amor do outro como limitação da liberdade e visando a ruptura com o conservadorismo profissional.

Dessa forma a campanha foi inovadora se constituindo na perspectiva de uma desconstrução da heteronormatividade a parti de uma ação política e pedagógica atuando a favor da ampliação e fortalecimento dos direitos da população LGBT através de uma campanha que, de acordo com Mesquita, " visava à sensibilização da

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