Pericia
Seminário: Pericia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rafaorzari • 23/11/2013 • Seminário • 1.591 Palavras (7 Páginas) • 188 Visualizações
“Sem a criação de regras específicas, a oferta de crédito torna-se cada vez mais escassa e o custo do dinheiro mais elevado, gerando altos índices de inadimplência e desemprego e menores valores de investimento.” Por Roberto Luis Troster, da Febraban
O custo do dinheiro é uma variável em qualquer análise sobre a economia brasileira. Quanto mais elevado for, maiores serão os índices de inadimplência e desemprego, sem contar que observaremos valores menores de investimento, de consumo e de produção.
Para Keynes, as forças de oferta e procura provocaria processos de ajustes para o equilíbrio em todos os preços e valores, compreendendo os juros como medidos da relutância daqueles que possuem dinheiro em desfazer-se do controle líquido sobre ele.
O custo do capital pode ser representado pela taxa de juros que as empresas usam para calcular, descontando ou compondo, o valor do dinheiro no tempo (Atkinson et. al.,2000). Este valor é calculado considerando-se os custos dos recursos de todas as fontes, postos à disposição de uma empresa, e levando-se em conta a participação de cada fonte de capital próprio ou de terceiros.
Os juros estão relacionados ao preço dos ativos cogitados para o intervalo de tempo em que serão usados. O custo do dinheiro no tempo, não se restringindo ao conceito de dinheiro como meio circulante nem como base de moeda escritural, embora a sua quantidade tenha relação direta com fenômenos macroeconômicos como a produção, o consumo, a inflação e a taxa básica de juros. Os economistas clássicos atribuíam a cobrança de juros à produtividade do capital, ou seja, ao lucro que o capital proporciona a quem o possui.
O custo do dinheiro é uma variável chave em qualquer análise sobre a economia brasileira. Quanto mais elevado for, maiores serão os índices de inadimplência e desemprego, sem contar que observaremos valores menores de investimento, de consumo e de produção. É fato incontestável que, com um nível de taxas alto, não há desenvolvimento sustentado e seus impactos são, proporcionalmente, piores para as classes baixas. São muitas as variáveis que devem ser consideradas ao se definir a taxa de juros, além do que cada operação bancária tem características que implicam em um processo específico de determinação de preço.
Desenvolvimento
Cada vez mais, nos deparamos com as inúmeras opções de investimentos. Um exemplo prático disto são os bancos, que possuem diversas modalidades de investimentos, oferecendo aos clientes desde as aplicações mais conservadoras - àqueles que não querem se expor à riscos -, como também as aplicações mais arrojadas, que envolvem um maior risco do capital, possibilitando uma rentabilidade mais atrativa.
É importante ter em mente que todo capital não aplicado, pode ser considerado uma perda de oportunidade para obter um ganho.
O capital precisa ser administrado visando à maximização, pois a transformação do dinheiro só ocorre a partir da determinação do juro, ou seja, do custo do dinheiro ao longo do tempo.
”O conceito de juros surgiu no momento em que o homem percebeu a existência de uma afinidade entre o dinheiro e o tempo. As situações de acúmulo de capital e desvalorização monetária davam a idéia de juros, pois isso acontecia devido ao valor momentâneo do dinheiro.” É assim que coloca: (NOE, Marcos; Brasil Escola – Matemática Financeira).
Disponível em: acessado em: 30 abril 2011.
Quando depositamos um dinheiro, este representa uma saída de caixa, sendo considerado um valor presente. O dono do capital é um investidor, e a instituição que faz a custódia deste bem é o tomador. Diante disso, esperamos receber futuramente uma entrada de caixa, ou seja, um valor futuro, que deve ser igual a soma do investimento inicial, mais o juro desta aplicação.
O regime de capitalização pode ser considerado a maneira como o montante inicialmente aplicado se evolui através de vários períodos de aplicação. Existem dois tipos de regime de capitalização: Regime Simples e Regime Composto.
Regime Simples é aquele em que a taxa de juros incide somente e sempre sobre o valor inicialmente aplicado, como por exemplo:
Ao aplicar um capital de R$ 1.000,00 a uma taxa de 10% a.a., durante dois anos, sendo que 10% de R$ 1.000,00 = R$ 100,00 x 2 anos, teremos no final desse período R$ 200,00, correspondente aos juros, totalizando um montante de R$ 1.200,00.
Como ponto negativo deste tipo de investimento, podemos ressaltar o fato da taxa de juros ser aplicada somente sobre a base inicial, trazendo ao investidor um rendimento inferior ao que ele teria, se aplicada no regime composto. Já como ponto positivo, observamos que ao negociar uma divida neste regime, o valor do juro a pagar será fixo, e o tomador do empréstimo poderá se programar melhor para pagamento da dívida.
Regime Composto é aquele em que os juros são calculados não apenas sobre o capital inicial, mas sobre este capital acrescido dos juros já vencidos.
Exemplo: Ao fazer uma aplicação de R$ 4.000,00 em CDB, a uma taxa média de 10% a.a., durante quatro anos, conforme ilustrado na tabela abaixo, teremos neste período o montante de R$ 5.856,40. Ao comparar com o regime simples, o montante no mesmo período será de R$ 5.600,00, ou seja, o custo de oportunidade será inferior ao regime composto.
Valor da aplicação: R$ 4.000,00
Taxa de rentabilidade: 10% a.a.
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